27 março 2020

[Resenha] Simplesmente o Paraíso - Quarteto Smythe-Smith #1 | Julia Quinn | Editora Arqueiro

RESENHA POR CHIHIRO_LITERARY
Marcus Holroyd cresceu sem o amor dos pais, sua mãe falecera quando ele era pequeno e seu pai nunca pareceu se importar com ele. Apenas com 12 anos é que ele começou a sentir querido. Nesta idade foi estudar em Eton College, onde conheceu Daniel Smythe-Smith e desde então nunca mais se separaram. Com o passar do tempo Marcus passou a frequentar a casa de Daniel, e sentir que a família dele era como se fosse a sua.
Honoria Smythe-Smith é a mais nova dentre seis irmãos. Ela sempre se sentiu sozinha, pois nunca ninguém queria brincar com ela, nem mesmo seu irmão Daniel e o amigo dele, lhe davam atenção. Com o passar do tempo essa sensação foi diminuindo já que sua família era enorme e ela tinha inúmeros primos, e também pelo fato dela fazer parte do Quarteto de Musical Smythe-Smith, o que a deixou muito próxima de suas primas Iris e Sarah.
Diante de mais um ano de apresentação a jovem se sente aterrorizada com a ideia de passar mais uma temporada solteira. O que ela não sabe é que Marcus fez uma promessa a Daniel de cuidar dela na sua ausência e com isso ele está afugentando todos os seus pretendentes.
“Honoria o encarou com uma expressão da mais pura incredulidade, tão conhecida de Marcus que era quase cômica. Havia quantos anos ela revirava os olhos para ele? Catorze? Quinze? Não ocorrera a Marcus até aquele momento, mas Honoria era a única mulher conhecida que falava francamente com ele, inclusive com algumas saudáveis doses de sarcasmo."
A narrativa é contada em terceira pessoa, com capítulos de Honoria e Marcus. Esses dois personagens combinam muito, eu diria que nasceram um para o outro. Eles são maduros demais, sabem o que é a solidão e adoram um bom chocolate.
Nesta obra eu não me senti muito conectada com o casal principal, particularmente eu adorei as primas Iris e Sarah. Elas são divertidas e sarcásticas, o que me deu muita vontade de ler as histórias delas.
Essa é a segunda obra que leio da autora. Ela tem um estilo de desenvolvimento bem diferente. Já pude perceber que nos seus livros o "amor" só acontece realmente nas últimas páginas e eu ainda não sei o que pensar sobre isso.
Senti que a história no começo se tornou bem arrastada e até demorei para finalizá-la, pois somente quase no final é que eu comecei a me envolver.
O ponto alto dessa obra com certeza foi a apresentação do quarteto Smythe-Smith, é engraçado ver como elas são terríveis. Quero deixar uma menção honrosa ao Colin Bridgerton que apareceu no livro e me fez suspirar, preciso muito ler a história dele.
Na obra também há citações de outro Bridgerton, Gregory, que nesta história está na universidade. Eu gostei muito de saber que as séries se cruzam, os fãs da autora devem pirar com as referências.
"Eu estava pensando que esse momento é simplesmente o paraíso."
Para quem nunca leu um livro da autora indico que leia primeiro "O Duque e Eu - Os Bridgerton", até para se situar melhor nas referências, mas não existe problema nenhum se você se aventurar por essa série primeiro.
Julia Quinn é o pseudônimo usado pela autora norte-americana Julie Pottinger. Foi a autora mais jovem a ser incluída no Romance Writers of America’s Hall of Fame, a Galeria da Fama dos Escritores Românticos dos Estados Unidos, tendo os seus romances traduzidos para 29 línguas estrangeiras.













25 março 2020

[Resenha] Milionário Arrogante | Penelope Ward & Vi Keeland | Editora Charme



Bianca George tem grandes motivos para não gostar Dex Truitt, por isso quando ela consegue uma entrevista com o CEO ela já vai armada para fazer perguntas comprometedoras.

A caminho do escritório do milionário ela acaba presa dentro do elevador devido a uma pane no sistema. E esse incidente lhe causa uma grande crise de ansiedade.

Dexter está preparado para mais um dia de trabalho e fica preso com uma louca no elevador. Para acalmá-la ele a faz falar sobre si, e durante essa conversa a moça acaba dizendo que está indo entrevistar o milionário arrogante Dex Truitt.

Atraído pela linda jornalista e sem saber o que falar, ele acaba se apresentando como Jay para que ela o conheça sem preconceitos.

"É melhor o tapa da verdade do que o beijo da mentira."

