30 novembro 2018

Entrevista com o escritor Roberto Minadeo (Editora Illuminare)


ENTREVISTA

ROBERTO MINADEO



1- Fale-nos um pouco sobre você.



Atuo como professor e pesquisador, desde que pude. Lembro de ter alunos de aulas particulares já aos onze anos de idade. Sempre fui muito curioso, e gosto muito de ler - coisas ligadas às minhas áreas de pesquisa, e, especialmente, literatura. Pesquiso nos temas ligados à minha formação: gestão, marketing, comunicação, Governança Corporativa e Políticas Públicas.

Também sou Analista em Ciência e Tecnologia do CNPq. Ingressei por concurso. É incrível como essa atividade combina com minhas demais aspirações.



2- De onde surgiu a inspiração para escrever?



Antes de entrar na escola, meu pai me presenteou com a coleção infantil dos 17 livros de Monteiro Lobato. Li tudo antes ainda de ser aluno. Meu primeiro sonho de criança mais sério ligado ao futuro: vou ser escritor. Essa foi a inspiração ligada ao Sonho de escrever. Para começar um projeto literário que se tornou um livro tive uma inspiração baseada no desejo de verter por escrito alguns Sonhos que estavam se acumulando. Tive certo receio de perdê-los se não os escrevesse e compartilhasse com o público.

Uma experiência com livros técnicos foi importante. Em 1996 lancei meu primeiro livro, "Mil Perguntas Marketing", que esgotou e mereceu nova edição, atualizada, em 2005. Outras obras vieram, trazendo experiência e proximidade ao mercado editorial.



3-  Tem algum gênero preferido para leitura que possa nos contar?



Gosto de literatura contemporânea. Os clássicos precisam encontrar um espaço na vida de cada um: Cervantes, Dante, Dostoiévski, Tolstoi, Vitor Hugo, Camões - para citar alguns. Lembro de ter assistido ao DVD comemorativo de "Os Miseráveis" - o que me fez encarar o desafio de ler essa obra. Aprendi muito. Também há momentos para descansar, por exemplo, com o gênero policial.



4- Quais os livros que lhe fizeram tomar gosto pela leitura, e os autores que lhe influenciam até hoje?

De certa forma, já respondi acima: Monteiro Lobato me influenciou antes de entrar na escola. Os clássicos foram importante ponto de apoio ao longo da trajetória de leitura que pude seguir. Livros mais tranquilos sustentaram a maior parte desse percurso, mostrando coisas ricas, pelo enredo, por exemplo.



5- Quais são os seus projetos literários para 2019?



Com certeza preciso me dedicar à tarefa de divulgar meu recém lançado livro "Sonhos Fulgurantes". Mantenho sempre ligada a atividade da leitura - o que, para mim, é um projeto literário permanente. 



6- O mercado literário está em crise. Gostaria de saber com toda a sua experiência o que pode ser feito para melhorar esse cenário atual?



A crise é relativa: com a abundância de textos na Internet, tenho a certeza mais absoluta de que nunca se leu tanto. Aquela bobagem: "no meu tempo é que se lia mais..." é isso mesmo, pura bobagem! Basta ver a quantidade de msgs trocadas (obras escritas, ainda que em outro formato), blogs, sites, etc.

Sim, talvez o formato do livro impresso esteja enfrentando dificuldades. Porém, continuo confiante.

A crise mais grave está no formato das grandes livrarias - o que não significa que o problema seja o livro. Ou seja, as vendas dessas lojas não conseguem gerar margem de rentabilidade que cubra os imensos custos da estrutura: aluguéis em pontos de destaque, pessoal, luz etc. Ou ainda, o fenômeno de livros encomendadas pela Internet e entregues diretamente na residência apresenta custos muito menores; o que fez cair o preço dos livros físicos.



7- O que os Sonhos Fulgurantes significam para você?



