31 outubro 2020

[Resenha] Malorie (Caixa de Pássaros #2) | Josh Malerman | Intrínseca


A obra “Malorie” é a sequência de Caixa de Pássaros e aborda a história depois de 12 anos desde que Malorie e seus filhos atravessaram o rio com vendas. Ainda é uma regra manter os olhos vendados e as explicações permanecem nulas, porém novas descobertas pode mudar todo o rumo dos acontecimentos. Será que Malorie permanecerá com os olhos vendados ou irá em busca de novos horizontes? Leiam!

Josh Malerman na obra Caixa de Pássaros criou uma “Coisa” monstruosa e que ninguém poderia olhar sem ter consequências sem volta. Muitas pessoas não conseguiram entender a proposta do livro e li muitas críticas sobre, entretanto, eu entendi perfeitamente o pensamento do autor e achei incrível a ideia.

Em Malorie, tudo que ela faz é no instinto de sobrevivência própria e de seus filhos. Mas até quando não abram os olhos será a palavra da vez? Malorie descobre que pessoas que ela considerava mortas talvez estejam vivas, porém descobre coisas horríveis, monstruosas e muito perigosas.

“Você pode fazer tudo o que puder para evitar o novo mundo, mas, de um modo ou de outro, em breve ele vai bater à sua porta."

Eu amei o paralelo que Malerman faz da obra com o mundo atual, pois ele utiliza várias metáforas e muitos não compreendem o que de fato ele quer passar. O existir da esperança na obra é a esperança que nutro diariamente para a nossa sociedade.

Os filhos de Malorie cresceram e é possível ver a diferença entre eles. Olympia é mediadora e tenta controlar a situação. Tom é questionador, explosivo e desobediente. Muitas reviravoltas o leitor pode esperar da obra e lendo com a mente aberta a experiência se torna ainda melhor.

"As criaturas podem ser monstros, mas, como evidenciado por sua mãe e pela vida que ela considerou adequada para você, essas coisas terríveis não são o problema. O homem é a criatura a ser temida."

Por fim, eu gostei da obra, tracei paralelos incríveis e a jornada de Malorie e seus filhos meio ao caos é bem instigante de acompanhar. Leitor,  darei uma dica: ABRA BEM OS OLHOS!






29 outubro 2020

[Indicação] O Amor Não Dói | Anahy D'Amico | Planeta de Livros (Selo: Paidós)


Boa noite, amados! Hoje venho indicar a obra “O amor não dói” da escritora Anahy D’Amico!

Um livro lindo que nos ensina muito sobre amor próprio e que na frase a seguir diz tudo que precisamos ler: “Não podemos nos acostumar com nada que machuca.”

Sinopse:
Mais uma vez, você foi dormir chorando. Ou ficou no telefone com uma amiga, ouvindo-a repassar, ato a ato, uma briga que se repete toda semana. Mais uma vez, você pensou: vou terminar. De manhã, porém, repensou: ele não é uma pessoa ruim, só é muito nervoso. Ele me ama tanto, apesar de ter esse gênio forte. Ele explode... E eu também não sou flor que se cheire. Sei que não sou fácil. Quantas vezes essas ponderações passaram pela sua cabeça? Quantas vezes você ouviu essas frases durante uma conversa com outras mulheres, na qual todas desabafam sobre as coisas que “todo homem faz”? Isso faz sentido pra você? Então, vamos direto ao ponto? O AMOR NÃO DÓI!O amor não foi feito para doer. O amor deve ser um refúgio e não uma prisão. E isso é algo que vou repetir muitas vezes neste livro, porque você precisa não apenas entender essa mensagem, mas absorvê-la e se tornar uma embaixadora dela.Acompanhe-me nessa jornada de autoconhecimento e na busca para ajudar as mulheres a se livrarem de um relacionamento ruim, abusivo e tóxico. Aprenda a ouvir o coração e a conferir aos relacionamentos valor, independência e liberdade.

Resenha no ig @chihiro_literary Passa lá e confira minha opinião! Não se esqueça que você é responsável pela sua felicidade e nunca terceiros!

27 outubro 2020

[Resenha] O Pqueno Príncipe | Antoine De Saint-Exupéry | Faro Editorial

A obra começa com a infância do narrador-personagem Saint-Exupéry relatando a frustração em relação aos seus desenhos perante os adultos que não compreendiam o que ele desenhava e se tornava cansativo tentar explica-los. Ele se torna um grande aviador, conhece muitas cidades e pessoas até o seu monomotor dar uma pane e cair no Deserto do Saara. Havia abandonado os desenhos até que conheceu O Pequeno Príncipe que não só pediu que ele desenhasse como compreendeu o significado de cada um.

