William vai nos contar as regras do local e a sua dor. Ele já viu muitos morrerem e agora foi a vez do seu irmão Shawn, o seu exemplo. No momento, para ele, só basta seguir as regras, que são: 1° Não Chorar; 2° Não Dedurar; 3° Se vingar.
"Se
alguém que você ama aparece morto, encontre a pessoa que matou e mate também."
Assim,
ele pega o elevador para seguir as regras, mas enquanto o velho aparelho desce
pelos andares do seu prédio, pessoas vão entrando e conversando com ele.
Desde
o início essa obra mexeu muito comigo, pois fiquei bastante pensativa sobre
tudo o que aconteceu com o personagem. Sobre a verdade que ele traz, da vida de
um morador da comunidade, suas dores e anseios.
Viver
em comunidade não é fácil, eu sei disso. Eu como os personagens do livro, nos
acostumamos ao tiroteio, sabemos exatamente o que fazer quando ocorre um. E
algumas vezes nem nos surpreendemos com as mortes, porque aqui, como no livro,
é comum.
"O
Shawn morreu. Estranho demais. Triste demais. Mas acho que não tão inesperado o
que acaba sendo ainda mais estranho, e ainda mais triste."
O
livro é doloroso, daqueles tristes, mas necessários, que tem uma ótima
reflexão. A obra é toda em versos e também muito visual. Até mesmo as
ilustrações do elevador fazem muito sentido e completam a história. Devido ao
estilo da narrativa, a obra se tornou muito fluída e rápida, acredito que todos
conseguiriam ler a obra rapidamente em apena um dia.
O
final é daqueles de respirar fundo e acredito que cada um terá a sua
interpretação. Não sei se todos vão entender ou gostar, mas eu realmente indico
e espero que vocês leiam.
Jason
Reynolds é autor best-seller do The New York Times, vencedor do Kirkus Award e
do Walter Dean Myers Award. Estreou na literatura em 2015 e, com Fantasma, foi
finalista do National Book Award de literatura jovem em 2016.