A obra “Quando as mulheres eram dragoas” foi uma das minhas melhores leituras de janeiro. Uma ficção com a narrativa realista que abala as estruturas dos leitores.
O encontro de fantasia com crítica social, temas densos abordados e o poder feminino formam uma história ímpar.
Em 1955, centenas de mulheres se transformam em dragoas e desencadeiam um evento histórico que muda a dinâmica social, econômica, política e cultural do mundo. Imaginaram a cena? O babado foi fortíssimo!
Na história conhecemos Alex. Ela é uma jovem que não só acompanha essa revolução, mas que também vive o impacto do evento. As questões como o controle dos corpos femininos, a opressão imposta pelo patriarcado e o zero poder de fala das mulheres, são questões reais pelo mundo.
“Todas alçaram voo. Nenhuma olhou para trás. E nada disso foi divulgado pelos noticiários. Era, mais uma vez, um assunto proibido. E o mundo continuou olhando para o chão.”
Metaforicamente falando, o ato das mulheres se transformarem em dragoas, é a luta pela liberdade, pelo poder de fala e a união entre elas. Um verdadeiro show de resiliência e empoderamento!
A escritora Kelly Barnhill é simplesmente maravilhosa, com uma escrita cheia de camadas, densa, mágica e que exala o feminismo na sua melhor essência. A fantasia e o real se entrelaçam como o encontro das almas gêmeas. Profundo, né?
O nosso último Clube do Livro de Brasília foi sobre a obra e adoramos a profundidade do nosso debate.
Por fim, o livro é potente, representativo, emocionante e que transmite poeticamente uma energia singular. Super indico!