31 dezembro 2021

[RESENHA] Para o teu prazer | @sheilaguedes_autora | Independente | Páginas: 286 | Ano: 2021 | Classificação: 18+ | Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️➕➕➕➕➕



A obra “Para o teu prazer” nos conta a história de Matteo e Lis. Matteo tinha o sonho de ser médico desde a sua adolescência e após a sua aprovação no curso que tanto almejava ele precisou trabalhar no La Femme, um clube feminino para seguir com o sonho da medicina. Do outro lado temos a jovem medica Lis. A moça foi traída pelo noivo com sua melhor amiga e os seus sonhos desceram ladeira abaixo. Para tentar animar Lis e trazer o sorriso para o rosto da neta, sua avó Aliesh, arma um plano de conquista envolvendo Matteo, que terá que convencer a jovem voltar para o seu ex-noivo. Será que o plano de Aliesh dará certo?

O que falar da escrita de Sheila Guedes? Sempre que realizo as leituras dela eu penso: Ela se superou e não tem como escrever algo maior…Grande engano o meu, pois ela se supera a cada nova obra. Sheila escreve de romance histórico a hot com muita singularidade. Que orgulho ter no nosso país uma escritora como ela e também que orgulho poder tê-la como amiga!

Os personagens são tão reais que me senti completamente envolvida com eles. Matteo beira a perfeição, que homem! Além de lindo, inteligente, trabalhador, carinhoso e muito fiel no que se propõe a fazer. Lis, uma profissional exemplar, excelente amiga e apesar do coração dilacerado tem um poder de sedução gigante. Ela vibra amor, carinho e paixão. Os personagens secundários são tão necessários que preciso de um livro para cada um deles. E o Clube La Femme? Se existe paraíso na Terra, o endereço é nele!

“Meu coração idiota começa a bater acelerado. Não consigo entender por que o Matteo mexe tanto comigo. Não é sua aparência. Apesar de ser gato, isso geralmente não me afeta. É algo mais cru. Mais profundo.”

Eu dei um grito e exclamei de leve um “palavrão”quando cheguei no capítulo 28. Sheila, como você faz isso com o coração do leitor? Que reviravolta incrível!

“É irracional e meio idiota, mas sempre achei que meu destino é ficar só. As pessoas sempre vão me deixar. Sempre foi assim, e sempre será.”

Sheila Guedes é uma paraibana, casada com seu melhor amigo, mãe de três filhos e leitora compulsiva. Pedagoga e historiadora por profissão, escritora por paixão. Chocólatra assumida, ama viajar, fotografar e passar seu tempo livre na companhia da sua família e seus cachorros. Acredita que as palavras têm o dom de transformar vidas, e só gosta de ler livros com finais felizes.
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Por fim, “super master ultra mega” indico a obra, pois a narrativa é ímpar, os personagens maravilhosos, a ambientação perfeita, as cenas hots muito bem escritas e o La Femme me convidando para visitá-lo (mesmo que em pensamentos).
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Vocês já conheciam a escrita da Sheila Guedes? O que acharam da premissa da obra?



30 dezembro 2021

[RESENHA] Angelina Purpurina | Fanny Joly | @faroeditorial - Selo Milk Shakespeare | Ilustração: Ronan Badel | Páginas: 96 | Ano: 2021



A obra “Angelina Purpurina” é uma série que nos apresenta Angelina e as suas divertidas histórias. Ela é uma garota de oito anos e muito inteligente. A menina adora se vestir de cor-de-rosa, comer doces e sorvetes, e o Mastigadinho, que é o seu leão de pelúcia.

A escritora Fanny Joly criou uma história tão divertida e fluida que nos apaixonamos por Angelina nos primeiros parágrafos. Ela é hilária!

Os personagens são: Angelina Purpurina, Mastigadinho (velho leão de pelúcia), Pedro Quindim, Catarina, Vitor, José-Máximo, pais de Angelina, vovó Purpurina e Alex. Não sei como a garota suportava os seus irmãos. Que crianças chatas, Vitor e José-Máximo. Eles faziam de tudo para pirraçar Angelina e a chamavam pelo apelido que ela mais odiava: pirralha!

“Comecei a chorar: eu choro com muita facilidade, é prático. Os meus irmãos se calaram. Por pouco tempo. Logo depois do jantar, eles correram para o meu quarto para me aborrecer, me contrariar, me beliscar, enfim, fazer tudo que eu odeio!”