Ele nos conta sobre a chegada do Pequeno Príncipe a Terra, seu planeta, o asteroide B 612, sua Rosa, viagens a outros reinos e na essência de cada aprendizagem adquirida do jovem Príncipe. O Pequeno Príncipe começou a viajar pelos asteroides para procurar uma ocupação e conhecimento. O primeiro era habitado por um rei mandão, o segundo era habitado por um vaidoso, o terceiro era um beberrão, o quarto um homem de negócios, o quinto por um acendedor de candeeiro, o sexto por um velho senhor e o sétimo, a Terra.

“Só se conhece as coisas que se cativa, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer nada. Eles compram as coisas prontas dos mercadores. Mas como não existem mercadores de amigos, os homens não têm mais amigos. Se você quer um amigo, me domestique!”.

O Pequeno Príncipe é um clássico da literatura mundial e nos conduz a exercer reflexões filosóficas, faz um doce passeio na nossa infância e nos faz rever valores. Pode ser usado como complementos de leitura na escola, assim, como leitura familiar, resgatando valores perdidos ou não compreendidos.

O livro tem uma narrativa agradável e envolvente e perpassa por várias áreas, como: cálculos, geografia, astronomia, política e outras. Remete-nos a nossa infância e faz os adultos encontrarem a criança perdida dentro de cada um de nós. As lições dadas são primordiais para o nosso crescimento enquanto pessoa. São lições valiosas e que atingem direto o coração.

O autor Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944) foi um escritor, ilustrador e piloto francês. Serviu durante a Segunda Guerra Mundial e faleceu durante uma missão de reconhecimento. Escreveu diversas obras e artigos discorrendo sobre a guerra e a aviação. Os destroços de seu avião foram localizados em 2004, mas seu corpo nunca foi encontrado.

Por fim, as aquarelas são lindas, a capa maravilhosa e a diagramação de boa qualidade. Indico a obra para todos aqueles que desejam conhecer lições simples, porém como uma grande carga emocional. Mostra o amor nas coisas simples da vida, a amizade verdadeira, espirito de equipe e a lealdade.

" O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."

 

26 outubro 2020

[Resenha] Sombra e Ossos (Vol. 1) | Leigh Barduco | Guternberg


Alina Starkov cresceu sabendo que jamais teria muito na vida. Órfã e sem nenhum dom ela se torna uma cartógrafa de seu regimento ao lado de seu fiel melhor amigo Maly, que se destaca por ser um rastreador.

É durante uma excursão pela Dobra das Sombras, um lugar tomado pela escuridão e por criaturas letais, que o mundo de Alina muda completamente: ela libera um poder raro e cobiçado por muitos.

Então, ela é arrancada do mundo que conhece e se vê cercada pela opulência e facilidade do mundo Grisha (grupo de pessoas com dons para dominar a Pequena Ciência e controlar água, terra, fogo, ar...). E agora Alina é conhecida como a Conjuradora do Sol. Surge a esperança perdida para vencer a Dobra. Será que ela irá conseguir?
Eu queria ler os livros da Bardugo e fiquei simplesmente envolvida pela escrita da autora. A história se inicia lenta e logo depois, ainda nos primeiros capítulos vemos a história acelerar e tomar rumos que deixam o leitor totalmente vidrado a cada acontecimento.

O universo Grisha é muito vasto, recheado de tramas e segredos, como este é o primeiro volume da trilogia acredito que ainda teremos mais personagens e mais histórias maravilhosas nos outros volumes. Mas o que me chamou mais atenção é a evolução de Alina. No início achei que ela seria aquela personagem irritante e enfadonha, porém ela conseguiu me surpreender.

A Netflix divulgou o elenco escalado para a adaptação, mas ainda sem data prevista para o lançamento.

Vocês já leram? Gostam do Universo Grisha?

23 outubro 2020

[Resenha] Eu Estive Aqui | Gayle Forman | Arqueiro

 
❅ Alerta de Gatilho ❅

Cody sempre achou que sabia tudo sobre sua melhor amiga Meg, mas essa certeza vai embora no momento em que ela recebe uma mensagem de despedida de Meg, um dia após seu suicídio.

Uma viagem até a faculdade em que Meg estudava faz com que Cody descubra várias coisas sobre sua amiga. E achar o notebook de Meg pode, mais uma vez, fazer com que Cody não tenha mais certeza sobre o que acha que sabe sobre a morte da amiga! Um arquivo criptografado pode mudar tudo. O que será que Meg queria tanto esconder?

