Eu não conhecia a escritora Alyssa Cole e gostei da temática abordada na obra, porém creio que devido a profundidade e representatividade, em algum momento da narrativa ela se perdeu.
Os personagens são confusos e por várias vezes também fiquei confusa sobre o que de fato seria real ou imaginação da Sydney, por exemplo. Talvez eu tenha lido com uma expectativa bem alta.
O que falar do aplicativo OurHood Gifford Place? Eu achei bem bizarro o uso dele e o excesso de câmeras pelo bairro, pois os moradores poderiam encarar como se estivessem no Big Brother. O que mais gostei foi que Cole inseriu na obra a gentrificação e o termo está mais comum do que parece.
“Estou prestes a mexer o copo quando tenho a lembrança do pesadelo…Não tinha alguma coisa que arranhava as paredes. Devagar, levo a orelha ao copo, como fazia quando era criança, pois tinha visto num filme. Ouço meus próprios batimentos cardíacos, minha própria respiração…E…”
Alyssa Cole é autora premiada de romances históricos, contemporâneos e de ficção científica. Seus livros foram aclamados por veículos como The New York Times, BuzzFeed, Kirkus Reviews, Entertainment Weekly, Library Journal, Booklist e Vulture.
Por fim, eu indico a obra para quem gosta de segredos, mistérios, questões raciais, gentrificação, paranoias e muito terror psicológico. A obra fluiu para mim nos 25% finais, mas valeu a pena pelas reviravoltas intensas.
Você é uma pessoa que confia fácil ou desconfia de tudo?