O livro é infantojuvenil, mas eu já estou doida para receber o segundo volume e embarcar nas novas aventuras de Angelina.

“Tudo na vida é uma questão de vontade e de treino.”

Crescendo como a única garota em uma família de 9 irmãos, FANNY JOLY hoje mora em Paris, perto da Torre Eiffel, com o marido e três filhos. Ela já publicou mais de 200 livros juvenis, que foram traduzidos para dezenas de países. Também escreve romances, peças de teatro e roteiros para cinema e televisão. Sob tortura (risos), ela confessou que Angelina Purpurina tem muito de sua infância. E a série só começou!

Eu super indico a obra, pois é uma leitura que nos remete a infância, as ilustrações de Ronan Badel estão interessantíssimas e a série promete!

O que marcou a sua infância? Compartilhe comigo nos comentários!



29 dezembro 2021

[INDICAÇÃO] A Sétima Chave - Contos Fantásticos do Mundo de Thalamh | Organização: @cristina.pezel | @pictoseditora | Páginas: 276 | Ano: 2021

 

Boa noite, leitores! Como vocês estão? Hoje venho indicar o livro “A Sétima Chave - Contos Fantásticos do Mundo de Thalamh” publicado pela Pictos Editora. Os autores participantes são: Ana Lúcia Merege, Bernardo Stamato, Cristina Pezel, Diogo Andrade, João Paulo Silveira e Liège Báccaro Toledo. A coletânea reúne contos fantásticos!

Sinopse:

Ana Lúcia Merege, Bernardo Stamato, Cristina Pezel, Diogo Andrade, João Paulo Silveira e Liège Báccaro Toledo juntos em um livro de fantasia? Imperdível! Nesta coletânea de contos, intrépidos personagens inspirados em classes e raças do RPG vivem suas aventuras até o momento de conhecer o Feiticeiro Niall, que os convoca para o Templo de Doigh, na distante Ilha de Erthuat. É hora de compreender o passado e selar o destino do Mundo de Thalamh.

“No meio do cataclismo, sob a escuridão e as rajadas de vento, pessoas se transformavam em vultos de luz e simplesmente não estavam mais ali. Foram centenas e centenas de desaparições, descritas da mesma forma pelos sobreviventes de todos os cantos de Thalamh, até mesmo das ilhas. Famílias se pulverizaram, deixando órfãos de pai e mãe, deixando anciãos desamparados.”

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“Abaixou os braços tremendo de raiva, e todos caíram, definhando dolorosamente até virarem ossos cinzentos sobre a relva no entorno das ruínas.”

“O céu estava tão estrelado que as estradas podiam ser vistas com clareza, apesar de que nem paladino e nem unicórnio seguiriam para destinos percorridos por humanos.”

“Tudo estava diferente, bonito. A clareira escondera os ossos cinzentos dos invasores com uma vegetação vistosa e muitas flores, de diferentes tipos. Se havia ali alguma maldição contra a vida, certamente não atingia os vegetais.”


A obra é maravilhosa, fluida e nostálgica para quem já jogou RPG. Os contos são independentes, bem construídos, com muita ação e aventura. Eu super indico para os leitores que gostam de literatura fantástica e que também curtam o Universo de RPG! Vocês já conheciam?



28 dezembro 2021

[RESENHA por @folhadepolen] Dandara e a Falange Feminina de Palmares | @leochalub | @editoranemo | Ilustrador: Luís Matuto |Páginas: 192 | Ano: 2021

 

Leonardo Chalub também é autor de "Palmares de Zumbi", uma releitura da saga de um dos maiores heróis negros do Brasil, e nessa obra publicada em 2019 ele traz uma personagem que veio a ser protagonista neste seu segundo livro pela Nemo, estou me referindo a Dandara.

De acordo com o autor, os fãs de "Palmares de Zumbi" se interessaram por Dandara e por esse motivo ele continuou suas pesquisas para dar vida a história dessa guerreira de Palmares.

Nesta obra somos transportados ao Brasil, de 1670. Já no início acompanhamos nossa protagonista em uma disputa no mocambo de Subupira, que levou muitos competidores à morte. Dandara tem um objetivo em mente: ganhar essa disputa para reivindicar a liderança da falange de guerreiras formada totalmente por mulheres.