“Perdi alguém recentemente. Uma pessoa tão importante que é como se parte de mim mesma tivesse morrido. E agora não sei mais ser como antes. Ela era o meu sol, e então meu sol se apagou. Imagine só se o Sol se apagasse de verdade. Talvez ainda restasse vida sobre a Terra, mas você iria continuar querendo viver aqui? Será que eu quero continuar vivendo aqui?”

Eu não sei exatamente como Cody era antes do suicídio da sua melhor amiga, mas sei o que ela se tornou: uma pessoa fria e cheia de raiva. É incrível poder notar as fases de luto nos personagens e como a autora consegue nos fazer entender (ou não) as atitudes dos personagens e ter empatia com os mesmos.

“Meu Deus, como eu sinto falta de Meg. Mas sinto muita raiva dela também. Se não consigo perdoá-la, como conseguirei perdoar a mim mesma?”

Meg Garcia era aquele tipo de pessoa que chamava atenção por onde passava e conseguia o que queria. Ela não teria motivos para se matar, teria? E como diabos sua melhor amiga não notou os indícios do suicídio? O ponto é, às vezes não temos indícios. Às vezes, a pessoa esconde tão bem a sua dor que não conseguimos notar nada. Ou então, estamos tão focados nos nossos problemas que não conseguimos notar mais nada a nossa volta.

“Sou tomada por uma onda repentina e dolorosa de nostalgia. Sinto falta disso. Mas como posso sentir falta de algo que nunca tive de verdade? Recebi tudo isso de segunda mão através de Meg. Como basicamente todo o resto na minha vida.”

Gayle Forman é uma escritora norte-americana que começou sua carreira escrevendo para revistas e em 2007 veio a publicar seu primeiro romance. Além de “Eu estive aqui”, a autora também escreveu os livros “O que há de estranho em mim” e “Se eu ficar”, ambos publicados pela Editora Arqueiro.

“Eu estive aqui” é aquele livro que te prende do início ao fim. Mas não pensem que a leitura é fácil, porque não é. A escrita da autora nos aproxima tanto da história e dos personagens que nós, leitores, passamos por um mix de sentimentos ao decorrer do livro. Além de nos colocarmos no lugar da personagem que perdeu alguém.

Eu gostei muito desse livro, embora tenha me sentido ansiosa em alguns momentos. Apesar disso, foi uma ótima leitura e muito importante a mensagem que ele nos passa. Há gatilhos no livro, então não indico a obra para todos. Mas para aqueles que lerem, tenham certeza que não vão se arrepender, o final é bem satisfatório. Recomendo que leiam a nota da autora!

Centro de Valorização da Vida - Precisando conversar? Ligue 188 ou acesse www.cvv.org.br.

21 outubro 2020

[Resenha] A casa holandesa | Ann Patchett | Intrínseca

A obra “A casa holandesa” nos conta a história da família de Cyril Conroy, que após a Segunda Guerra Mundial, entra no ramo imobiliário e cria um negócio que se tornará um império. A família irá da pobreza a uma vida de opulência, porém algo que seria uma surpresa maravilhosa para a esposa acaba desencadeando o esfacelamento de toda a estrutura familiar. O que será que houve de tão grave?

A escritora Ann Patchett foi uma grata surpresa, pois foi uma das histórias que conquistou o meu coração durante 2020. Que narrativa grandiosa, rica, ambientação perfeita e que dá muita vontade de estar dentro da Casa Holandesa. Que lugar incrível!

A história é narrada pelo Danny, filho de Cyril. Ele e sua irmã Maeve são expulsos pela madrasta da casa onde cresceram e voltam para a pobreza. A relação entre eles é especial e contam apenas um com o outro.

"Existem momentos na vida em que damos um salto, e o passado que nos sustentava até então sai de trás de nós e o futuro onde pretendíamos aterrissar ainda não está em seu lugar, e por um instante ficamos suspensos, sem reconhecer nada nem ninguém, nem a nós mesmos.”

Gente, que raiva da madrasta, pois tudo que ela podia fazer para infernizar a vida dos irmãos, ela fazia. Ranço eterno! Os personagens são ótimos, distintos, fortes e cheios de histórias de vida, por exemplo, Maeve é autoconfiante e muito franca; a personagem Fofinha é a minha preferida! Que poço de doçura emana dela!

“Olhamos para o passado pela lente do que sabemos agora, então não o vemos como a pessoa que éramos, vemos com os olhos das pessoas que somos hoje, o que significa que o passado foi radicalmente alterado."