Essa é aquela história gostosa que passaria fácil na sessão da tarde, mas claro se tirar todas as cenas quentes porque o horário não permite, rsrssrsrs. O livro é divertido, leve e bem hot. O casal tem muita química e então, desde o primeiro encontro a atração é inevitável.

“Sempre fora atraída por ele, mas saber que esses rosto e corpo pertenciam à pessoa que também habitou minha mente por tanto tempo era demais para suportar. Odiava o quanto ainda o queria.”

O livro é narrado em primeira pessoa com capítulos que intercalam o ponto de vista dos dois personagens. A história não fica centrada apenas nas mentiras de Dex, há também outros temas como traição, artes, amizade e amor aos animais.

"Sempre falo, olhe para como uma pessoa trata um animal para conhecer o coração dela. Se ela ama animais, já sabe como amar incondicionalmente… é provável que tenha uma boa alma e perdoe um cachorro velho como você por cometer um erro."

Para mim foi muito tocante como os personagens amam os cachorros. Eu só fiquei suspirando com os diálogos de Dex com o "Bandit". (Sim, diálogos) Afinal quem é que não fala como seu pet?!

“Milionário Arrogante” é muito divertido, tem um adorável romance e um surpreendente plot twist.

Penelope Ward e Vi Keeland são autoras best-sellers do The New York Times. As duas se tornaram muito conhecidas com os seus romances eróticos.






23 março 2020

[Resenha] Bodas de Sangue | Pierre Lemaitre | Editora Gutenberg


A obra “Bodas de sangue” anteriormente foi publicada pela Editora Vestígio com o título “Vestido de Noivo”. O livro nos conta a história de Sophie que acorda certa manhã e descobre que a criança que está sob seus cuidados está morta. Ela não se lembra de nada e seja qual for a verdade as evidências estão todas contra a moça. Sophie, desesperada resolve fugir, usa uma nova identidade, tem um novo casamento e constrói uma nova vida. Seria ela responsável pela morte da sogra, da criança e do marido com deficiência?

Foi o meu primeiro contato com a escrita de Pierre Lemaitre e tenho que concordar com o mestre Stephen King: “Um magnífico autor de suspense”! A escrita dele é envolvente, alucinante, arrebatadora e mexe com os nossos instintos mais profundos de sobrevivência. Lemaitre é um escritor e roteirista reconhecido internacionalmente por seus livros de suspense. Foi premiado várias vezes, inclusive com o Goncourt, o maior prêmio literário da França.

A narrativa é dividida em quatro partes sendo: Sophie; Frantz; Frantz e Sophie e Sophie e Frantz. A primeira parte é um pouco confusa e arrastada, porém depois se torna uma história perturbadora. O autor nos apresenta várias reviravoltas que causam um nó no cérebro do leitor e eu amo isso em uma narrativa.

“O resultado é excelente: as gravações são perfeitas, é como se eu estivesse lá dentro com eles. Alias, estou...Sinto um prazer enorme ao ouvir a voz dos dois.”

Essa obra mostra o poder da manipulação, o limite entre a insanidade e a realidade e um jogo de vingança surpreendente. Nitidamente podemos ver a maldade humana e onde se é capaz de chegar para atingir os objetivos.   

“Sophie começou a chorar. Frantz a abraçou. Ela se enroscou nos seus braços. Estavam em abril. O que ela queria? Pôr um ponto final, talvez. Voltou, no entanto. Será que se lembra do que fez durante essas quatro horas? O que se pode fazer em quatro horas...?”

 Por fim, a capa é linda de ser visualizada despretensiosamente, porém ao olharmos detalhadamente podemos ver em suas pétalas rostos em várias posições e de pessoas gritando. Adorei a sacada! Esse é um thriller psicológico diabólico com um final surpreendente e revelador. Já quero ler a próxima obra do autor que será “Recursos Desumanos”!






[Resenha] Sob o Véu do Tempo (The Graham Saga #1) | Anna Belfrage| Cherish Books BR

RESENHA POR UINAYARA EMANUELY

O livro começa com Alexandra Lind se dirigindo para uma reunião... uma tempestade, seu carro para de repente, muitos raios e logo depois ela se vê em 1658... uma mulher de 2002 no século XV. Para sua sorte ela encontra Matthew, um fugitivo, que a ajudará sobreviver neste novo cenário.

“É 1658 – disse ele, cuspindo para o lado -. Três anos desde que fui jogado na prisão devido à traição de meu irmão e esposa, três anos passados acorrentado.”
Enquanto Alex está presa no passado, tentando descobrir como voltar, seu pai Magnus e John descobrem diários secretos de Mercedes, a mãe dela, mais segredos e mistérios aparecem na trama.