"Toda a sua falange era composta por mulheres que haviam sido abandonadas, desprezadas e diminuídas durante toda a vida."

Dandara e suas guerreiras vão a Luanda, na Angola, em uma missão sob a ordem do Rei de Palmares, Ganga Zumba, para resgatar alguns objetos que pertencem a família dele e lá, longe de casa, ela e suas companheiras enfrentam vários perigos.

Leonardo conseguiu mostrar nesta obra a importância de manter a história viva, especialmente, de personagens importantes da nossa nação. "Dandara e a Falange Feminina de Palmares" é um livro que nos envolve com a história de nossa protagonista nos levando a perceber como as mulheres sofriam e eram tratadas em meados de 1670 e também como a coroa portuguesa tratava todos que eram diferentes.

"'Na guerra, faça o que for mais simples, o que for mais fácil', ensinava Dandara durante o treinamento."

Um livro histórico que muitos precisam realizar a leitura
para conhecer mais sobre a história de Palmares. Já coloquei na lista de leituras obrigatórias de 2022 o outro livro do autor, "Palmares de Zumbi".

A obra “Dandara e a Falange Feminina de Palmares" possui também ilustrações belíssimas que seguem esteticamente nos traços e cores, a ilustração da capa.

Fora isso a leitura é muito fluída, por mais que temos em alguns momentos cenas violentas, é um livro que prende o leitor, pois sempre me pegava querendo saber qual seria o próximo passo de Dandara e das guerreiras.
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Leonardo Chalub é mineiro de Belo Horizonte. Formado em Cinema e em Publicidade, aproveita seus conhecimentos nessas áreas para contar histórias emocionantes. Apaixonado por capoeira e outras lutas, acredita que é possível mudar o mundo por meio da narrativa. Venceu o Prêmio Jabuti de Literatura Juvenil com Palmares de Zumbi.
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O livro possui apenas 192 páginas, mas com uma história gigantesca. Chalub escreveu tão bem que é possível sentir todas as emoções descritas na narrativa. Dandara tem uma importância relevante e a falange feminina é ímpar!
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Conheciam o livro?



27 dezembro 2021

[RESENHA] Sniper Fantasma | @opatrickpessoa | @chiadobooks | Páginas: 196 | Ano: 2020 | Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️



A obra “Sniper Fantasma” faz parte da coleção Viagens na Ficção e nos conta a história de Donovan. Ele presta serviços para uma organização criminosa hacker, como Sniper. O jovem para conseguir manter todas as missões está sob efeito de remédios e para piorar a situação o assassinato de um dos seus comparsas é atribuído a ele. Leiam e descubram como o rapaz lidará com os percalços!

O escritor Patrick Pessoa construiu uma história interessantíssima, pois pareceu até uma previsão de como as organizações criminosas, empresas privadas e polícias poderão agir no futuro.

A narrativa é fluida, misteriosa, os personagens são bem construídos, muita ação e questões psicológicas/emocionais latentes. Do começo ao fim ficamos nos questionando pelo o que está por vir e o fechamento da obra foi genial! Já quero mais, Patrick!

"Com o passar dos anos, a ideia de adoção nasceu, amadureceu e se concretizou naquela tarde chuvosa que amenizou o clima de verão, preenchendo o vazio dentro de Vitor e Donovan."

O protagonista Donovan é intenso, confuso, ótimo no que se propõe a fazer, porém possui muitas questões pessoais inacabadas e o emocional está bem abalado. Os outros personagens são diversificados e por um certo momento tive um ranço instaurado pela “Cecília”.

“Os sonhos, que de determinada perspectiva poderiam ser encarados como pesadelos, sempre tinham a mesma característica: a namorada apenas sorria para ele e nunca dizia uma palavra sequer por mais que ele tentasse se comunicar com ela.”

Patrick Pessoa nasceu em 1994, na cidade de Botelhos (MG). Formado em design gráfico e em produção audiovisual, trouxe para seu primeiro livro “Sniper Fantasma”, referências artísticas e cinematográficas das quais consumiu durante a vida. Se especializou em comunicação e marketing, e vive na cidade de São Paulo há mais de oito anos.

Por fim, eu indico a obra para todos os amantes de ação, terror psicológico, mistério e citações na narrativa de grandes referências do cinema e classe artística.

