31 agosto 2020

[Resenha] A Isca: Uma história real | João Pedro Portinari Leão | Editora Edite


 A obra “A Isca: Uma história real” é uma autobiografia de João Pedro Portinari Leão. João sai em um domingo de abril em Búzios para velejar, litoral do estado Rio de Janeiro. Aquela véspera de feriado de Tiradentes não contava apenas com o sol e muito vento, mas aconteceria algo que marcaria a vida de João para sempre. Você imagina sobreviver ao ataque de um tubarão-branco de quase quatro metros de comprimento? Pois, João não só sobreviveu como escreveu essa obra maravilhosa. Leia!

João Pedro vem de uma família de pescadores. É formado em Marketing e antes de ter recebido o diploma, embarcou para o arquipélago de Tuamotu, no coração da Polinésia Francesa, onde construiu uma fazenda de pérolas e passou os 12 anos seguintes. Voltou ao Brasil, aventurou-se no mundo empresarial e desejando viver do mar novamente. João é sobrinho neto do pintor Cândido Portinari.

O escritor tem uma excelente ligação com o mar e nos conta a relação com ele desde a sua infância. O livro é bem descritivo, a ambientação perfeita, as fotos maravilhosas e a narrativa bem interessante. João e seu equipamento de Windsurf sempre presente por toda a obra. Os capítulos são divididos em: Meu pedaço de mar; Carma; Pressentimento, Obsessão buziana; Um dia como outro qualquer; Fé; Velejadores de praia; Linhas imaginárias; Milhagem e coragem no mar: um risco; Jibe; Amor forçado; A maior lição de um marinheiro; Brincando de isca; O destino bate à minha porta; Tubarão! Morri...; Tradição familiar; O maior desafio da minha vida; Bilhete premiado; Terra firme!; Uma nova identidade; Carcharodon carcharias; Retorno à vida; Mar à vista!; DNA; Volta ao mar; Leão do mar; Oceano vivo: a casa dos tubarões e Os verdadeiros donos do mar.

No dia do acidente sentiu uma batida, um puxão violento que, rasgando sua perna, o levou para debaixo d'água, porém o tubarão-branco o soltou e ele se viu imerso em uma poça de sangue, seu próprio sangue, em mar aberto, há quilômetros da praia. João teve uma inteligência emocional de tirar o chapéu, pois calmamente, a prioridade do momento era salvar a sua vida e buscar ajuda o mais rápido possível e ele conseguiu velejar com o peso do corpo apoiado contra a vela e chegou a terra firme.

“Ser corajoso não significa não ter medo. Quem não tem medo é inconsequente ou ignorante. Corajoso é quem tem medo, mas consegue enfrentá-lo e superá-lo. Também é corajoso aquele que, em certas circunstâncias, admite o medo de cabeça erguida.”

Por fim, super indico a obra pela força da narrativa. João Pedro nos ensina a ter determinação, coragem, autocontrole, inteligência emocional e muita vontade de viver. Não sei se eu teria todo esse controle emocional ao ser abocanhada por um tubarão-branco e você como lutaria por sua vida? 







30 agosto 2020

[Resenha] Pequenos incêndios por toda parte | Celeste NG | Intrínseca


 

A obra “Pequenos incêndios por toda parte” aborda o encontro de duas famílias totalmente diferentes, que se encontram na planejada e bem organizada, Shaker Heights.  Tudo é planejado: da localização das escolas à cor usada na pintura das casas. De um lado temos a extremamente organizada Elena Richardson e do outro lado, Mia Warren, uma artista solteira e enigmática, chega com a filha adolescente e aluga uma casa que pertence aos Richardson. Em pouco tempo, as relações entre as vizinhas e familiares se tornam confusas e as regras da organizada Shaker ficam totalmente abaladas.

Eu adorei a escrita de Celeste NG e foi muito merecido ter sido eleito nos Estados Unidos um dos melhores livros de 2017, pois o peso dos segredos guardados, as mentiras contadas, relações familiares, culpa e a busca pela perfeição rende um ótimo enredo.