Em primeiro lugar, para que fosse meu primeiro projeto em literatura, decidi pelo formato Conto. É muito difícil. Não podem existir coisas de algum conto que se assemelhem às dos demais - o que exige uma laboriosa harmonia. Os personagens precisam ser bem trabalhados. Cada conto é uma estória completa e independente. Não há espaço para enrolar: um conto leva a sua mensagem e ponto final; não é um romance nem uma novela.

Além disso, "Sonhos Fulgurantes" é algo muito especial. Os primeiros estavam guardados em minha memória, de sorte que praticamente bastou escrevê-los. São Sonhos no sentido de que há situações diversas que se resolvem mediante a introdução de elementos oníricos. 

Finalmente, são fantasias, escritas com o intuito de que cada leitor nelas se situe.



8- Por que é tão difícil ser escritor no Brasil? Cite os pontos negativos e positivos.



É uma pena que haja tantos brasileiros que não possuem o hábito da leitura. Chega a doer: um pouco de esforço levaria qualquer um a sair dessa pasmaceira. Afinal, há muitas pessoas tendo vencimentos incríveis em outros campos - no esporte, por exemplo. 

Esse quadro implica em um ponto negativo: o mercado é restrito, e o ingresso é especialmente difícil, pois sempre se é um ilustre desconhecido.

O ponto positivo é que o novo autor sabe estar contra tudo e contra todos. Deste modo, eventuais dificuldades iniciais fazem parte do quadro mais amplo de suas expectativas. 



9- Qual o papel dos blogueiros literários para o trabalho de um escritor?



Comunicar é tudo. Lecionei Marketing por bastante tempo. Meus primeiros livros foram técnicos e focados nessa disciplina. Desse modo, não tenho como agradecer o trabalho que esses blogs realizam. 



10- Deixe um recado para os leitores da Editora Illuminare.



Conto com todos, pois os "Sonhos Fulgurantes" são pessoais. Nunca é demais investir na leitura. Já é uma unanimidade que a TV aberta não agrega. Os jornais televisivos possuem seus vieses. Não vale a pena perder tempo nisso. Desse modo, a leitura é o mais saudável entretenimento.

Gostaria participar de eventos mediante Skype com alguns leitores que tenham se identificado com algum personagem dos Sonhos. Dessa forma, haveria espaço para eu aprender da leitura que foi feita de meus Sonhos. Por outro lado, cada leitor encontraria vetores para aferir como andaram lendo e como foram suas leituras.

Eventos mais amplos ligados à leitura em geral seriam também uma ótima iniciativa.



Obrigada pela entrevista Dr. Roberto Minadeo!

Evento Illuminare em Brasília-DF



O autor Roberto Minadeo (Editora Illuminare) já está em mãos com seus exemplares seu livro Sonhos Fulgurantes.

Biografia do autor: Administrador pela USP, Mestre e Doutor pela UFRJ. Professor e Analista do CNPq. Literatura é uma paixão e o primeiro sonho, logo ao tomar contato com as primeiras letras.

Adquira seu exemplar autografado direto com o autor: rminadeo@gmail.com - via correio e caso more em Brasília, nos dê a honra de sua presença em nosso evento de lançamento de Sonhos Fulgurantes e Sábado no Tempo de Afrodite da psiquiatra e autora Marissol Lourenço.



Biografia: Médica Psiquiatra e Analista Junguiana, Marissol Lourenço nasceu na cidade de Santos, litoral do Estado de São Paulo, região portuária de múltiplas histórias. É autora de vários contos em antologias diversas. Atualmente em Brasília-DF, mora com marido, filho adolescente e alguns gatos. Sábado no Templo de Afrodite é o primeiro livro pela Editora Illuminare.


Dados do evento Illuminare:
Brasília - DF
Data: 1 de dezembro
Hora: 19:00
Local: Carpe Diem - Shopping Brasília - DF

CONTAMOS COM SUA PARTICIPAÇÃO!