“Talvez essas coisas de buracos de minhoca existissem, pontos aleatórios no universo conectando tempo e lugares distantes.”

É até difícil explicar a premissa dessa história, pois logo no início a autora nos dá muitos elementos, de todos os personagens que são introduzidos ao leitor. Mas a leitura é muito fluida, com muita aventura e ação, e ela consegue, ao longo de cada capitulo conectar todos os acontecimentos.

"Porque eu sou seu marido - explicou Matthew com paciência exagerada. - E você é apenas uma esposa irracional. - Se não fosse pela luz em seus olhos indicando que ele estava, pelo menos até certo ponto, provocando-a, ela o teria chutado." 
Ainda ficaram muitos mistérios a serem esclarecidos, principalmente sobre a mãe de Alex, mas, esse é só o primeiro livro da série The Graham, então espero que muita coisa ainda seja esclarecida. Adorei a escrita da autora e a forma como decidiu contar a história.

O livro é um pouco grandinho, 438 páginas, mas as aventuras de Alex e Matthew, o envolvimento que põe Alex em dúvida se quer realmente voltar para seu tempo, os mistérios dos nós do tempo e da vida de cada um, irão te envolver e encantar o leitor até o final.







[Resenha] Ousadas 2: Mulheres que só fazem o que querem | Pénélope Bagieu| Editora Nemo



Oiê leitores, tudo bem com vocês?

Já imaginaram o que uma mulher é capaz de fazer quando passa por algumas situações de opressão? Simplesmente, é isto que a História em Quadrinhos, Ousadas Vol. 2 – Mulheres que só fazem o que querem, traz aos leitores.

Contando um pouco da história de 15 mulheres que revolucionaram suas épocas simplesmente por não aceitaram o que a sociedade estava impondo, especialmente a elas, mulheres, todas acabaram, com certa ousadia e coragem, a irem atrás de seus objetivos e não ficarem caladas em relação à opressão que sentiam.

O melhor é que todas possuem uma coisa em comum, pois para chegarem aonde chegaram, precisaram passar por várias dificuldades, principalmente por serem mulheres. Sabemos que a sociedade do século XXI ainda é machista, imagine como era nos anos de 1950, o machismo era mais intenso.

Uma jornalista investigativa; Rapper afegã; Benfeitora de senhoras parisienses; Líder de uma gangue e símbolo dos oprimidos na Índia; Interprete dos animais; Rapper afegã; Atleta de maratona; Utopista realista; Cantora e compositora negra; Jornalista investigativa; Rainha dos bandidos, líder de uma gangue e símbolo dos oprimidos na Índia; Rock stars; Vulcanóloga; Advogada; Atriz e inventora; Ativista de família tradicional; Miniaturista do crime; Astronauta e Amante da Arte moderna, esses são os títulos das histórias que o leitor pode encontrar em Ousadas 2.

Sendo bem sincero, super me emocionei com todas as histórias e elas deixam ótimas reflexões para os leitores. A escrita é simples e mesmo assim a história que cada capítulo aborda é simplesmente fantástica. A autora também merece muito, pois simplesmente arrasou em toda a construção da HQ.

A Editora Nemo conseguiu desenvolver uma diagramação e detalhes gráficos perfeitos, pois dá para ver o trabalho que a equipe teve. Não li o primeiro volume, mas desejo muito conseguir realizar a leitura dele, pois consegui me conectar com todas as histórias e quero conhecer mais biografias inspiradoras.

Super recomendo essa HQ para todos, sejam meninos ou meninas, pois precisamos falar sobre a luta feminina, conhecer personagens marcantes e como as mulheres são inspiradoras.








18 março 2020

Dicas da Illuminare!

A Editora Illuminare lançou algumas dicas e entre elas está: fiquem em casa, com essa questão do Coronavírus, precisamos nos proteger e a maneira que fazemos isso é permanecendo em casa.

Outra coisa é que a Iluminare não irá entrar em recesso, então se você tem material pronto, pode enviar para eles que estarão prestando serviços habituais, mas sempre com responsabilidade e proteção contra o Covid-19.

Recado da Editora: "A Illuminare não fechará nem entrará em recesso, todos os nossos funcionários estarão prestando os serviços habituais de casa, com a mesma qualidade e dedicação. Nossa gráfica tem funcionários devidamente protegidos e não aglomerados.








17 março 2020

Livetelling com a Lura Editorial

Oii pessoal, tudo bem com vocês?
Para quem não está sabendo, hoje (19/03/2020) às 20h terá uma Livetelling com a Lura Editorial e a Vivendo de Inventar, vocês não podem perder.


