Por que será que certos eventos sombrios emergem, de tempos em tempos, assombrando-nos persistentemente como se fossem inevitáveis? Na obra “Herança macabra” entenderemos bem os motivos!
Verónica E. Llaca com uma sacada ímpar, entrelaçou a história real, de Felícitas Sánchez Aguillón, com a ficção de um modo perfeito. Felícitas é a serial killer mais famosa do México, pois ela ceifava a vida de bebês e realizava incontáveis 4b0rt0s clandestinos. Concomitante a história da 4ss4ss1n4, conhecemos o escritor contemporâneo, Ignacio Suárez. O que podemos esperar? O puro suco da maldade!
“A vida é um imenso vazio que tentamos preencher e resolver, até que um dia, sem aviso, a m0rt3 nos encontra e nada mais importa, nem como vivemos ou o que vivemos, nem o que recordamos, nem como recordarmos.”
A narrativa é densa, cruel, sombria e por vezes repugnante. Cumpriu bem o papel proposto, pois é um thriller visceral. A ambientação está incrível e as temáticas abordadas profundas. As páginas finais são reveladoras e já quero ler outros livros de Llaca.
Eu não conhecia nada sobre Felícitas (Ogra do bairro Roma) e fiquei bem instigada para saber mais sobre os cr1m3s dela. Os 4b0rt0s eram encobertos pela alta sociedade e lembrou a corrupção do nosso país. Sempre o poder e a vida em segundo plano…
Por fim, a leitura não é indicada para todos os tipos de leitores, porém os amantes de thrillers irão gostar.
Deixo uma reflexão para vocês: A genética do mal existe? A herança macabra pode gerar futuros cr1m1n0s0s? Aguardo os comentários de vocês!