Editora Illuminare 

Lançando novos talentos com eventos em todo o Brasil.

www.editorailluminare.com.br


29 novembro 2018

[Resenha] Escolhas: Uma escolha pode mudar completamente a sua vida | Larinha Vilhalba


RESENHA POR ISIS DANIELLE



Jade é uma jovem de apenas 18 anos que já passou por muitas coisas nessa vida. Mora com sua avó Lúcia e ajuda vendendo flores no sinal desde muito novinha. Por causa do preconceito da cidade não consegue encontrar um bom emprego, pois seu histórico familiar não é dos melhores...


Abandonada pela mãe viciada em drogas, com meses de nascida e os tios presos pelos crimes que cometeram Jade acaba pagando pelos erros deles. De origem humilde, mas com a esperança de que tudo vai melhorar um dia, porque é muito esforçada e corajosa.


"Todos os dias fazemos escolhas, decidimos o que fazer de nossas vidas, qual caminho seguir; algumas vezes acertamos e outras erramos."



Em meio ao trânsito oferecendo flores a jovem acaba conhecendo Lucas após um episódio de mal-estar, no qual é socorrida pelo mesmo que notou que ela não estava passando bem. E daí começa um mar de escolhas e Jade terá que decidir para qual lado seguir.



"Cada escolha da vida tem uma consequência e eu vou ter que conviver com as minhas agora."



Lucas está na cidade em uma missão. Ao conhecer Jade por acaso, acaba se encantando por aquela moça humilde e esforçada. E as escolhas precisam de tomadas rápidas e decisivas.

"O destino é uma caixinha de surpresa. Não tente fugir, ele sempre irá te confrontar."



O livro é muito bom! Tem uns plot twists muito bem elaborados e me encantou desde o primeiro momento! Está favoritado no meu coração! Os personagens foram muito bem desenvolvidos e a história te prende do começo ao fim! Só lamento, pois acabou tão rápido (risos).


"Eu e Lucas nos amamos de corpo e alma. Somos um só coração, um só sentimento, dividido em dois corpos."



A escrita da autora é envolvente e sensível, o que deixa a trama mais interessante. A obra é clara e o toque de realismo foi bem explorado, pois ela soube descrever bem as diferenças de classes sociais e suas dificuldades.

Bom, não vou falar mais nada para não dar spoiler. Só quero deixar registrado mais uma vez que amei muito e recomendo demais! Nota máxima para a escrita de Larinha Vilhalba.

25 novembro 2018

[Resenha] O Último Suspiro (Detetive Erika Foster #4) | Robert Bryndza



A obra “O Último Suspiro” aborda a tortura contra jovens que são encontradas em uma lixeira, desfiguradas, roupas encharcadas de sangue, vários cortes pelo corpo e uma incisão fatal na artéria femoral. A Detetive Erika Foster luta para garantir o seu lugar na equipe de investigação mesmo que ela tenha que passar por cima dos seus superiores ou se despir do orgulho e pedir desculpas para quem preciso for.

"Preocupava-se profundamente com as vítimas e, como em muitos outros casos nos quais havia trabalhado ao longo dos anos, não eram apenas as terríveis circunstâncias das mortes que a assombravam, mas as vidas que haviam sido ceifadas tão prematuramente. Mulheres jovens com tanta vida pela frente: carreira, filhos, férias e todas essas alegrias foram negadas a elas."

O assassino procura suas vítimas nas redes sociais, cria vários perfis falsos, navega em ips não identificáveis e estuda as suas futuras vítimas minuciosamente. As jovens são bonitas escolhidas aleatoriamente e geralmente sonhando com o famoso príncipe encantado ou com o emprego dos sonhos, todas vulneráveis.

"Mas não acho que as pessoas são burras. Imagino que a maior parte delas acha a vida chata e posta suas conquistas, coisas das quais têm orgulho, pois isso as legitima."



Erika Foster continua sendo dura com a vida e com as pessoas ao seu redor se compadecendo apenas com as jovens mortas, porém houve uma grande evolução da detetive desde o primeiro volume e creio que nós próximos volumes ela poderá se livrar dos seus fantasmas pessoais.