Vocês devem está se perguntando: e quem participará dessa Livetelling? E ninguém menos que o autor best-seller André Vianco, Daniel Moraes e Roger (diretor executivo da lura). Eles irão abordar alguns assuntos bem legais e vocês não podem perder.

Pnensou que a Editora Lura iria planejar só isso? Pois tem mais, os escritores Rômulo Baron e Juliana Marinha farão parte do talk show da edirora, e para assistir é só clicar aqui.

Fora todas essas notícias, tem também postagens no blog da Lura, para conferir é só ir aqui.

Essas foram as principais notícias da Editora Lura.






14 março 2020

Antologia Por Trás do Espelho - Editora Illuminare

Oiê pessoal, tudo bem com vocês?

O post de hoje é para mostrar mais uma antologia da Editora Illuminare, a Por Trás do Espelho, organizado pelas autoras Ceiça Carvalho e Marin Moura, além de possuir uma autora convidada, a Diany Cardoso.

ÚLTIMOS DIAS!!!
Somente até final de março.
Escreva seu conto de fadas numa visão moderna, distópica ou romântica.
"Por Trás do Espelho" antologia de Fantasia e romance da Editora Illuminare em parceria com o Arca Literária!
Escolha o seu conto de fadas preferido e venha compor esta antologia fantástica!
Alice atravessou o espelho desbravando uma nova realidade e, como ela, os contos de fadas clássicos recebem uma releitura inovadora nessa antologia.
As princesas são mulheres modernas, as carruagens viram carros esportivos, as batalhas de espada dão lugar à campeonatos de videogame e as cartas de amor se transformam em mensagens de aplicativo. Ainda assim, esses contos mantém o encanto e a magia capazes de envolver seus leitores em universos revolucionários, que se desenvolvem no mundo contemporâneo.
Olhe através do espelho.
Que versão incrível você vê?
Participe e concorra a uma publicação solo totalmente patrocinada pela Editora!!

Para mais informações, só entrar no link: http://www.arcaliteraria.com.br/por-tras-do-espelho/







12 março 2020

[Resenha] A Devolvida | Donatella DI Pietrantonio | Faro Editorial



O livro “A Devolvida” vendeu mais de 250 mil exemplares e é considerado um dos grandes romances da Itália. Ele nos conta a história de uma garota que aos 13 anos foi levada do lar abastado onde vivia para uma casa estranha e com os moradores dizendo que eram seus pais e irmãos. Na pequena cidade todas conheciam a sua história, pois ela foi a criança que os pais pobres “deram” a um parente que não podia ter filhos e muitos anos depois simplesmente a devolvem sem explicação alguma.

Eu não conhecia a autora e foi o meu primeiro contato com a escrita de Donatella, mas gostei da narrativa forte, dolorosa e que por algumas vezes deu vontade de colocar a garota em um potinho e dar muito amor.

“Minha vida anterior me distinguiu, me isolou na nova família. Quando voltei, falava outra língua e não sabia mais a quem pertencia”.

“A devolvida” sofre horrores em seu novo lar, pois as condições do ambiente são precárias devido a falta de higiene, brutalidade dos pais, alimentação regrada e por vezes restando as migalhas para a garota. Ela ganhou cinco irmãos, porém é a irmã mais nova que a protege e a ajuda na adaptação do novo lar e a lutar perante as adversidades da vida.

“Com o tempo, perdi também a ideia confusa de normalidade e, hoje, ignoro de fato qual lugar seja o de uma mãe. Isso me falta, do mesmo modo que pode faltar saúde, proteção, certezas. É um vazio persistente, que conheço, mas não supero. Olhar para o nosso interior dá vertigem. É uma paisagem desoladora que à noite tira o sono e fabrica pesadelos no pouco que deixa. A mãe que nunca pedi é a mãe dos meus medos.”

Pietrantonio construiu um romance dramático denso e que nos leva a pensar o tamanho da dor que “a devolvida” sentiu ao descobrir que estava sendo abandonada pela segunda vez. O que leva uma mãe abandonar um filho? E o que levou a adotiva cometer o mesmo ato? Pobreza, doença, falta de estudo? É possível justificar o que parece injustificável?

Por fim, “a devolvida” teve que reconstruir seus pensamentos, amadurecer perante a dor, encontrar forças para prosseguir, lidar com o bullying, superar a rejeição e é por isso que a obra é riquíssima. Eu creio que terá um segundo volume que mostrará como a personagem seguiu a vida adulta e como ficou a sua irmã mais nova Adriana que é uma personagem apaixonante, inteligente e dona de um humor ácido bem peculiar. Super indico a obra e conheça quem de fato é “a devolvida” e os seus pensamentos mais profundos!