Os temas abordados no livro são densos, como: abandono, conflitos familiares, mágoas, herança, fraternidade, amizade, amor, lembranças e perdão. Deixar de lado o rancor não é tarefa fácil, mas às vezes é necessário para o nosso amadurecimento. E os personagens evoluem mesmo não sendo nada fácil superar o passado.

“Eu sentia a casa inteira sentada sobre mim como uma concha que teria de carregar pelo resto da vida.”

Por fim, indico a obra com louvor, pois cada detalhe da história marca o coração, as reviravoltas são excelentes, os personagens marcantes e ver o destino agindo é algo sublime. Leiam!

 







[Resenha] Conjurador: O Aprendiz | Taran Matharu | Galera Record


Fletcher é um garoto órfão que foi abandonado ainda bebê nos portões da cidade de Pelego, tendo sido encontrado pelo ferreiro Berdon, que decidiu cria-lo como filho. Agora, com 15 anos, Fletcher já está seguindo os passos de seu pai, tendo se tornado um aprendiz de ferreiro, que futuramente herdaria os negócios. Bom, isso era o que todos esperavam, mas parece que o destino tinha planos diferentes para o garoto.

Num mundo onde os Nobres conseguem invocar criaturas, os plebeus, como Fletcher, acabam não tendo muito valor, por raramente conseguirem invocar algo. Mas as vezes acontece, e assim foi com Fletcher, quando por coincidência ele encontra um livro e faz a invocação de uma Salamandra, conseguindo assim uma vaga na Academia Vocans, uma escola para jovens magos.

"Fletcher, sei que nunca lhe disse isso, mas você não é nem meu aprendiz nem um fardo. Você é meu filho, Fletcher, mesmo que não tenhamos o mesmo sangue. Estou orgulhoso de você; mais orgulhoso do que nunca. Você foi determinado e se defendeu, e não tem nada do que se envergonhar."


Taran Matharu é um escritor londrino best-seller do New York Times que encontrou sua paixão por livro desde muito cedo. O Aprendiz foi seu livro de estreia, que mais tarde viria a se tornar uma trilogia conhecida como Conjurador.

O Aprendiz é um livro de fantasia que conta com uma variedade enorme de personagens, raças e criaturas. Os acontecimentos do livro são todos muito bem detalhados, facilitando a ambientação. A leitura começa consideravelmente calma, mas vai progredindo muito bem no decorrer dos capítulos.

Os personagens do livro são muito bem descritos e todos muito fiéis a sua personalidade. É muito legal notar como os personagens vão evoluindo com o tempo, e como as amizades e inimizades vão sendo criadas.

Por ser o meu gênero preferido, eu já esperava gostar do livro, só não esperava gostar tanto.

O autor soube muito bem como conquistar e prender o leitor nessa trilogia, de forma que a primeira coisa que você faz quando terminar de ler é pegar o volume seguinte para saber o que acontece.
 
O Conjurador se tornou uma das minhas sagas preferidas, então eu recomendo muito! Os fãs de Harry Potter, Senhor dos Anéis e Trono de Vidro podem escolher essa leitura sem medo, pois vão ama-la assim como eu. O único defeito desse livro é que ele chega ao fim!
Já conheciam? Deixa nos comentários o que acharam!

[Resenha] Alice no País dos Pesadelos | Jonathan Green | Jambô Editora

A obra “Alice no País dos Pesadelos” nos conta a história de Alice, anos depois de sua aventura no País das Maravilhas, pois ela é novamente chamada ao mundo mágico de animais falantes e cartas de baralho vivas. Alice precisará impedir que a insana Rainha de Copas destruísse todo o reino. Você está preparado para entrar na toca do coelho?

 A história é ambientada no mundo clássico de Lewis Carroll e o mais incrível da obra é o fato que nós somos os protagonistas. Isso mesmo! A obra é um livro-jogo e as nossas escolhas serão decisivas para salvar o reino ou empurrá-lo de vez para o pesadelo final.

Eu confesso que foi o meu primeiro contato com um livro-jogo e amei a experiência. Ler a obra acompanhada de dados, lápis, borracha e baralho fora bastante singular.

“Você para por um instante em frente à fonte, sentindo os respingos refrescantes de umidade em seu rosto, vendo um arco-íris se formando por entre os jatos brilhantes de água e ouvindo o borbulhar da cascata.”

O leitor poderá escolher três formas de jogar “Alice no País dos Pesadelos”. A primeira é usando dois dados; a segunda usando um baralho e a terceira é ignorando as regras. O jogador que escolher seguir as regras precisará determinar as forcas e as fraquezas de Alice.

