A obra “Alice no País dos Pesadelos” nos
conta a história de Alice, anos depois de sua aventura no País das Maravilhas,
pois ela é novamente chamada ao mundo mágico de animais falantes e cartas de
baralho vivas. Alice precisará impedir que a insana Rainha de Copas destruísse
todo o reino. Você está preparado para entrar na toca do coelho?
A
história é ambientada no mundo clássico de Lewis Carroll e o mais incrível da
obra é o fato que nós somos os protagonistas. Isso mesmo! A obra é um
livro-jogo e as nossas escolhas serão decisivas para salvar o reino ou empurrá-lo
de vez para o pesadelo final.
Eu confesso que foi o meu primeiro contato
com um livro-jogo e amei a experiência. Ler a obra acompanhada de dados, lápis,
borracha e baralho fora bastante singular.
“Você para por um instante em frente à fonte,
sentindo os respingos refrescantes de umidade em seu rosto, vendo um arco-íris
se formando por entre os jatos brilhantes de água e ouvindo o borbulhar da
cascata.”
O leitor poderá escolher três formas de jogar
“Alice no País dos Pesadelos”. A primeira é usando dois dados; a segunda usando
um baralho e a terceira é ignorando as regras. O jogador que escolher seguir as
regras precisará determinar as forcas e as fraquezas de Alice.
“Considerando prudente preparar um piquenique
para levar na jornada, você pega vários dos sanduíches triangulares, tortas e pedaços
de bolo, embrulha-os em guardanapos e guarda-os no bolso. Você tem provisões suficientes
para quatro refeições. Cada vez que comer uma refeição, recupera 4 pontos de
Energia. O que você faz agora?”
O escritor Jonathan Green é autor de ficção
especulativa com mais de sessenta livros publicados e construiu um universo
novo para a história de Alice. Uma obra interativa, divertida e que nos dá
amplas possibilidades do que fazer ou não. Se o País dos Pesadelos dependesse das
minhas jogadas, para salvar o reino, seria um fiasco. Posso dizer com toda certeza
que Alice cairia frente ao pesadelo.
“Bem,
o sonho é seu, então quem mais acha que poderia fazê-lo? – pergunta o
Coelho Branco. – Um sonho? Parece mais um pesadelo. – É o que tenho tentado
dizer a você? – E se quiser que pare, precisa eliminar Sua Majestade – o
Lagarto interrompe. – O jeito mais certo é a Espada Vorpal, um golpe corta
o pescoço. Tira a cabeça dos ombros de uma vez. É o único jeito de ter
certeza com os tipos dela.”
Eu
indico a obra para os amantes de RPG e livros interativos, pois os desafios
estão incríveis. O fato de poder ser a protagonista é muito interessante e abre
um leque de possibilidades para todo o enredo. Vem salvar o reino comigo?