11 março 2020

[Resenha] Invisível | Tarryn Fisher | Faro Editorial



A obra “Invisível” conta a história de Margô que mora em uma casa caindo aos pedaços, num bairro abandonado, com sua mãe que a ignora há dois anos. Ela tinha uma vida miserável, se sentia invisível até que fez amizade com o seu vizinho cadeirante, Judah. Uma criança desaparece em seu bairro e ela resolve investigar o caso com a ajuda de seu amigo. O que ela descobre muda toda a sua vida, desperta seu senso de justiça e a deixa num caminho sem volta. Como ela conseguiu se tornar ainda mais invisível?

Tarryn Fisher é autora do best-seller “Fuck Love” e escreve obras profundas, reflexivas e que deixam os leitores tentando encontrar todas as razões possíveis e imaginárias.

Caro leitor, se começarmos a obra observando a capa já é possível notar o quão sombria ela é e podemos esperar uma narrativa densa e envolta de muitos mistérios.

A personagem Margô sofreu bastante, sua mãe era prostituta e atendia os clientes em casa. A moça não podia sair do seu quarto, porém ouvia tudo de lá mesmo. O bairro era violento, mal podia se alimentar, vivia isolada até que criou vínculo de amizade com o seu vizinho cadeirante. A vida de Margô dá uma grande reviravolta quando uma criança do seu bairro some e ela conhece as raízes do mal, o ódio, a injustiça, violência, abuso infantil, abandono, maus tratos e algo muda dentro dela profundamente.

“Você tem que entender algo sobre Bone - diz Judah. Todas as coisas ruins que acontecem aqui lembram as pessoas do que elas estão tentando esquecer. Quando se é rico e vê coisas como essa na TV, você abraça seus filhos e se sente grato por não ser você. Quando se é de Bone, você abraça seus filhos e reza para não ser o próximo."

Confesso, que “Invisível” me deixou sem saber se defendo ou não as atitudes da personagem. Será que eu faria o mesmo? Tarryn escreveu de uma forma tão intensa que eu não consegui saber se a personagem era louca, o amigo cadeirante, a mãe dela, a própria autora ou eu...

Sério mesmo! Só vocês lendo para tirarem as próprias conclusões do que seja certo/errado, verdade/mentira, loucura/sanidade, pois sem dúvidas para sair das sombras, basta encontrar uma razão!

Outra coisa, a obra nos faz refletir sobre várias situações econômicas, sociais, psicológicas, amorosas, sentimentais e internas. O arremate da obra com as notas da autora são essenciais para entender um pouco a “invisibilidade” de Margô. Eu espero que tenha uma continuação em breve e que muitas das minhas perguntas que ficaram sem respostas sejam esclarecidas. Alucinante!








[Resenha] Os últimos jovens da terra: a marcha dos zumbis | Max Brallier | Faro Editorial |Selo Milk Shakespeare



O segundo volume da série “Os últimos jovens da terra” nos mostra que os zumbis que surgiram com o Apocalipse dos Monstros estão desaparecendo. E Jack Sullivan e seus amigos desconfiam que a causa disso possa ser ainda pior para eles. Embarque em uma aventura engraçada e alucinante!

Max Brallier escreveu de uma forma tão harmônica e interessante que o livro tem sido chamado da mistura perfeita entre Diário de um banana e The walking dead.

A obra continua muito engraçada, com o acréscimo de novos personagens, como o Thrull (homem-monstro), invenções hilárias e aventuras eletrizantes. Quint tem a ideia interessante de criar um bestiário, que cataloga todos os tipos de monstros.

“O murmúrio de vozes de monstros vai morrendo. Eles viram suas cadeiras. Alguns giram seus pescoços impossivelmente compridos. Posso sentir os olhos deles, alguns com milhares de pequenos globos oculares, como moscas, nos observando.”

As ilustrações de Douglas Holgate estão ainda mais divertidas e com explicações sensacionais. Por esse fato eu disse na resenha anterior que apesar de ser um livro para crianças e adolescentes, agradará todos os públicos.

“Deve haver uns duzentos zumbis se movendo pela floresta. Pela maneira como se movem, com obstinação militar, dava para pensar que alguém estaria distribuindo jantares de carne grátis.”

Jack Sullivan e seus amigos não sabem o que está causando a marcha dos zumbis que parecem estar sendo atraídos por uma espécie de grito, porém a aventura para desvendar esse mistério é cheia de surpresas e reviravoltas. Será que eles podem confiar na ajuda dos monstros?