“Ela largou o pincel na bandeja e saiu depressa da sala, sem olhar de novo para a filha, deixando Pearl ali, contemplando a bicicleta inacabada, a pergunta que fizera, a poça de tinta que aos poucos formava uma pele sobre as cerdas do pincel.”

O livro deu origem à série do Hulu, produzida e estrelada por Reese Witherspoon e Kerry Washington. Confesso que gostei de ambos. Na série algumas coisas são diferentes do livro e senti mudanças até no comportamento dos personagens, por exemplo, a Mia do livro parece menos artificial.

“Mas o problema das regras, refletiu ele, era que subtendiam um jeito errado e um jeito certo de fazer as coisas, quando, na verdade, na maior parte do tempo havia apenas jeitos, sendo que nenhum deles era exatamente certo ou errado e nada podia indicar com certeza de que lado da linha você estava.”

Os temas abordados no livro são densos, como: maternidade, segredos, mentiras, adolescência, descobertas sexuais, aborto, racismo, conflitos familiares e diferença entre as classes sociais. Gostei da construção de todos os personagens, ambientação bem estruturada e algumas narrativas impactantes, porém necessárias.

Em determinadas situações basta riscar o fósforo para o fogo alastrar e quando você cria pequenos focos de incêndios por toda parte e a todo o momento? Qual o peso de vários segredos guardados? Leia a obra e descubra o poder latente do fogo interno inflamado e como é possível que as labaredas atinjam quem está ao seu lado!







[Resenha] O que aconteceu com Annie | C.J. Tudor | Intrínseca

 


Joe Thorne é assombrado pelo passado, especificamente pelo o que aconteceu com a sua irmã, Annie. Sempre que pensa nela sente um calafrio e uma sensação ruim.

Devido ao seu vício em jogos, ele é chantageado com bastante violência para pagar o que deve para um chefão, que nem sabe quem é.

Quando Joe recebe um e-mail anônimo dizendo que ele deve voltar para cidade natal, para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com sua irmã, ele não pensa duas vezes e volta para o passado.

"As pessoas dizem que o tempo é um ótimo remédio. Elas estão enganadas. O tempo é apenas uma grande borracha. Ele segue em frente sem nenhuma consideração, acabando com nossas lembranças, quebrando aqueles enormes rochedos de sofrimento até que não reste nada além de pequenos fragmentos pontiagudos, ainda dolorosos, mas pequenos o suficiente para serem suportados."

Joe é um homem solitário, com um passado terrível, pode se dizer que o passado acabou com ele. Tudo se tornou uma bola de neve depois de Annie, o que aconteceu com ela mudou a sua vida para sempre. Quando volta para sua cidade natal ele é confrontado pelos seus ex-amigos e é aí que notamos que todos escondem algo, e têm medo das possíveis revelações.

A narrativa desta obra é dividida entre o presente  e o passado. É apresentado  através de flashback, algo que parece ser a marca registrada da autora. Eu sinto que esse estilo de narrativa deixa o leitor mais instigado e curioso a continuar a leitura, para desvendar todos os segredos.

"Corações partidos não se reconstroem. O tempo apenas reúne seus pedaços e o reduz a pó."

Durante essa leitura tive uma sensação que algo ruim iria acontecer a cada página. Tanto que não me surpreendi quando descobri que não é apenas um suspense, mas também um terror. O que aconteceu com Annie é assustador e intrigante, realmente me surpreendeu porque eu não esperava toda a situação, porém acho que poderia ter sido mais desenvolvido. Já que a autora inseriu o sobrenatural na história e, ele poderia ter sido mais abordado.

Essa leitura, mesmo com o ponto negativo citado acima, veio para confirmar que C. J. Tudor se tornou uma das minhas autoras de suspense preferida. Suas histórias são sempre muito misteriosas, tanto que a cada revelação é um baque diferente. Eu realmente espero que todos leiam as obras dela, pois ela é uma brilhante autora.

C.J. Tudor é uma escritora inglesa natural de Salisbury, Inglaterra. Ela ficou famosa no Brasil com o seu primeiro livro "O Homem de Giz", publicado em 2018 pela editora Intrínseca.