“Um grande quadro-branco cujos quadradinhos continham anotações dos casos. Deu a volta na mesa, sentou-se na cadeira e seus olhos recaíram na parte do carpete onde Sparks tinha desmoronado. Ela sempre teve o sonho de progredir, de ser bem-sucedida na polícia. Mas valia a pena?



A escrita de Robert Bryndza está cada vez melhor e mais fluída, porém um fato que me incomodou foi saber nos primeiros capítulos quem era o assassino. Gosto do jogo de suspense, do mistério e de usar minha imaginação para descobrir quem é o criminoso.

No livro são abordados alguns temas como: violência, bullying, redes sociais, perfil fake, sociopatia, corrupção policial, hierarquia, traição, trabalho em equipe e assassinatos.


Indico a obra para quem gosta de histórias eletrizantes, fortes, e também com o intuito de alertar sobre os perigos que assolam as redes sociais. Marcar encontros com desconhecidos pode se tornar um caminho sem volta e se transformar no seu ‘último suspiro’.





24 novembro 2018

[Resenha] Capacetinho Vermelho | Lilia Rodrigues | Lura Editorial




Capacetinho Vermelho encantava as pessoas de onde mora, pois anda sempre de vermelho em sua moto vermelha pela cidade. Apesar de saber das leis sobre segurança nas vias, a jovem Capacetinho decide abrir uma exceção! O que custa levar um amigo na garupa? Uma vez não causará problemas, não é mesmo?

A corrida seria rápida. Só que o problema não estava em dar carona ou no curto espaço do trajeto e sim na falta de proteção! Lobato (amigo) estava sem capacete e não se importou nenhum pouco, e inclusive insistiu em ir mesmo sem a devida proteção.

Querem saber o pretexto? Ele era neto do Coronel Lobato Jeitinho Brasileiro da Silva. Qualquer coisa o seu avô daria um jeito para à Capacetinho e assim eles seguiriam normalmente.

Lobato tem lábia para dar e vender, infelizmente seu final não é um dos melhores e sofre as consequências de seus atos. E a amiga aprende a lição da pior maneira possível.

A moral da história se reflete nos dias em que vivemos e a crítica social na obra é muito clara. Nós temos o pensamento de dar sempre um jeitinho, entretanto, nem sempre conseguimos o que se é esperado. O caminho pode se tornar uma via sem volta!

O livro tem uma linda diagramação, uma história super bonitinha e bem escrita. A obra leva as crianças e adolescentes compreenderem que as regras precisam de obediência e que quando lidamos com a vida não cabe o famoso “jeitinho brasileiro”. Recomendo a leitura!









O que você acha do “jeitinho brasileiro”?




22 novembro 2018

[Resenha] A Sociedade Secreta | Catia Mourão



RESENHA POR KETHLYN GALDINO



Para a alta classe a imagem e postura em qualquer local que seja é de extrema importância, já que casamentos e carreiras poderiam se ruir devido a fofocas. Diante do fato alguém viu a necessidade de se criar uma Sociedade Secreta onde os desejos seriam saciados.

Senhora V estava distante do marido, sabia que a vida dele era corrida e que conforme o trabalho se tornava cada vez mais importante, menos tempo ele teria para passar com a família. V há anos não fazia sexo com o senhor F e aceitava a situação já que é uma mulher de classe, jamais poderia ter um relacionamento fora de seu casamento (ao menos se quisesse permanecer com a sua imagem intacta).

Como para tudo se tem uma solução é claro que V passou a conhecer a tal Sociedade Secreta em que foi lhe apresentada por sua amiga, a senhora J. Apesar de toda a insegurança ‘O que teria demais nesse evento tão secreto?’ ela se perguntou. Caso não gostasse poderia ir embora como a J lhe recomendou. E assim foi a senhora V pensando com o que iria se deparar e apesar de passar diversas situações em sua cabeça nada se comparava ao que estava por vir.