“Agora, tenho um bom conhecimento de como é estar dentro de uma máquina de lavar louça explodindo: molhado, sujo, um pouco divertido, mas um grande alívio quando acaba.”

Se você quer se divertir e embarcar em uma aventura gostosa e interessante, leia. Super indicado para todos os públicos!







09 março 2020

[Resenha] O Duque e Eu (Os Bridgertons # 1) | Julia Quinn | Editora Arqueiro



O Duque de Hastings, Simon Basset não desejava se casar, pois o fato de ter as mães com as filhas correndo atrás dele já lhe causava arrepios. Esse desejo não é  por medo do altar, mas sim pelo seu passado e pelo seu problema na fala.
Daphne é a quarta filha, dos oito filhos da Lady Violet Bridgerton, com 22 anos é a filha mais velha com idade para se casar. Na sua segunda temporada a moça sente dificuldades para conseguir um bom marido, já que todos os interessantes só  a veem como amiga.

Quando Simon e Daphne se conhecem, eis que ele vê nela a oportunidade perfeita para fugir de um possível casamento. Então, lhe propõe que finja que está sendo cortejada e assim se tornaria indisponível na sociedade. Já em contrapartida ela começaria a ser vista, já que estaria sendo cortejada por um Duque. O plano daria certo se os dois não fossem perfeitos um para o outro, e essa farsa não se tornasse verdadeira.

"Simon olhou para ela com intensidade. Um sinal de alerta soou em sua mente. Ele a queria. Queria com tanto desespero que estava completamente tenso, mas jamais poderia sequer chegar a tocá-la. Porque fazer isso seria destruir todos os sonhos dela, e, libertino ou não, ele não sabia ao certo se conseguiria se olhar no espelho de novo se fizesse isso."

Eu estou acostumada com romances de época mais puxados para o humor e ler essa obra mais sóbria me surpreendeu. Gostei muito que o romance foi aflorado de acordo com o desenvolver da história, como é uma obra clichê eu achava que eles logo se apaixonariam, mas não foi isso que aconteceu.

O casal se encaixou perfeitamente mesmo com suas diferenças e com o passado triste do Simon, no fim um era o que o outro precisava. Mesmo torcendo muito pelo casal, eles não  foram os meus personagens favoritos. É muito difícil que isso aconteça comigo, mas eu realmente preferi os personagens secundários. Os irmãos de Daphne, Colin e Hyacinth me chamaram muito atenção, fiquei ansiando por mais aparições deles nesse livro. Já estou louca para ler as histórias românticas deles.

"É curioso que a senhora me ache jovem demais para conhecer os amigos de Anthony e ao mesmo tempo tão velha que morre de medo de que eu jamais consiga um bom casamento."

No geral, eu gostei muito dessa obra, pois ela excedeu  as minhas expectativas. Eu espero que gostem desse romance e em breve teremos mais resenhas da diva Julia Quinn!








07 março 2020

Iluminatti: Sociedade Secreta - Editora Illuminare

Oii pessoas, como estão?
E não é que a Editora Illuminare está com mais um edital para Antologia aberto? Abaixo você tem mais informações sobre a proposta da Antologia Illuminatti - Sociedade Secreta organizada por Ceiça de Carvalho e Geana Krause acesso ao edital.

Mais informações:

O que você sabe sobre os Illuminati?
Conte-nos!
Os Illuminati são uma sociedade secreta criada em 1776. Mas ainda hoje deixa rastro de mistério e indagações. Quem eram? Qual a função dessa sociedade? Qual o impacto dela no mundo antigo e até moderno? Existiam mesmo grandes personalidades históricas que participavam dessa sociedade. Uma sociedade cheia de segredos e influência, que, segundo a história tem como foco dominar o mundo através da fundação de uma Nova Ordem Mundial. Essa antologia lhe convida a conhecer mais dessa sociedade secreta que abalou as estruturas sociais, politicas e até religiosas no mundo através de décadas. Pesquisa, conheça mais e escreva seu conto. Una-se a esse livro que vai mostrar mais dessa sociedade secreta e misteriosa. Na composição dos contos aceita-se o gênero distopia e suspense. Não esqueça de pesquisar sobre o assunto, para acrescentar ainda mais valor histórico a esse novo livro.
Editora Illuminare www.editorailluminare.com.br

Três Décadas e Meia- Editora Delirium

Oiii pessoas!