24 agosto 2020

[Resenha] Quando a Bela Domou a Fera | Eloisa James | Editora Arqueiro


Após ter seu nome envolvido em um escândalo com o príncipe, Linnet é obrigada a se casar às pressas, com qualquer pretendente, para abafar os boatos. Supostamente grávida, ela segue para o País de Gales para conhecer o seu noivo, mas as coisas não acontecem da forma que ela imaginava.

Piers Yelverton, conde de Marchant, é conhecido por seu temperamento difícil, mal educado e ranzinza, que muitos alegam ser em decorrência ao seu problema na perna. Quando seu pai, que ele não vê há mais de 10 anos, o envia uma carta lhe informando que achou uma noiva, ele não leva a sério. Ainda mais por saber que sempre afugenta a todos com sua personalidade. Mas ao conhecer Linnet ele se vê enfeitiçado por sua beleza e inteligente.

Eu amo demais essa obra. Precisava começar essa resenha falando isso, pois esse livro é um dos meus romances de época preferido. Reli essa obra para fazer a resenha e terminei novamente encantada com essa leitura.

Eloisa James escreve de uma forma tão envolvente que me senti próxima a cada personagem. Esse é um dos poucos livros em que eu posso dizer que amei todos os personagens e que amaria ler mais 200 páginas dessa história.

Linnet e Piers são um dos melhores casais que eu já tive o prazer de conhecer. Eles combinam perfeitamente, além de ter uma sintonia sexual maravilhosa.

Essa obra não tem pudores, trata o sexo de uma forma clara e simples e, eu nunca vi o tema ser tratado assim em um romance de época.

Aqui, caro leitor, você encontrará um casal além do seu tempo, que se entrega sem pensar no que os outros vão falar, que brincam com o jogo da sedução. Eles se sentem livres, sem amarras e é maravilhoso ler cada diálogo deles.

Se você não leu esse livro, leia! É impossível não virar fã da autora após a leitura. Essa obra é inspirada no conto de fadas "A Bela e a Fera", que é o meu conto favorito, o que me fez também, olhar a história com carinho desde o início.
 
Eu pretendo ler todos os livros dessa série e agora em agosto já quero começar a leitura de "Um Beijo a Meia-noite", que é inspirado na Cinderela. Já estou ansiosíssima por essa leitura, expectativas altíssimas.

Eloisa James escreveu seu primeiro romance depois de se formar em Harvard, mas o manuscrito foi rejeitado por todas as editoras. Depois de obter mais alguns diplomas e arranjar emprego como professora especializada em Shakespeare, ela tentou novamente, dessa vez com mais sucesso. Mais de 20 best-sellers depois, ela dá cursos sobre Shakespeare na Fordham University, em Nova York, é mãe de dois filhos e, numa ironia particularmente deliciosa para uma autora de romances, é casada com um legítimo cavalheiro italiano.
 

13 agosto 2020

[Resenha] Talvez Você Deva Conversar Com Alguém | Lori Gottlieb | Editora Vestigio


Lori Gottlieb fica sem chão após seu namorado terminar o relacionamento alegando não querer viver ao lado de uma criança. A justificativa lhe parece tão ridícula que ela não consegue lidar com esse término. Após, semanas de sofrimento, ela aceita o conselho de sua amiga e procura a ajuda de um terapeuta.

"Uma das coisas que me surpreenderam como terapeuta era a frequência com que as pessoas queriam que lhes dissessem o que fazer, como se tivesse a resposta certa, ou como se existissem respostas certas ou erradas."

Na obra em questão, a autora Lori Gottlieb, se torna um personagem e nos conta toda a história da sua vida e a relação com a terapia.

A cada capítulo desta obra a autora nos conta uma passagem da sua vida, o vínculo com os pacientes e como eles buscam as respostas para os seus problemas. Cada paciente de Lori tem seu próprio drama pessoal, alguns mais sérios que outros, mas todos eles precisam muito de sua ajuda. E essa ajuda em muitos momentos se torna mútua, pois Lori aprende e entende a si mesma através deles.