“Considerando prudente preparar um piquenique para levar na jornada, você pega vários dos sanduíches triangulares, tortas e pedaços de bolo, embrulha-os em guardanapos e guarda-os no bolso. Você tem provisões suficientes para quatro refeições. Cada vez que comer uma refeição, recupera 4 pontos de Energia. O que você faz agora?”

O escritor Jonathan Green é autor de ficção especulativa com mais de sessenta livros publicados e construiu um universo novo para a história de Alice. Uma obra interativa, divertida e que nos dá amplas possibilidades do que fazer ou não. Se o País dos Pesadelos dependesse das minhas jogadas, para salvar o reino, seria um fiasco. Posso dizer com toda certeza que Alice cairia frente ao pesadelo.

“Bem, o sonho é seu, então quem mais acha que poderia fazê-lo? – pergunta o Coelho Branco. – Um sonho? Parece mais um pesadelo. – É o que tenho tentado dizer a você? – E se quiser que pare, precisa eliminar Sua Majestade – o Lagarto interrompe. – O jeito mais certo é a Espada Vorpal, um golpe corta o pescoço. Tira a cabeça dos ombros de uma vez. É o único jeito de ter certeza com os tipos dela.”

Eu indico a obra para os amantes de RPG e livros interativos, pois os desafios estão incríveis. O fato de poder ser a protagonista é muito interessante e abre um leque de possibilidades para todo o enredo. Vem salvar o reino comigo?

 







20 outubro 2020

[Resenha] Rosas de Maio | Dot Hutchison | Planeta de Livros


Há cinco anos, Chavi foi assassinada em uma igreja e em seu corpo foi encontrado Crisântemos. Essa era a marca do Serial Killer, deixar tipos de flores diferentes em cada uma de suas vítimas.

O detetive Brandon Eddison se sente responsável por Priya, irmã mais nova de Chavi, pois não desvendou o caso e o assassino ainda está solto. E sua preocupação aumenta ainda mais quando percebe que ela pode ser a próxima vítima dele.

"Como você se recupera quando os pedaços perdidos são os únicos motivos para alguém olhar para você?"

"Ela não está aqui e isso dói muito, dói de um jeito que não faz nenhum sentido, porque tudo que dói desse jeito deveria sangrar, sair da gente, deveria poder ser consertado, e isso não pode."

Esse é o segundo volume da série O Colecionador e precisa ser lido na sequência. Nesta obra temos a participação presente dos três detetives e da Maya, uma das vítimas do volume um: O Jardim da Borboletas.

Eu gostei muito dessa obra, pois estava muito curiosa para saber o que aconteceu com as vítimas do primeiro livro. Achei maravilhoso a autora ter mostrado isso e por ter complementado perfeitamente o primeiro volume. Espero que nas próximas histórias esses personagens também se tornem presentes.

O destaque do livro ficou a cargo do detetive Brandon, que fica a frente do caso da Priya. Aqui conseguimos entender um pouco sobre a personalidade dele, fato este que me fez gostar mais do personagem, já que no primeiro livro ele se mostrou ser muito arrogante. A vida pessoal dele também vai ser explorada, como a história da sua irmã, que o fez virar detetive.

Priya tem muitas características iguais a da Maya. Ela é muito forte e inteligente e sabe usar isso ao seu favor. É impossível não comparar as duas personagens e perceber que elas estão quebradas e, lutando para lidar de alguma forma com a dor.

O mistério da história é muito interessante, mas eu já sabia quem era o assassino. Apenas não descobri a identidade verdadeira.
Com esse livro só confirmei como a autora é uma escritora maravilhosa. Ela nos deu inúmeras pistas desde o começo e tudo o que aconteceria no final, já estava sendo anunciado bem antes. Amei esse segundo livro, mas o primeiro ainda é o meu preferido. Espero que a Editora publique logo o terceiro volume, pois até o momento essa série é composta por quatro livros.
Dot Hutchison é a autora de A wounded name, um romance para jovens adultos baseado em Hamlet, de Shakespeare, e do suspense adulto: O jardim das borboletas.
Desejo que vocês leiam logo essa série! Prometo que não irão se decepcionar!
 

16 outubro 2020

[Resenha] Deixei Meu Coração em modo Avião | Fabíola Simões | Faro Editorial

 

O livro “Deixei meu coração em modo avião” pode ser encarado como um chamado para a libertação de tudo que se torna desgastante, acelerado e tóxico. Fabíola nos mostra que não devemos cobrar perfeição, vivermos apressados, estressados e sem direcionamento da vida, pois viver sem alimentar expectativas é bom demais!

