Eduardo Ribeiro Dias construiu em seu romance de estreia uma narrativa ímpar. A sua história é eloquente, rica, fluida, real e dura. Eu pensei que encontraria um romance LGBTQIAP+ dramático, porém o livro vai além. Temos: segredos, homoafetividade, luto, alcoolismo, relacionamentos, amizade, carreira, culpa, traumas, encontros, desencontros e outros.
Também não poderia deixar de citar o bom gosto musical de Dias. Ele criou uma Playlist com músicas maravilhosas e que marcaram minha vida. Cada capítulo leva o nome de uma música, não é incrível?
Os personagens Elias e Issac, são marcados por traumas, por fantasmas do passado, por escolhas erradas, dúvidas, medos e descobertas. Os personagens secundários são bem importantes para toda a construção da narrativa.
“Dizem por aí que quando se está em um relacionamento ruim, destrutivo, só se nota quando seu pé já está atolado fundo demais na lama para conseguir sair dela e que, se conseguir sair, encontrará lama impregnada em sua pele e poros até que a lembrança dela persista em sua memória e turve seus pensamentos e manche a imagem que se tem de si mesmo.”
Por fim, o escritor Eduardo trouxe realidade para a história, com um desfecho inesperado, porém do jeito que deveria ser. Um autor nacional que tive o prazer de conhecer através da LC organizada pela @lcagcomunicacao
Todos nós temos dúvidas, anseios, medos, atitudes intempestivas e encontramos muitas pedras pelo caminho, porém é possível acharmos flores no meio delas. Apenas viva bem!