V chegou a uma linda casa, dentro tinha todo tipo de gente, homens e mulheres se tocando em todas as posições sem pudor algum... O que ela iria fazer? Perdida em devaneios o belo senhor P surgiu para salvar a novata e apresentar cada quarto daquela casa. A cada porta que se abria um tipo diferente de casal havia dentro, sejam homens ou mulheres, duas pessoas ou 4 e assim por diante. Por mais estranho que fosse V sentia desejo, ansiava também por aquele prazer que via e ouvia por meios dos gemidos. Um dia de sexo com o senhor P bastou para que ela desejasse ser aceita pela Sociedade Secreta. 

"Se ao menos ela não fosse tão conservadora... Mas se V imaginasse as coisas que eu gostaria de fazer com ela pediria o divórcio na mesma hora."

Já o senhor F conheceu a Sociedade Secreta por meio de sua secretária, a senhorita M e ele não imaginou que poderia se viciar pelos eventos. Apesar de estar há anos mantendo relacionamentos sexuais fora do seu casamento, F ainda não se descobriu por completo apesar de achar totalmente ao contrário. 

M é bela e conseguiu facilmente mexer com os desejos de F e muito mais que isso compartilhou com ele um universo de prazer sem limites. Entretanto quando o senhor F chega em casa após esses eventos, só pensa em sua esposa, o que será que ela acharia disso? E se um dia fizesse sexo com ela como sempre imaginou, será que a senhora V gostaria?

“Estendi o braço e ela se refugiou em meu peito. Envolvi-a em um abraço e voltei a fechar os olhos, na intenção de dormir mais um pouco, mas meus planos se frustraram quando ela começou a mover a mão delicadamente.”

A história tendo como foco o erotismo recebe uma grande valorização na narrativa e sensualidade que é única em cada personagem. Outra coisa que eu gostei foi o mistério entre eles, nunca pensei que a abreviação do nome de um personagem me afetaria tanto, pois juro que tive vontade de avançar mais a leitura só para descobrir o nome do senhor P, do senhor F, da senhora V e da senhorita M.

O final foi perfeito em minha opinião e sem dúvidas a melhor parte de toda a obra. Eu tenho que assumir que por esse motivo aplaudiria a autora de pé!

A diagramação está impecável, as imagens de abertura de cada capítulo são belíssimas, folhas amareladas, fonte que facilita a leitura e a capa perfeita convidativa para conhecermos a Sociedade Secreta. Recomendo a leitura para os amantes de romance erótico.



13 novembro 2018

[Divulgação] 6ª Feira do Livro Livre

Olá leitores, houve em Buenos Aires mais um evento literário da editora Illuminare! 

Momentos da 6ª Feira do Livro Livre
Buenos Aires - Argentina / 2018


A Editora Illuminare destacando de forma internacional seus autores.
Autógrafos, bate-papos com leitores argentinos, recebimento de certificados internacionais, brindes com vinho argentino da melhor qualidade assim como o talento de nossos autores.
Um verdadeiro SUCESSO de público e de literatura!
Faça parte dessa família, envie seu original e DESTAQUE sua literatura a nível nacional e internacional.
Envios: editorailluminare@gmail.com

Fotos do evento: encurtador.com.br/opFY1


12 novembro 2018

[Resenha] Leonardo da Vinci e os sete crimes de Roma | Guillaume Prévost




“Leonardo da Vinci e os sete crimes de Roma” abrange crimes que abalam Roma e os mistérios que poderão ser desvendados com a ajuda do mestre Leonardo e do estudante de medicina Guido Sinibaldi.


A obra é um thriller eletrizante que perpassa por vários pontos como a biblioteca do Vaticano e as ruínas antigas. O assassino frio e cruel é dotado de uma grande inteligência e ao matar deixa pistas junto às vítimas. Um jogo perigoso que da Vinci e Guido desejam jogar e encontrar o criminoso quando completarem todo o quebra-cabeça. 