Fabíola Simões é mineira de Itajubá, casada há dezoito anos e mãe de um menino. Além do blog, Fabíola se dedica ao seu trabalho como dentista e um canal no YouTube. Ela é autora do blog “A Soma de todos os Afetos” que conta com mais de 2,5 milhões de seguidores no Facebook e mais de 150 mil no Instagram.

A escritora Fabíola nos apresenta crônicas reflexivas que abordam os amores e as dores da vida real. Termos uma vida leve, ser gentil com todos e consigo mesmo são fatores que ajudam a desligar dos problemas da vida cotidiana. A pressa não nos leva muito longe, pois o nosso corpo cansado fala. Ele entra em esgotamento.

A obra é dividida em quatro partes, são elas: Desligando o wi-fi; Esperando notificações; Alta conectividade e Desejos de simplicidades. Simões nos mostra que é necessário ter coragem para enfrentar dias cinzentos, disciplina para lidar com a correria, paz de espírito, ser leve, perdoar e ser perdoada, ter amor próprio, ser gentil e a busca pela felicidade.

"Depois de algum tempo, tudo o que você quer é um relacionamento sério com sua paz. Você já não se esforça tanto por amizades sem reciprocidade, e não sofre em demasia por aqueles que não querem seguir a estrada ao seu lado.”

Este livro aborda vários assuntos corriqueiros, como: amor, carnaval, relacionamentos, dores, saudades, medo, coragem, amizade, moda, tênis All Star, divórcio, trânsito, cirurgia, redes sociais, família, Padroeira, saudade, viver feliz, encontrar a paz interior e outros. São crônicas diversas que ajudam a deixar o coração em modo avião. Todos precisam desse momento de paz e isolamento do mundo exterior.
 
"Atualmente, as corridas são maiores e mais constantes. São mensagens chegando a toda hora pelo WhatsApp; comentários pipocando na última foto do Instagram; o Messenger exigindo uma resposta. Para um ansioso e perfeccionista, está formado o cenário do caos."

Por fim, aceite o convite da escritora Fabíola Simões, tenha uma vida leve, desacelerada, acalme o coração, sinta a brisa tocar o seu rosto, o vento balançar os seus cabelos e deixe que a vida se encarregue de te surpreender, pois ninguém consegue ser feliz com tantas cobranças! Ame-se!

15 outubro 2020

[Resenha] Um Amor Incômodo | Elena Ferrante | Intrínseca

Delia volta a sua cidade natal, Nápoles, para o enterro de sua mãe, Amalia, que foi encontrada morta em um rio, apenas com um sutiã sensual. A causa da morte foi afogamento, o que leva todos a acreditarem em suicídio, mas tudo por trás do ocorrido é estranho demais. E Delia vai precisar voltar ao passado e tentar entender tudo o que aconteceu com sua mãe.


"Durante o funeral, fiquei surpresa ao me flagrar pensando que finalmente não era mais obrigada a me preocupar com ela."

A relação de Delia com sua mãe não era nada boa. Ela a amava, mas a odiava muito mais. Durante toda leitura vemos a luta da personagem tentando entender a mãe e a sua própria história. Vemos como ela tenta ao máximo não enxergar a mãe em si mesma, mas parece que isso é impossível.

"Eu estava tão decidida a me tornar diferente dela que perdia uma a uma as razões para me parecer com ela."

As lembranças perseguem a personagem em toda a parte. Ela se lembra do sofrimento de sua infância, com seu pai batendo em sua mãe; Amalia tendo comportamentos questionáveis com um homem chamado, Caserta; E daquele porão escuro, que causou todos os problemas. As lembranças as torturam e se misturam com a realidade.

"A infância é uma fábrica de mentiras que perduram no imperfeito."

Ferrante é muito detalhista e parece se preocupar com os mínimos detalhes. Além disso, a história transita entre o presente e o passado, através da memória e pensamento da personagem. Fato este que muitas vezes me deixou confusa sem entender o que exatamente estava acontecendo.

Essa é uma leitura que precisa ser lida com muita atenção, pois ela é toda em fluxo de consciência. Cada detalhe da obra é muito importante e tem um significado para um entendimento completo.

Me digam nos comentários se já leram alguma obra da autora e se gostam do estilo de escrita dela.

Elena Ferrante é o pseudônimo de uma escritora italiana, cuja identidade é mantida em segredo. Especula-se que seja uma tradutora. A autora concede poucas entrevistas, todas elas por escrito e intermediadas pelas suas editoras italianas.