A capa está belíssima unindo os elementos da narrativa e a diagramação primorosa.



25 dezembro 2021

[RESENHA por Stormwhirl colaboradora do @chihiro_literary] A canção de Aquiles: A aclamada releitura da Ilíada | @madeline.e.miller | @planetaminotauro | Páginas: 336 | Ano: 2021



O personagem Pátroclo, um príncipe que era tudo que um Rei não desejava ter em um filho: baixo, magro e fraco. Após se meter em um trágico acidente, Pátroclo foi punido e exilado para um reino longe de seus pais e onde não conhecia ninguém. E lá não era muito diferente de onde veio, ninguém lhe dava atenção, e assim era até melhor. Até que descobrem o motivo de seu exílio, e então de invisível ele passa a receber olhares receosos e amedrontados. Apenas uma das outras crianças não o olhava dessa forma, e esse era Aquiles. Então, não demorou para que eles se tornassem amigos inseparáveis. Comiam, brincavam, estudavam e treinavam sempre juntos. Até mesmo dividiam a mesma cama ao dormir, a pedido de Aquiles.

Quando Aquiles é mandado para as montanhas para treinar e ficar mais forte, Pátroclo precisa decidir entre se manter afastado ou enfrentar a mãe de Aquiles e segui-lo noite adentro.

“Todos os dias serão assim sem ele. Senti um aperto no peito, como o de um grito sufocado. Todos os dias, sem ele.”

Madeline Miller nasceu em Boston, nos Estados Unidos. Estudou na Brown University, onde fez bacharelado e mestrado em Estudos Clássicos. Vive em Narberth, no estado americano da Pensilvânia, com o marido e dois filhos. A canção de Aquiles é seu primeiro livro e foi vencedor do Orange Prize. Nos últimos tempos, o título tem sido um protagonista no aplicativo TikTok, cativando uma nova legião de fãs. Madeline também é autora de Circe, livro que reconta a história da feiticeira da Odisseia e que foi eleita a melhor fantasia de 2018 pelo Goodreads Awards.

Eu acabei gostando deste livro mais do que imaginava. Não tenho muito conhecimento de livros LGBT sobre guerra/mitologia, este foi o meu primeiro e eu não tenho do que reclamar.

A autora consegue nos passar um olhar diferente daquele contexto da guerra de Troia. Além de mortes, ela nos presenteia com um romance inocente entre dois jovens que tinham um destino traçado desde seus nascimentos, mas que ainda não sabiam nada da vida.

“Os olhos de Aquiles faiscavam à luz das chamas, a face nitidamente desenhada contra as sombras oscilantes. Eu a reconheceria disfarçada ou em plena escuridão, pensei; eu a reconheceria mesmo se estivesse louco.”
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Ainda não conhecia a autora, mas gostei muito de sua escrita. O livro tem seu foco maior nos dois personagens principais, mas ainda assim todo o resto é descrito muito bem e a leitura não é nem um pouco cansativa.
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Super indicado o livro! Vocês já conheciam?



24 dezembro 2021

[RESENHA por @chihiro_literary] Garota A | @abigailsdean | @veruseditora | Páginas: 280 | Ano: 2021 | Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

 

Após o falecimento da mãe Alexandra, mais conhecida como a Garota A, é chamada na penitenciária para liberar o corpo da mãe e também para ficar responsável pelo testamento. Com esse testamento ela deverá decidir com os seus irmãos o que fazer com a famosa casa onde aconteceu as barbaridades. A moça precisa entrar em contato com todos os irmãos para ter assinatura deles para um projeto beneficente que ela tem em mente para o local. Porém, esse contato com os irmãos abre muitas feridas e faz algumas revelações. Mesmo durante todo esse tempo ela não conseguiu superar esse trauma, essa dor.

"A última vez que vi a mãe foi no dia em que fugimos. Naquela manhã, acordei suja na cama e entendi que meus dias tinham se esgotado, e, se não agisse naquele momento, era ali que eu ia morrer."

Abigail Dean nasceu em Manchester e foi criada em Peak District, uma área de proteção ambiental a sul dos montes Peninos, na Inglaterra. Formou-se com honras em língua inglesa na Universidade de Cambridge. Foi livreira na rede de livrarias britânica Waterstones, passou cinco anos advogando em Londres e tirou o verão de 2018 para escrever Garota A, seu romance de estreia, pouco antes de completar trinta anos. Hoje trabalha como advogada para o Google e está escrevendo seu segundo romance. Garota A foi traduzido em vinte e seis idiomas e figurou nas listas de mais vendidos de diversos países.

