A escritora Elie Jotta construiu uma narrativa densa, fluida e que instiga o leitor, pois os temas abordados são fortes e que são comparados a um furacão de acontecimentos. Eu gostei bastante da história e já quero ler a próxima obra de Jotta.
“Apolline suspirou conformada. Quando não há espaço para recuar, a saída é engatar a primeira marcha e seguir em frente.”
A personagem Apolline é uma mulher corajosa, determinada e forte, porém descobre que viveu 40 anos de mentiras. Ela vivia como muitas mulheres, com a vida repleta de altos e baixos. As cicatrizes que estavam cicatrizando são abertas como uma cratera em seu peito. A mulher fica cheia de dúvidas, as mágoas do passado viram pesadelos e a culpa passa a fazer parte, não só da vida dela, mas de outros personagens, também!
“Inveja…O sentimento venenoso que ela havia despertado nele antes mesmo de conhecê-la. Desde então, mágoa e desejo alternavam-se com igual violência na gangorra da mente. Qual deles sairia vencedor?”
Segredos, mentiras, relacionamentos, paixões proibidas, mágoas, escolhas, maternidade, amizade, culpa e sedução são pontos abordados na história.
A história de Apolline não é fácil, mas ela é guerreira, mãe loba e defensora da cria. Uma mulher corajosa e que luta pelos seus objetivos.
“A ausência de gene e passado comuns não os isentava do uso do selo de fabricação. Cosme uniu-os com seu nome e separou-os para sempre.”
A leitura prende do começo ao fim. E por falar em fim…que final, meu Deus!
Eu super indico a leitura, pois você se encantará com Apolline, com seu furacão interior e sua força de domar um leão por vez.
Você perdoaria alguém que te enganou por 40 anos, desde o seu nascimento? Qual o tamanho da cicatriz que mentiras causam? Me conta nos comentários!
