21 outubro 2020

[Resenha] Alice no País dos Pesadelos | Jonathan Green | Jambô Editora

A obra “Alice no País dos Pesadelos” nos conta a história de Alice, anos depois de sua aventura no País das Maravilhas, pois ela é novamente chamada ao mundo mágico de animais falantes e cartas de baralho vivas. Alice precisará impedir que a insana Rainha de Copas destruísse todo o reino. Você está preparado para entrar na toca do coelho?

 A história é ambientada no mundo clássico de Lewis Carroll e o mais incrível da obra é o fato que nós somos os protagonistas. Isso mesmo! A obra é um livro-jogo e as nossas escolhas serão decisivas para salvar o reino ou empurrá-lo de vez para o pesadelo final.

Eu confesso que foi o meu primeiro contato com um livro-jogo e amei a experiência. Ler a obra acompanhada de dados, lápis, borracha e baralho fora bastante singular.

“Você para por um instante em frente à fonte, sentindo os respingos refrescantes de umidade em seu rosto, vendo um arco-íris se formando por entre os jatos brilhantes de água e ouvindo o borbulhar da cascata.”

O leitor poderá escolher três formas de jogar “Alice no País dos Pesadelos”. A primeira é usando dois dados; a segunda usando um baralho e a terceira é ignorando as regras. O jogador que escolher seguir as regras precisará determinar as forcas e as fraquezas de Alice.

“Considerando prudente preparar um piquenique para levar na jornada, você pega vários dos sanduíches triangulares, tortas e pedaços de bolo, embrulha-os em guardanapos e guarda-os no bolso. Você tem provisões suficientes para quatro refeições. Cada vez que comer uma refeição, recupera 4 pontos de Energia. O que você faz agora?”

O escritor Jonathan Green é autor de ficção especulativa com mais de sessenta livros publicados e construiu um universo novo para a história de Alice. Uma obra interativa, divertida e que nos dá amplas possibilidades do que fazer ou não. Se o País dos Pesadelos dependesse das minhas jogadas, para salvar o reino, seria um fiasco. Posso dizer com toda certeza que Alice cairia frente ao pesadelo.

“Bem, o sonho é seu, então quem mais acha que poderia fazê-lo? – pergunta o Coelho Branco. – Um sonho? Parece mais um pesadelo. – É o que tenho tentado dizer a você? – E se quiser que pare, precisa eliminar Sua Majestade – o Lagarto interrompe. – O jeito mais certo é a Espada Vorpal, um golpe corta o pescoço. Tira a cabeça dos ombros de uma vez. É o único jeito de ter certeza com os tipos dela.”

Eu indico a obra para os amantes de RPG e livros interativos, pois os desafios estão incríveis. O fato de poder ser a protagonista é muito interessante e abre um leque de possibilidades para todo o enredo. Vem salvar o reino comigo?