Eu estava esperando uma história de superação, uma narrativa, é claro, pesada, porém com final feliz e eu simplesmente terminei no chão, em estado fetal, simplesmente desolada. Sinceramente, eu não sei como eu ainda consigo me surpreender com a maldade humana, o homem é muito ruim. Essa história me fez lembrar de vários documentários que eu vi sobre crianças sendo sequestradas e mantidas em cárcere privado. É terrível imaginar que essa história é real, que isso pode acontecer de verdade. O que mais embrulha o estômago é saber que foi um pai e uma mãe que fizeram isso com uma criança. É terrível, triste e desconcertante.

O livro fala claramente sobre fanatismo religioso e de como o extremismo mata. Também fala sobre a falta de amor, de cuidado e carinho com os filhos.
Fiquei chocada com a negligência dos familiares e de como eles não perceberem que tinha alguma coisa errada. Ainda me perguntei como a escola não notou que as crianças não estavam bem. Em um certo momento as crianças pararam de estudar. Eu sei que nos Estados Unidos os pais podem educar os seus filhos, mas não entendo como não há uma fiscalização do governo. Fiquei chocada também dos vizinhos não perceberem e acho impossível que ninguém notou.
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Foi um acúmulo de erro de negligência que levou essas essas crianças a sofrerem. Acho que a culpa foi de todos, não só dos pais.
E o pior é que a dor não passa e então eles se tornaram adultos com problemas sérios psicológicos. Por mais que eles tenham sido resgatados dos pais, nenhum deles ficou realmente bem. A dor permanece e o sofrimento continua.
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Vemos Alexandra sofrer e também como o passado mudou cada um dos seus irmãos. Teremos algumas revelações do que aconteceu e coisas que nem mesmo a protagonista sabia.
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Os capítulos têm o nome de cada irmão e é assim que vamos conhecendo cada um deles. A narrativa é incrível, bastante envolvente. Esse é um ótimo Thriller psicológico e que vale a pena até a releitura. Nota máxima para essa história.



23 dezembro 2021

[RESENHA por @chihiro_literary] A Ascensão da Rainha | @beccajross | @galerarecord | Páginas: 378 | Ano: 2021

 

Quando Brienna Colbert tinha 10 anos, ela foi levada pelo seu avô para a casa Magnalia. A casa Magnalia é uma das mais renomadas instituições das terras do Sul e a cada sete anos ela acolhe 5 meninas e as educa de acordo com suas paixões. Porém, quando Brienna chega já há 5 meninas, mas mesmo assim ela consegue ser admitida. Algo que o avô diz sobre o seu pai biológico faz com que a diretora a aceite.

Por quatro anos, Brienna tenta estudar as paixões, mas ela não se encaixa em nenhuma delas. Deste modo, com 14 anos ela implora para que o mestre Cartier a aceite como aluna e lhe ensine Conhecimento, sendo assim a sua última chance de se firmar em uma paixão.

Agora, com 17 anos, Brienna está prestes a se formar e mostrar tudo o que aprendeu durante esses três anos que estudou Conhecimento.
Porém, as coisas não saem como ela queria e nenhum dos patronos se interessam por ela. Assim, todas as suas amigas saem da instituição, menos ela.
Entretanto, Brienna começa a ter lembranças que ajudaria mostrar onde está escondida uma antiga relíquia que poderia trazer a magia de volta para a rainha de Maevana, um reino ao norte. Com isso, Brienna é envolvida em uma guerra de anos, sendo a única pessoa capaz de tirar o rei cruel do trono de Maevana.

"O que quer que meu avô tenha dito para ela a convenceu a me aceitar. Minha admissão não era mérito meu; não fora baseada no meu potencial. Foi o nome do meu pai que a abalou? O mesmo que eu própria não sabia?”

Rebecca Ross nasceu e cresceu na Georgia, onde ainda vive com o marido, cercada por livros. Tem um pastor-australiano, cultiva flores silvestres no jardim e ama café, admirar as estrelas, além, é claro, de uma boa história. A ascensão da rainha é seu livro de estreia.