"Um terapeuta deve ser um receptáculo para a esperança que uma pessoa deprimida ainda não pode conter, e eu não estava vendo muita esperança ali."

Tudo para nós leitores é uma análise e nos faz pensar em como levamos a vida. Todos precisamos de ajuda e muita vezes nem percebemos disso. É muito estranho pensar que um terapeuta também precisa de ajuda profissional, mas enquanto profissional da área sei da importância de conversar com alguém e Lori nos mostra que até mesmo ela tinha essa necessidade.

A leitura realmente é incrível e emocionante. Fiquei muito surpresa, pois não esperava gostar tanto. Essa é uma leitura de puro autoconhecimento, sobre a importância de saber ouvir e ser ouvido.

Me digam nos comentários se já leram esse livro e se pensam em fazer terapia. Confesso que me bateu uma imensa saudade de estar no consultório! O ato de poder ouvir e ajudar confortando é único!

Lori Gottlieb é uma escritora e psicoterapeuta americana, que escreve a coluna semanal de conselhos "Caro terapeuta" para o The Atlantic.

10 agosto 2020

[Resenha] Os últimos jovens da terra: o rei dos pesadelos | Max Brallier | Faro Editorial |Selo Milk Shakespeare

 

O terceiro volume da série “Os últimos jovens da terra” nos conta a história depois que o planeta foi invadido por monstros e zumbis. Jack se une aos seus três amigos para encarar o apocalipse e batalha é sensacional. Jack e os amigos têm certeza que são os únicos seres humanos que sobreviveram ao apocalipse dos monstros, mas leia e se surpreenda com o que irá acontecer. A série é um sucesso da Netflix e todos que assistem ficam ansiosos por mais episódios.

Neste livro Max Brallier está ainda melhor e a narrativa muito engraçada. As aventuras de Jack e seus amigos são hilárias. Morro de rir com as invenções, com os nomes dados as coisas e os jogos que eles criaram são espetaculares. Uma mente brilhante o autor tem.

“Não é como um gole grande em um refrigerante. Engulo em seco forte, como se estivesse engolindo uma bola de tênis.”

As ilustrações de Douglas Holgate são sensacionais e posso dizer que a cada novo volume se torna melhor. Leva o leitor a participar das aventuras, a imaginar cada situação e sorrir muito.

“E além de tudo...a visão foi boa. Tive uma visão do futuro (sei que isso parece loucura, mas o mundo está louco agora!), e esse futuro era muito bom. Estávamos a salvo! Meus amigos monstros estavam seguros! Portanto, não há nada a temer.”

Jack se vê em uma espécie de transe e começa receber do gigante “Rei Monstro Alado” que mostra para o jovem, coisas relacionadas ao futuro e ele teme pelos seus amigos. Então, Jack tenta fazer com que os seus amigos se divirtam de todas as formas possíveis, pois ele fica com medo de ficar sozinho no mundo.

O humor do escritor está presente em todas as situações e nas mais densas é possível sentir a leveza com que ele consegue expressar todos os sentimentos dos personagens.

“Preciso esclarecer algo: não sou treinado para ser aventureiro. Eu sempre sonhei em ser um, com certeza. Da mesma forma que você pode sonhar em ser um jogador de futebol, mesmo que você não seja qualificado de forma alguma para ser um jogador de futebol... E nesse mesmo sentido, eu não estou qualificado de jeito nenhum para lidar com ficar pendurado pelas garras de um monstro voador.”

Eu super indico a obra para todas as pessoas, pois o humor e a diversão serão encontrados em todas as páginas! Leiam!








09 agosto 2020

[Resenha] Jogo de Sedução | Nora RobertS | Harlequin Books

 
Serena MacGregor é inteligente, linda e não tem medo de deixar o conforto que sua família pode lhe oferecer para descobrir seu caminho e objetivos. Por isso, ela decidiu colocar todas as suas infinitas opções para trabalhar como croupier a bordo do Celebration.

