RESENHA POR CHIHIRO_LITERARY
Marcus
Holroyd cresceu sem o amor dos pais, sua mãe falecera quando ele era pequeno e
seu pai nunca pareceu se importar com ele. Apenas com 12 anos é que ele começou
a sentir querido. Nesta idade foi estudar em Eton College, onde conheceu
Daniel Smythe-Smith e desde então nunca mais se separaram. Com o passar do
tempo Marcus passou a frequentar a casa de Daniel, e sentir que a família dele
era como se fosse a sua.
Honoria
Smythe-Smith é a mais nova dentre seis irmãos. Ela sempre se sentiu sozinha,
pois nunca ninguém queria brincar com ela, nem mesmo seu irmão Daniel e o amigo
dele, lhe davam atenção. Com o passar do tempo essa sensação foi diminuindo já
que sua família era enorme e ela tinha inúmeros primos, e também pelo fato dela
fazer parte do Quarteto de Musical Smythe-Smith, o que a deixou muito próxima
de suas primas Iris e Sarah.
Diante
de mais um ano de apresentação a jovem se sente aterrorizada com a ideia de
passar mais uma temporada solteira. O que ela não sabe é que Marcus fez uma promessa
a Daniel de cuidar dela na sua ausência e com isso ele está afugentando todos
os seus pretendentes.
“Honoria
o encarou com uma expressão da mais pura incredulidade, tão conhecida de Marcus
que era quase cômica. Havia quantos anos ela revirava os olhos para ele?
Catorze? Quinze? Não ocorrera a Marcus até aquele momento, mas Honoria era a
única mulher conhecida que falava francamente com ele, inclusive com algumas
saudáveis doses de sarcasmo."
A
narrativa é contada em terceira pessoa, com capítulos de Honoria e Marcus.
Esses dois personagens combinam muito, eu diria que nasceram um para o outro.
Eles são maduros demais, sabem o que é a solidão e adoram um bom chocolate.
Nesta
obra eu não me senti muito conectada com o casal principal, particularmente eu
adorei as primas Iris e Sarah. Elas são divertidas e sarcásticas, o que me deu
muita vontade de ler as histórias delas.
Essa
é a segunda obra que leio da autora. Ela tem um estilo de desenvolvimento bem
diferente. Já pude perceber que nos seus livros o "amor" só acontece
realmente nas últimas páginas e eu ainda não sei o que pensar sobre isso.
Senti
que a história no começo se tornou bem arrastada e até demorei para finalizá-la,
pois somente quase no final é que eu comecei a me envolver.
O
ponto alto dessa obra com certeza foi a apresentação do quarteto Smythe-Smith,
é engraçado ver como elas são terríveis. Quero deixar uma menção honrosa ao
Colin Bridgerton que apareceu no livro e me fez suspirar, preciso muito ler a
história dele.
Na
obra também há citações de outro Bridgerton, Gregory, que nesta história está
na universidade. Eu gostei muito de saber que as séries se cruzam, os fãs da
autora devem pirar com as referências.
"Eu
estava pensando que esse momento é simplesmente o paraíso."
Para
quem nunca leu um livro da autora indico que leia primeiro "O Duque e Eu -
Os Bridgerton", até para se situar melhor nas referências, mas não existe problema
nenhum se você se aventurar por essa série primeiro.
Julia
Quinn é o pseudônimo usado pela autora norte-americana Julie Pottinger. Foi a
autora mais jovem a ser incluída no Romance Writers of America’s Hall of Fame,
a Galeria da Fama dos Escritores Românticos dos Estados Unidos, tendo os seus
romances traduzidos para 29 línguas estrangeiras.