A
obra “A Última Festa” nos conta a história de nove amigos que sempre comemoram
o réveillon juntos, porém algo sinistro irá acontecer e apenas oito voltarão
para casa depois da festa. As divergências já começam na viagem de trem e o
grupo percebe que o que há de comum entre eles além de um passado, feridas que
nunca foram cicatrizadas e segredos altamente destrutivos. Em meio à grande festa,
o elo arrebenta. Alguém está morto e uma nevasca forte impede o resgate. O
assassino está entre eles, pois ninguém pode entrar ou sair. Não é alucinante?
Leia e descubra quem é o assassino e os motivos que levaram amigos se tornarem
inimigos!
Lucy
Foley construiu uma narrativa empolgante, cenário perfeito para curtir e também
propício para um crime. Gostei da escrita da autora, a forma na qual ela criou
todo o suspense e interessante ver quer por muitas vezes podemos estar ao lado
de pessoas tóxicas e de amizades altamente letais.
“Algumas
pessoas, submetidas a determinada pressão, fora dos ambientes aos quais estão
habituadas e nos quais se sentem confortáveis, não precisam de muito incentivo
para se transformar em monstros.”
A
história é contada em flashbacks a partir das perspectivas dos vários
personagens. Esse encontro entre passado e presente é interessante e deixa o
leitor apreensivo, pois não sabemos quem matou ou quem é a vítima. Qualquer um
pode ser suspeito. Adorei o clima de mistério, tensão e poder ver o pior lado
do ser humano.
"Jamie
acreditava que as pessoas são basicamente animais civilizados. Que os instintos
básicos ficam escondidos sob uma camada de verniz social; sufocados,
controlados. Mas que, em momentos de estresse, mesmo não tão grandes, nosso
animal interior tem a chance de irromper."
Como
a obra gira em torno do crime, assassino e amigos, não posso contar muito sobre
os personagens, pois uma característica mais forte já evidenciaria o suspeito.
Vi que algumas pessoas criticaram o final por achar pontas soltas, mas eu
gostei da forma como foi encerrado.
“Ás
vezes a solidão é a única maneira de recuperar a sanidade.”
Indico
a leitura para os amantes de thrillers, mas não esperem algo que seja
fenomenal. A autora nos deixa pensativa: tempo de amizade pode ser considerado sinônimo
de melhores amigos?