Brienna é uma garota que sente a necessidade de se provar, de mostrar que é capaz. Como ela passou a infância toda estudando e sendo visivelmente inferior em relação as suas amigas, nutre uma ânsia de sempre estar disposta a tudo. Acredito que esse seja um dos motivos que a levou a embarcar nessa aventura.

"Eu não tenho charme de Abree, nem a beleza de Sibelly, sequer a doçura de Merei, ou a inteligência de Oriana e Ciri."

Apesar de gostar muito da leitura, algumas coisas me incomodaram, como o desenvolvimento dos personagens. Em um certo momento, Bri vai morar com o seu patrono e pela forma que é descrita eles se gostam muito, mas senti um exagero já que eles acabaram de se conhecer. Por isso, algumas ligações me pareceram falsas, forçadas, não consegui sentir verdade nelas. Da mesma forma acontece com o relacionamento amoroso de Brienna, ela se envolve com uma pessoa e eu não me animei nem um pouco com isso. Estou até torcendo para que apareça um outro personagem nos próximos livros. Acho que faltou desenvolvimento na formação de laços, mas isso é até compreensível já que essa é a primeira obra da autora. Com certeza ela irá melhorar a escrita nos seus próximos livros.

"Ele beijou minhas bochechas, em uma despedida casta que deixava promessas para quando a noite cair e as estrelas se alinhassem."

Este livro é uma fantasia bem leve, ótima para quem está começando a ler o gênero. Apesar de a história falar que existe magia e citar como ela era usada no passado, a magia em si só acontece realmente no final. A história fica mais nas tramas políticas, espionagem e nos mistérios envolvendo os pais de Brienna. Sabemos no início que o pai dela é Maevano, mas é só no final que a identidade dele é revelada.

A obra termina de uma maneira bem fofa e romântica, o que me leva a pensar nos problemas que podem surgir, já que se trata de uma trilogia. Estou bastante curiosa para saber se vai acontecer alguma guerra e conflito nessa história. Como gosto de bastante intriga e traição, eu espero por vários nos próximos livros.

Vocês gostam de livros de fantasia? O que acharam da obra?



22 dezembro 2021

[INDICAÇÃO] Ritmo Próprio | @camyla_roberta | @editorakilla | Páginas: 132 | Ano: 2020



Boa noite, leitores! Hoje venho indicar o livro da minha amiga Camyla Silva. É uma obra excelente e com temáticas densas. A história vai tocar o seu coração!

Sinopse:

Um casamento fracassado.
Mágoas da família e muita pressão.

A história de Luísa, personagem de “Amor Próprio”. Ela contará sua história de vida marcada por arrependimentos, de como se reconectou e encontrou sua vocação, se reconciliando com a família e com ela mesma.

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“É sempre assim, você é estimulado a demonstrar alegria, a mostrar sua felicidade e compartilhar com as pessoas esse estado de espírito, mas quando se está triste dizem que você tem que esconder, e o foi o que fiz.”

“Ter um lugar para ir é um lar. Ter alguém para amar é família. Ter os dois é uma benção.”

“Desencanei há muito tempo sobre certas coisas que considerava importantes. Nem tudo o dinheiro compra, e o que ele não costuma comprar é o que de fato acaba importando.”

Pelos quotes vocês podem notar a profundidade da narrativa da obra e o quão emocionante ela pode ser. Eu super indico a leitura!

E como está o seu ritmo? Algumas vezes precisamos saber a hora de desacelerar, de dizer não e de estabelecer o amor próprio, já pensou nisso?



21 dezembro 2021

[RESENHA por @chihiro_literary] As vidas dos Santos | @lbardugo | @planetaminotauro | Páginas: 136 | Ano: 2021



Leigh Bardugo é uma escritora israelita, naturalizada norte-americana, de livros de fantasia, jovem/adulto. Ela escreveu a trilogia: Grisha, best-seller do New York Times, o primeiro livro da série é: Shadow and Bone, e a duologia Six of Crows.

Lendo os livros da Bardugo e assistindo a série eu fiquei muito curiosa sobre a religiosidade do povo. Como sabemos, a população é muito ligada em santos, chegam a ser fervorosos com suas adorações. Durante a história, em vários momentos são citados alguns Santos e também um livro que contém a história de todos eles.