A Editora Delirium está com alguma novidades, sendo assim deixarei algumas delas abaixo para vocês. Curiosos? haha

Três décadas e meia – um livro confessional
Como a própria sinopse do nosso próximo lançamento revela, não se trata de uma obra de
ficção. Daniela de Carvalho abre seu coração para relatar muito do que já sofreu – e continua
sofrendo – enquanto mulher trans e negra.
Vários de seus textos exigem que o leitor pare por um instante para se recuperar; são fortes,
honestos e dolorosos e, por isso mesmo, incomodam.
São suas perspectivas, suas experiências, suas dores; experiências pessoais dela e de tantas
outras mulheres trans. Elas existem e têm voz, mas raramente permitimos que falem.
Vamos parar para escutá-la dessa vez?


Daniela de Carvalho, autora do livro Três décadas e meia, é engenheira, professora e
apaixonada por cultura
Seus textos, apesar de duros, trazem referências a diversas obras. Algumas facilmente
identificáveis; outras que somente serão visíveis a olhares mais atentos.
Alguns exemplos:
- Discurso Sobre o Método (René Descartes) - o poema “Quem é Você” nasceu da ideia do
“Penso, Logo, existo”.
- Conceitos de Física como metáforas de sentimentos/sensações: diversos textos trazem
conceitos de física, tais como a terceira lei de newton, a lei da inércia, conceito de ótica, entre
outros.
- O Maravihoso Mágico de Oz e Alice no País das Maravilhas com – presente no texto “Alice no
país da hipocrisia”.
- Alice Através do Espelho – presente no poema “Vida Sem Tempo de Vida”.
- Divina Comédia - no texto “Além do que os olhos querem ver”.
- Destino Insólito e Ópera Turandot - no poema “Diário de um grão de areia”.
- O Show de Truman - no texto “Carne Profana”.
- Ensaio Sobre a Cegueira - no poema “DomiNós”.
- Brincos Enormes e A Cela – em “Morte Certa”.

E aí? Conhecem todas essas obras?
pop/nerd.

Será que é importante promover visibilidade e discussão a respeito da realidade de pessoas
trans?

“Levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revela que o índice
de pessoas mortas por transfobia (aversão ou discriminação contra transexuais, transgêneros
ou travestis) no Brasil é alarmante: o número de assassinatos chegou a 132 de outubro de
2018 a setembro de 2019 (de acordo com a Transgender Europe) e 163 em todo o ano de
2018.
Os dados colocam o país no topo do ranking dos que mais registram esse tipo de crime no
mundo. Os dados foram lançados na Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ),
em seminário que acontece nesta quinta-feira (28/11/2019).”
Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/direitos-humanos-br/brasil-tem-o-maior-indice-
de-pessoas-mortas-por-transfobia“Levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revela que o índice
de pessoas mortas por transfobia (aversão ou discriminação contra transexuais, transgêneros
ou travestis) no Brasil é alarmante: o número de assassinatos chegou a 132 de outubro de
2018 a setembro de 2019 (de acordo com a Transgender Europe) e 163 em todo o ano de
2018.
Os dados colocam o país no topo do ranking dos que mais registram esse tipo de crime no
mundo. Os dados foram lançados na Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ),
em seminário que acontece nesta quinta-feira (28/11/2019).”
Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/direitos-humanos-br/brasil-tem-o-maior-indice-
de-pessoas-mortas-por-transfobia

Dani, nossa autora, é mestre em jogos de palavras. Vocês vão encontrar neologismos,
trocadilhos e diversas construções, que provam o quanto se sente à vontade com a escrita.

A ironia é sua parceira ao longo de toda a obra. Ao tratar do texto e também da realidade.

São suas construções que trazem beleza a temas tão dolorosos.

Vocês gostam de jogos de palavras? Conhecem livros assim?

O livro Três décadas e meia passa por nove grupos de assuntos de maneira geral.
- O reconhecer-se e assumir-se como mulher trans;
- Questões relacionadas ao corpo e disforia;
- Sobre prostituição;
- Sobre o comportamento da sociedade frente às questões relativas às mulheres trans;
- Sobre preconceito e violência;
- Sobre desconstrução;
- Sobre negação do afeto;
- Sobre morte
- Sobre a expectativa de vida de pessoas trans no Brasil.
Todos os temas são de extrema relevância, e a Inspirium se alegra muito pelo privilégio de
publicar um livro tão honesto a respeito.
E você? Já leu a respeito?

Quantas mulheres trans você conhece ocupando espaços públicos? Quantas mulheres trans você conhece com suas vozes sendo ouvidas? Quantas pessoas trans você já parou para escutar?







02 março 2020

[Resenha] Ela Nunca Será Minha | Whitney G. | Universo dos Livros

RESENHA POR CHIHIRO_LITERARY

Andrew não consegue entender porque não tira Aubrey da cabeça, pois ela acabou se tornando um vício para ele. Além de tentar entender o que está acontecendo com essa nova relação ele tenta lidar com o passado que o atormenta.