14 outubro 2020

[Resenha] Nos Olhos de Sara | Cleu Nacif | Independente


A obra “Nos Olhos de Sara” aborda a história da jovem revisora de textos Sara, um misterioso andarilho, sua melhor amiga Bia e acontecimentos surreais. A moça está desmotivada no trabalho e sua chefe a repreendeu por estar assistindo Netflix durante o expediente. Sara teve um breve relacionamento com Digão, um antigo colega de escola. Ele se torna obsessivo passando a importunar Sara sempre que pode. Quando a vida de Sara cruza com a do andarilho o destino realiza coisas inacreditáveis e caro leitor, leia! A história que você irá encontrar vai muito além de um simples olhar!

Eu fiquei muito surpresa ao conhecer a escrita de Cleu Nacif, pois ela conseguiu em 132 páginas me tocar profundamente. Sabe aquele livro com narrativa simples, mas que é riquíssimo de valiosas lições? Posso dizer que foi uma das minhas melhores leituras de 2020! Obrigada Cleu e a LC Agência de Comunicação pela leitura coletiva maravilhosa, singular eu diria!

A obra trata de temas densos e necessários serem abordados, como: situação de vulnerabilidade social, maus-tratos animais, preconceito, amizade, amor, empatia, abuso sexual e psicológico, excesso de bebidas alcoólicas, confiança, violência doméstica, fuga de crianças, amor próprio e respeito.

“As pessoas pareciam ficar repudiadas por qualquer coisa que lhes lembrasse de que existiam outras pessoas e animais sofrendo e com fome enquanto elas iam para casa ao encontro de um farto jantar com suas famílias saudáveis e felizes.”

Os personagens são bem distintos e todos interessantes. Sara parece estar perdida dentro da roda vida, pois algumas atitudes que ela toma têm consequências cruéis ou um tanto peculiares. O “andarilho” é forte, decidido e irá te presentear com uma chuva de realidade. Bia é uma amiga alegre, baladeira e está sempre pronta para ajudar nos momentos mais difíceis. Gengibre e Mitsy são animais fenomenais. Digão é quase um ogro, chato, inconveniente e tenho ranço eterno. Léo é o vizinho dos sonhos de qualquer pessoa. Ele é tão perfeito que você precisa ler e descobrir se de fato alguém pode reunir tantas qualidades em um único ser, será?

“Na noite, o objetivo maior era tornar- se invisível para sobreviver."

Nacif descreve a narrativa com tanta verdade que podemos sentir os detalhes, perceber todas as descrições ambientais, refletir sobre situações tão cotidianas quanto aos dos moradores de rua, preconceito, julgamentos e falta de empatia. Você levaria um morador de rua para sua casa? Você daria um forte abraço em alguém sujo e vulnerável?

“Na rua, ou você é invisível ou dá medo ou nojo nos outros. No final, são essas suas opções.”

Por fim, super indico a obra fluída, reflexiva, emocionante e que nos ajuda a lidar com nossos medos e preconceitos, porém tenha muito cuidado com quem você coloca no ambiente sagrado do seu lar. Algumas vezes pode ser uma grata surpresa e em outros momentos pode ser um caminho sem volta. Veja além dos olhos de Sara, veja além do olhar!








12 outubro 2020

[Leitura Coletiva] Cinco Máscaras | Carlo Antico | Labrador

 

Boa noite, leitores! Nós fomos selecionados pela @lcagcomunicacao para participar da Leitura Coletiva da obra “Cinco Máscaras", do escritor Carlo Antico. Ela foi publicada pela @editoralabrador!

Sinopse:
O vexilologista Prince Lafitte acabou de perder uma de suas melhores amigas para o câncer e, ainda de luto, descobre que outro companheiro terá que enfrentar a mesma luta pela vida. Prince agora se encontra em uma encruzilhada: pode assistir seu amigo definhar ou pode correr atrás de uma lenda há muito esquecida pelo tempo, que prometia curar todas as doenças. Esse milagre, entretanto, foi muito bem escondido por seus pesquisadores, que temiam que sua descoberta caísse em mãos erradas. A única chance de Prince salvar seu amigo é seguir as pistas espalhadas pelo mundo, usando todo o seu conhecimento sobre bandeiras, e reunir as cinco máscaras, as chaves que abrem o tesouro escondido para, enfim, encontrar a cura.

Carlo Antico é jornalista formado pela PUC-SP e
tradutor/intérprete pela Associação Alumni. Foi colaborador da revista Roadie Crew por oito anos e produtor, apresentador e repórter do programa Rock Forever.
Seu primeiro livro "Straight and Lethal", publicado apenas em inglês pela editora SBPRA de autopublicação, participou da Feira de Livros de Nova York em 2014 e ganhou o NABE Pinnacle Awards, premiação do estado do Oregon, na categoria "contos". "Cinco Máscaras" é seu segundo livro e o primeiro lançado em português.