As vidas dos Santos é um livro que existe no universo Grisha e que é lido por todos desde que são crianças. Eles aprendem já na infância quem devem adorar.

Nesta obra são contadas a história de 28 Santos. Algumas histórias são de como eles se tornaram santos e outras são de pessoas que eles ajudaram. Fiquei surpreendida com algumas histórias por serem terríveis, cruéis demais. O que me fez lembrar de toda a maldade que existe nesse universo. Alguns dos Santos eram pessoas boas, comuns e outras, claramente, eram Grishas, e usavam o seu poder para ajudar os outros.

A obra tem uma linda diagramação, uma das mais bonitas que eu já vi e também conta com belíssimas ilustrações. As imagens nos dão uma bela noção de como eles são imaginados e santificados.

"Os santos me tornaram capaz."

Como fã do universo Grisha, me senti presenteada pela @planetadelivrosbrasil quando soube do lançamento. Fiquei muito feliz por ter essa obra e espero que outros livros citados no universo também sejam lançados. Quem sabe não poderemos ler o livro que fala sobre os amplificadores?

Vocês já conheciam a escritora e o Universo Grisha? Adorarei saber a opinião de vocês!



20 dezembro 2021

[RESENHA] Ás de Espadas | @faridahlikestea | @plataforma21_ | Páginas: 448 | Ano: 2021 | Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️➕



A obra “Ás de Espadas” nos conta a história dos jovens, Chiamaka e Devon, que são selecionados para ser chefes de turma, porém logo após a indicação, algumas mensagens são enviadas para todos os alunos da escola e segredos deles são revelados. As mensagens recebem a assinatura de “Ases” e quem será tal pessoa ou pessoas? Vocês precisam realizar a leitura!

Eu não conhecia a escritora Faridah Àbíké-Íyímídé e estou simplesmente apaixonada pela forma na qual ela desenvolveu a narrativa. Que texto rico, completo, intenso, forte, singular e necessário. Creio que todos deveriam conhecê-la, pois é uma mulher incrível!

Ter segredos íntimos revelados não é algo fácil para ninguém e quando isso acontece em um ambiente escolar, a amplitude da situação se torna perigoso, pois a “fofoca generalizada” pode causar bullying, suicídios, evasão escolar, mortes e outros constrangimentos.

Chiamaka e Devon passaram por tantos conflitos depois da exposição, que eu senti vontade de abraçá-los. Em quem confiar? Alguns personagens me deram tanto nojo e fiquei tentando absorver tamanha maldade. Todos os personagens foram bem construídos e são fundamentais para o fechamento de toda a trama. Mesmo aqueles que não deveriam existir no mundo!

O livro é muito representativo e possui uma crítica social ímpar. Os temas abordados com muita relevância são: homofobia, racismo, bullying, cyberbullying, eugenia social e preconceito.

É muito triste que em pleno século XXI ainda precisamos debater questões sociais, de gêneros e raciais. O pior é que existem pessoas exatamente como as citadas na narrativa, infelizmente.

“Não ligo para elas, digo a mim mesma. Mas, ainda assim, as vejo outra vez — as mensagens vindas de Ases. Encosto a cabeça contra a parede do cubículo do banheiro em que me encontro, absorvendo as palavras. Elas são pessoais. Muito pessoais. O tipo de rumor que pode seguir uma pessoa mesmo depois do Ensino Médio.”

Eu li ótimos livros em 2021 e “Ás de espadas” foi uma das minhas preferidas devido toda a crítica social e pelos personagens bem construídos.

A nota da escritora no final do livro é muito real, dolorida e reveladora. Acho que a obra poderia ser comprada por alguma plataforma de streaming, pois é imperdível!

O fechamento da história é de cair o queixo e se possível @vreditorabr eu preciso de uma continuação, urgente. A capa é belíssima, a diagramação perfeita e a história genial!

Faridah é uma escritora do sul de Londres, Inglaterra, que sempre sonhou escrever livros sobre crianças pretas que salvam o mundo. Atualmente, cursa Literatura Inglesa no norte da Escócia. Entre as aclamações, Ás de espadas foi elogiado por Nic Stone, autora best-seller de “Cartas para Martin” e Aiden Thomas, autor best-seller de “Os garotos do cemitério”.

Vocês já conheciam a obra? O que fazer quando “Ases” tentar ditar regras para a vida de vocês?