Andrew e Aubrey formam aquele casal que a gente torce desde o começo. Os dois têm uma história triste, estão magoados, mas tentam seguir em frente. Neste segundo volume vemos bem isso, Aubrey lutando pelo seu sonho de ser bailarina e tentando se impor com os pais. Já Andrew tentando lidar com os seus sentimentos e dor do seu passado. Ainda, não é revelado ao leitor o que realmente aconteceu com ele, mas pelo último capítulo percebemos que deve ter sido algo traumatizante.

Os capítulos são divididos pelo ponto de vista dos dois, mas o primeiro e o último são com o Andrew no passado. Ver como cada um pensa, foi essencial, tudo se encaixou perfeitamente na leitura. Acho que só faltou um pouco mais de desenvolvimento e mostrar a aproximação dos personagens com uma riqueza de detalhes maior. Creio que a autora poderia ter escrito mais sobre o convívio dos dois na empresa, já que eles trabalham juntos.

 "Eu não sabia o que diabos estava acontecendo, mas ela, definitivamente, conseguira me pegar. Fora lentamente se infiltrando em cada pensamento meu e, não importava o que eu fizesse para tentar recuperar meus sentidos..."

Senti que esse livro não foi tão hot como o primeiro e acredito que a autora estivesse preparando o "terreno" para as revelações do drama do passado dos personagens. Então, já preparei o meu lenço para o terceiro, e último livro.

A norte-americana Whitney G. Se tornou best-seller em Nova York com a obra "Uma Noite e Nada Mais". Ela também é fundadora do blogue The Indie Tea, onde procura inspirar jovens autores independentes de literatura romântica.








[Resenha] Não Pare! (Trilogia Não Pare #1) | FML PEPPER | Editora Valentina

Resenha por Chihiro_Literary


Nina é uma jovem que nunca teve uma vida muito normal. Isso porque sua mãe nunca decidia ficar numa mesma cidade mais que 2 meses. Sendo assim, Nina não tinha nem tempo de fazer amizades, às vezes não tinha nem tempo de gravar o nome das novas pessoas que conhecia. Com o passar do tempo, ela já nem fazia questão de tentar conhecer alguém, sabendo que logo teria que se mudar e fazer tudo de novo.

O motivo de Stela, mãe da Nina, fazer isso? Bom, até o momento é desconhecido, mas, por algum motivo, ela resolve que vai ficar em Nova York. Sem mais viagens! Nina finalmente poderia ter uma vida normal, certo? Errado! Logo descobriremos que as frequentes mudanças não são os únicos eventos anormais em sua vida.

 Nascida no Rio de Janeiro e formada em Odontologia, FML Pepper vem para nos mostrar que duas áreas completamente diferentes podem sim se encaixar, mostrando que a escrita pode estar presente em qualquer lugar, desde que você não desista e nunca deixe de sonhar. “Não pare!” é o seu primeiro livro lançado e o primeiro livro de sua trilogia. O livro foi inicialmente lançado em formato digital pela Amazon e logo depois foi publicado em versão física pela editora Valentina.

"Apesar de rude, ele era lindo. Como a morte pode ser tão bela?"

 A escrita do livro consegue manter o leitor bastante envolvido com a história. Não é o tipo de livro que te dá todas as respostas logo de início, o que faz com que você queira cada vez mais.

"Enganada e abandonada pela única pessoa em que a minha alma havia apostado todas as suas fichas. E o que me restara? Nada. Morrer era o que eu mais desejava naquele momento. Um fim para o meu martírio, um ponto final rápido e indolor."

O livro traz uma enorme variedade de personagens que a Nina vai conhecendo ao decorrer da obra, onde cada um tem sua importância para o desenrolar da história. Ela finalmente faz uma amiga, que é o tipo de pessoa que você pode contar para tudo. Conhece um garoto que parece ser seu salvador e outro que é um bad boy que parece ser seu pior pesadelo. É interessante ver como os personagens vão evoluindo ao decorrer do livro e como as aparências podem enganar.

Esse livro caiu para mim meio que de paraquedas e eu me senti do mesmo jeito que a Nina: sem saber o que diabos estava acontecendo. É interessante ler um livro que você não sabe exatamente sobre o que se trata, parece que você se envolve mais e tudo é uma surpresa. Nesse caso, acabou sendo uma surpresa ótima. Apesar de não ser um dos meus gêneros preferidos, eu acabei gostando muito. O livro acabou me lembrando um pouco de Crepúsculo, então para os fãs do mesmo, eu recomendo muito!