"A próxima aventura está sempre logo ali esperando por você. Não saber o que era só tornava a busca mais intrigante."

Justin Blade venceu todas as probabilidades que a vida impusera a ele. E foi bem sucedido, pois agora possui seus hotéis e cassinos. Ele sabia exatamente o que queria ao se aproximar da mesa de BlackJack que Serena comandava.

"Eu já dei as cartas e as probabilidades são sempre a favor da casa."

Neste livro, apesar de poucas páginas, vemos a marca registrada da autora. Família, romance, cenas engraçadas e outras de tirar o fôlego! O primeiro romance da família MacGregor é um livro clássico da Nora e uma das principais obras responsáveis por alavancar a carreira da autora.

 
 
Os personagens principais têm personalidades fortes e marcantes. São decididos e isso garante aquele atrito que antecede a paixão e, que adoramos acompanhar. Ao nos apresentar a família de Serena, Nora já nos deixa com aquele gostinho de quero mais para conhecer os irmãos da família! A leitura é super fluída e rápida, daquelas que te envolvem do começo ao fim... Ótimas para curar uma ressaca literária.

"Apostadores acreditam no destino."

Eleanor Marie Robertson nasceu em 10 de outubro de 1950 em Silver Spring no estado de Maryland nos EUA. Uma escritora insaciável e metódica já escreveu mais de 200 romances com diversas nuances como fantasia e suspense.
Me contem nos comentários se já leram as obras da Nora Roberts e qual a preferida de vocês?

05 agosto 2020

[Resenha] Além do que se vê | Sheila Guedes

RESENHA POR CHIHIRO_LITERARY

Aos vinte anos, Kalina viaja pela primeira vez para visitar a sua melhor amiga, mas na verdade ela está sendo sequestrada por uma grande organização de tráfico de mulheres para a prostituição.

"Sou prostituta em Madri.
Fui vendida e negociada em um leilão, onde minha virgindade alcançou um alto preço e me transformou na sombra da mulher que um dia desejei ser.
Jamais poderei colar todos os cacos que compõem minha trajetória em todo esse tempo de dor e sofrimento.
Me chamo Kalina, e está é a minha história."

Essa história foi angustiante do começo ao fim. Até o final da obra eu já ficava esperando que algo ruim acontecesse. Acho que nós estamos tão condicionados a maldade humana que já não nos surpreendemos quando nos fazem algo ruim. Estamos ficando realmente desacreditados e pessimistas.

A obra vai mostrar a trajetória de uma mulher sequestrada e obrigada a se prostituir por uma grande quadrilha internacional.  Vemos aqui como ela foi sequestrada e até como ela conseguiu lidar com isso para dar a volta por cima.

Eu sinceramente, não teria a metade da força dela. Acredito que eu teria sucumbido logo no começo, é terrível ler todas as passagens e saber de tudo que ela passou. Pior é saber que isso acontece a todo instante e, que neste momento, caro leitor, alguma mulher está passando pela mesma situação.


Eu morro de medo de viajar, de ter contato com desconhecidos, pois sei da maldade humana. E sei também que infelizmente, nós mulheres, ainda somos tratadas como objetos. Acho que esse livro é daqueles que  necessitamos ler, pois nos abrem os olhos. Espero que todos tenham a oportunidade de ler essa obra. E quem já leu, por favor me conte nos comentários o que sentiu durante essa leitura.
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"Existem aquelas mulheres que acham que não são vítimas. Que mentem para si mesmas. Que fingem que não dói ser descartadas e ignoradas pelo mundo. Existem mulheres que juram que ser prostituta não dói. Mas não é verdade. Não importa se você foi traficada como eu, ou se escolheu vir por livre e espontânea vontade exercer a prostituição. Como você chegou até aqui, realmente não importa. O que deve importar é a liberdade de escolher ser quem é."

Sheila Guedes é uma paraibana, casada com seu melhor amigo, mãe de três filhos e leitora compulsiva. Pedagoga e historiadora por profissão, escritora por paixão. Chocólatra assumida, ama viajar, fotografar e passar seu tempo livre na companhia da sua família e seus cachorros.