Eu achei a sinopse instigante e já quero ler para saber o que ocorrerá quando nosso protagonista estiver com as cinco máscaras! Ficaram curiosos também?

11 outubro 2020

[Indicação] O Plano Quase Perfeito | Bruna Mazzali e Erika Leonardo | The Gift Box


Boa tarde, leitores! Como vocês estão? Hoje tenho uma indicação especial para vocês que é a obra “O Plano Quase Perfeito” das escritoras Bruna Mazzali e Erika Leonardo! A obra foi publicada pela @thegiftboxbr!

Sinopse:
Alice trabalha em um famoso ateliê de vestidos de noivas. Sua vida é bastante tranquila e ela tinha um sonho: ter sua própria loja. Mas como nada em sua vida acontece de acordo com os planos, tudo muda quando um dia ela deixa sua curiosidade vencer e se mete na maior confusão de sua vida. Eduardo está atrasado e em conflito quando é obrigado a resgatar uma maluca correndo pela rua vestida de noiva. Ele só não imaginava que seu mundo seria virado de cabeça para baixo, quando o destino resolve juntá-los. De forma surpreendente e divertida a vida desses dois estranhos, tão diferentes, será interligada. Resta saber se eles estarão preparados para abandonar seus planos tão bem pensados e seguir novos planos (quase) perfeitos.

A escrita das autoras é leve, divertida, fluída e apaixonante! Para quem está com ressaca literária é uma ótima oportunidade para ler algo cômico e aliviar a tensão!

“Eu estava apalpando a perna do homem. Acho que ele fazia alguma atividade física. Será que era atleta? Dona Conceição falaria "poxa, que coxa!", esse pensamento me fez rir.”

“Estava morrendo de raiva dele há três segundos, e agora já quero entrelaçar meus dedos em seu pescoço e beijar sua boca.”

Alice e Eduardo são hilários e levarão os leitores a rirem de situações inusitadas, pois as autoras usaram de uma criatividade ímpar!

As autoras são simples e carismáticas! Um show de simpatia!

Leiam e divirtam-se! Vocês já planejaram planos (quase) perfeitos?

06 outubro 2020

[Resenha] Bloodshot Renascido vol. 2 | Jeff Lemire, Mico Suayan, Raul Allen e David Baron | Jambô Editora

A obra “Bloodshot” nos conta a história da caçada para impedir o violento reinado de terror que aflige o Colorado. Bloodshot viaja pelas Montanhas Rochosas para destruir os nanites remanescentes que causaram o surgimento de assassinos em massa pelo estado. Mas será que as drogas, bebidas e as estridentes visões insanas que rodeiam sua mente darão um fim em sua jornada antes que ela comece?

A Jambô Editora está de parabéns pelo trabalho desenvolvido com a Graphic Novel, pois as ilustrações são tão bem feitas que beiram a realidade. A capa é cartonada, as imagens são coloridas e o papel couché. A HQ foi nomeada uma das melhores séries do ano e recebeu mais de dezenas de prêmios do IGN, Comic Vine, Updroxx e outros.

“Eu não sei. Não exatamente. Mas meio que posso senti-los...É como uma intuição que permite que meus nanites rastreiem os outros nanites.”

O roteirista Jeff Lemire é campeão de vendas do New York Times e nos apresenta um thriller bem intenso e recheado de ação. O personagem Ray Garrison não conseguiu se perdoar pelo passado violento e abusa do álcool e das drogas, porém ao escutar burburinhos que Bloodshot é responsável por tiroteios, ele resolve caçar os assassinos e para isso se tornar novamente o monstro que um dia foi.

“Tempo é dinheiro, Dwight. Não tô nem aí para como se sente, você tem cinco minutos, mais que isso e tiro do seu almoço. Se recomponha, pegue o telefone de volta e comece a vender, ou eu acho outra pessoa que consiga.”

A obra nos possibilita conhecer o personagem Ray com uma maior profundidade. A narrativa é eletrizante, cheia de ação e o conflito interno na mente de Ray torna a HQ emocionante.

“Mas as coisas estão diferentes agora. Não estou só falando essas coisas para me convencer. Eu a sinto ao meu lado. Seu corpo quente contra a minha frieza... e eu sei, lá no fundo, que é diferente.”

Por fim, indico a Graphic Novel por ser premiada com louvor, empolgante e um épico de ação. O volume três será “O Homem analógico” e eu já quero ler. Não sei se vocês já assistiram ao filme Bloodshot com Vin Diesel?