“Pelo contrário, a cidade voltou a fervilhar com os rumores mais insensatos, especialmente no que tangia às mutilações sofridas pelos cadáveres. Falou-se muito em canibalismo - palavra recente, que devia sua fama aos povos selvagens do Caribe -, de missas negras e de bruxaria. Várias inscrições com as palavras “Eum qui peccat, Deus castigat” floresceram aqui e ali nos muros da cidade”.


Prévost cria a história de uma forma bem interessante e por várias vezes me senti em Roma, diante dos mais variados monumentos e dentro do próprio Vaticano com todo o mistério envolto no ar. Ele ainda expõe as obras de Leonardo, pintores referências, medicina, papado, biblioteca Vaticana, autopsia, invenções, conhecimentos diversos e arquitetônicos de toda Roma.


O livro possui uma ilustração de Jacques Durvie retratando os sete crimes de uma forma bem inusitada e que foi de extrema importância para Guido entender todos os crimes e quais os próximos assassinatos ocorreria durante os próximos dias.


“O mais inquietante, no entanto, provinha do resto da gravura: aqueles membros amputados, aquele corpo jogado num buraco, aquele outro, enforcado dentro de um sino, o terceiro, estendido aos pés de uma árvore, o personagem gordo, parcialmente despido e trespassado por uma flecha... Aquele desenho maléfico era mais do que uma ameaça: o macabro programa dos crimes por vir”.


Em suma, a obra é bem detalhada e mostra que a teoria ligada à prática pode levar a perfeição. A união de Leonardo da Vinci e Guido Sinibaldi tornou o suspense e o ar de mistério totalmente intrigante. Em alguns momentos o autor nos leva a pensar que o culpado era o próprio da Vinci. E se de fato for? Leiam e descubram os segredos do Vaticano que pode colocar todo o Papado no chão, inclusive Roma.


Indico o livro para todos os amantes de suspense e thrillers, pois a narrativa é rica, os detalhes das construções e dos personagens como um todo. O mestre da Vinci com toda sua sabedoria e humildade deixa a obra leve.


08 novembro 2018

[Resenha] Amor Nas Highlands (Série Highlands #2) | Suzanne Enoch





Amor nas Highlands nos conta a história do Visconde de Maxton Graeme. Ele tem uma extensa lista de inimigos, incluindo o temido Duque de Lattimer. Com muitos problemas e inclusive financeiros, Graeme fica irritado quando seus irmãos mais novos sequestram Lady Marjorie, a irmã de Gabriel (duque protagonista do volume 1), sem dúvidas a confusão está armada.


O Visconde se vê no meio de um impasse que pode colocar em perigo não só o seu clã, assim como também a vida dele e dos irmãos. Se entregar Marjorie ao chefe do clã Maxwell, a jovem pode ser morta; se a deixar ir embora, seus irmãos poderão ser condenados. E se entregá-la ao Duque de Lattimer, Graeme é quem acabará morto.


“Nada que envolva você é simples, Sassenach. Mas não espere que eu me renda aos seus olhos de filhotinho e a esses cílios longos quando vidas estão em jogo. É melhor você se acalmar e comer alguma coisa antes que morra de fome. Mais tarde virei buscá-la. Se quiser xingar alguém quando estiver sozinha, meu nome é Maxton. Graeme Maxton”.


Sra Giswell, a acompanhante que Lady Marjorie contratou para auxiliá-la a frequentar a alta sociedade é muito chata, hehe! Compreendo que a função dela seja de transformar a jovem de fato em um Lady, mas eu a estrangularia primeiro.


Um ponto alto da história é o fato do zelo e amor que Visconde Maxton tem, pois desde jovem se torna responsável pela criação de seus três irmãos mais novos Cornell, Dùghlas e Brendan. Ele é capaz de dar sua vida para protegê-los.


Marjorie é uma mulher inteligente, determinada e linda. O seu modo de ser acaba conquistando Graeme e também a deixa totalmente confusa em relação aos seus sentimentos. A atração entre eles se torna inevitável.


