Título:
Mulheres Fatais
Autora:
Org. Rô Mierling
Páginas:
64
Ano:
2017
Editora:
Illuminare
Gênero:
Contos Policiais
Tags:
Policial; Suspense; Mistério; Assassinato; Investigação.
A introdução da obra foi realizada com
maestria pelo autor e pesquisador literário Tito Prates que nos mostra que as
Mulheres Fatais nos acompanham desde os primórdios da Criação. Elas estão
presentes na Bíblia, na história da humanidade, teatro, música, cinema,
desenhos animados, nos assassinatos e até pode estar ao seu lado, pois as
mulheres fatais exercem o poder nato e cada uma ao seu modo.
A obra é composta
por 12 contos distintos e com histórias incríveis, sendo eles: Jeito Fatal, Busca pela Vingança, Rasga-Mortalha, E os
Abutres Dizem Amém, Bela Como o Demônio, Roubos, Máscara, Calando a Sujeira, Blameless,
Brinco de Pérolas, Anônimas e Reforço. A leitura flui de uma forma prazerosa e
leva o leitor a imaginar cada cena como se estivesse vivendo cada uma.
Os contos
que mais gostei foram Rasga-Mortalha do escritor Bruno Sérvulo, Blameless da escritora
Regiane Silva e Brinco de Pérolas da escritora Rô Mierling. O conto
Rasga-Mortalha nos faz lembrar histórias de lendas urbanas com um misto de
crendice popular. Até que ponto uma pobre velhinha carpideira pode se tornar perigosa? Em Blameless a escritora
mostra que não deve ser subestimado o poder de uma mulher fatal. Nunca mais
olharei belas flores com os mesmos olhos! E em Brinco de Pérolas Rô Mierling
nos brinda com um texto bem construído e faz cair por terra que apenas longos
textos são bons. Em apenas 11 linhas a escritora conseguiu despertar no leitor sentimentos
diversos e, fechar o conto com chave de diamante!
"Regava as flores do jardim como uma adolescente em dia de festa. Mudou o penteado e as roupas. Causava inveja nas mulheres mais belas do bairro". (p.54)
Por fim, Mulheres Fatais possui uma linda capa, bem diagramada e que remete o poder feminino. Indico para todas as pessoas que gostam de romance policial, aventura, mistério e suspense. E a frase de Sócrates que diz "Deve-se temer mais o amor de uma mulher do que o ódio
de um homem" nunca fez tanto sentido como agora!