O escritor Diego Rates é simplesmente genial, pois ele “deu vida” para as evidências de um crime. Os objetos falam, como: a Arma, o Pano, o Relógio, o Médio, o Anelar, o Fantasma, o Presuntinho, a Marca de Giz com o Formato do Corpo no Chão do Apartamento do Falecido e outros.
“Não há situação ruim o suficiente para que não possa piorar. Então não agourem nosso destino dizendo coisas como “não pode piorar”, pois o universo está sempre atento, especialmente em momentos de desespero.”
Eu fiquei apaixonada pela escrita de Rates. Ele é a própria chuva de criatividade, parabéns! Que livro fluido, com humor satírico, “personagens” fenomenais, diálogos sensacionais e até crítica ao nosso sistema judiciário podemos encontrar, pois nem os objetos estão livres da ganância humana, do sistema jurídico defasado e da punição dos inocentes.
“Em quem as pessoas poderão confiar, então? Se a própria força de defesa policial se torna a força de opressão policial, o que nós podemos fazer? Em qual autoridade nós devemos confiar?”
Quem é a vítima? Quem é o assassino? Para mim o importante foi a profundidade das reflexões estabelecidas.
Uma leitura tão envolvente que não é possível larga-la até o fechamento. E o final foi arrebatador!
Eu recebi o livro em parceria com a @lcagcomunicacao e fiquei surpresa com a maestria da história do escritor. Quero ter a oportunidade de conhecer outros trabalhos do Diego.
Ah!! Não posso deixar de citar a ilustração na página final, pois ela fala por mais de mil palavras! Deu até nostalgia!
Você já leu alguma obra com realismo mágico inserido em um contexto de crime? Me conta nos comentários!