"Isso também a fez pensar de novo nos beijos dele. E fez com que refletisse se continuava sendo uma prisioneira ou, se em algum momento da última hora, tinha se tornado uma colaboradora voluntária, maluca”.


A escritora Suzanne Enoch é best-seller do The New York Times e em Amor nas Highlands nos apresenta que o amor pode surgir das relações improváveis e que as guerras podem ficar em segundo plano no quesito coração.


Enoch aborda as relações familiares, lealdade, amor, romance, paixão, razão e fidelidade. O romance é construído pouco a pouco com uma sutileza impar, porém com todo o fogo quando explode. Simples e ao mesmo tempo arrebatador. 


Não poderia deixar de ressaltar, também, sobre o caçula dos Maxtons: Connell. Com 8 anos ele é uma criança linda, com um coração puro e cheio de amor ao resgatar os mais diversos e inusitados animaizinhos. Apaixonante.  


Por fim, a capa é linda, a diagramação excelente e o texto maravilhoso. Recomendo para todos que gostem de romances, guerras, relações familiares, aventura e perigo.

07 novembro 2018

[Resenha] Como não conquistar seu chefe CEO bilionário | Katherine Laccom´t


                                                     RESENHA POR KETHLYN GALDINO



Gil sempre foi uma funcionária competente e centrada, um dos motivos é por ser cristã e outro por ter um chefe gato e saber que não pode sair da linha com ele.

“Voltarei a frequentar a igreja como antes, sendo uma serva de Deus dedicada. Chega de pecados... chega de pecar! Tem pecado que é tão gostoso... mas chega de pecar.”

Diferente de outras funcionárias que foram embora por se apaixonarem por Samuel, Gilian é indiferente, ver Howser (CEO) é tão normal que ela nunca parou para admira-lo apenas como uma mulher e não com o olhar de funcionaria, mas isso estava prestes a mudar.

“Sabemos que não desfrutamos a vida quando não passamos vergonha alguma. Ou quando não sentimos medo em tempo algum. Porque viver é arriscado e, às vezes, a consequência desses ricos é se envergonhar.”


Gilian foi convocada para ir ao Brasil com a equipe do trabalho, sem pensar duas vezes seu chefe a fez ir correndo atrás das passagens e ela fez o que foi pedido, só que essa viagem não seria tão simples, a secretária recatada foi desafiada por Ryan, um dos colegas de trabalho, a ir pra cama com o CEO... e pior que o desafio foi aceito!

“O sacerdote da minha igreja vive falando que o diabo vem disfarçado e enfeitado para nos confundir.”

Com a ajuda de sua amiga Nancy, Gil teve que melhorar a sua aposta, usar roupas que valorizassem o seu corpo e subir em um salto alto elegante para conquistar seu chefe que agora começa a mexer com o seu coração.

“Samuel passa o dedo no canto de sua boca... Acho que é um código para sentir meus lábios novamente. Ainda bem que embarquei nas loucuras de Nancy, porque estou muito interessada em beijar aquela boca novamente. Passar a minha mão por aquele cor... Samuel continua a passar o dedo no canto da boca, e Nancy faz o mesmo gesto, ambos me deixando em alerta. Quando retiro a caneta da boca, vejo que a tinta vazou, passo o dedo no canto da minha boca e a mesma tinta tinge o meu dedo.”

Em meio a desastres como cair com saltos, saia rasgada e uma tentativa de atacar o chefe ao estar bêbada, nossa divertida protagonista vai nos levar a rir e se chatear com as suas ações que por vezes acabam tendo um efeito contrário ao qual era proposto.

Esse livro é aquele tipo de obra em que lemos em uma tarde para descontrair e se sentir feliz com a leitura simples e prazerosa.

Ahhh e acreditem... eu super queria mais. Juro que leria mais umas 100 páginas tranquilamente toda feliz da vida! A escrita de Katherine é fluida, simples e bem desenvolvida.

Recomendo a obra para quem curte uma comédia romântica, um clichê bem escrito e uma protagonista hilária!