A fabulosa Agatha Christie é uma das minhas inspirações para escrever, pois ela é completa. As suas histórias são incríveis, totalmente bem construídas, a ambientação perfeita dando realidade para as cenas, coesão e coerência textual, personagens fortes e surpresas dignas de cair o queixo. A obra em questão se tornou a minha preferida e a HarperCollins está de parabéns pela qualidade da diagramação, capa belíssima em capa dura e tradução excelente.
O protagonista Simeon Lee era um péssimo chefe, parceiro, pai, marido e amigo. O fato dele reunir todos, na noite do Nata para mudar o testamento, acendeu a chama da raiva e motivos não faltavam para o assassinato. Hercule Poirot com sua genialidade vai nos apresentando as peças e só conseguimos juntá-las nas páginas finais.
“Não creio que Simeon Lee fosse um cidadão de moral elevada. Não quero dizer que era necessariamente um pilantra, mas quase.”
Eu achei bem interessante que Agatha cita na dedicatória, o seu cunhado James. Ele havia dito que os textos dela (assassinatos) estavam refinados e anêmicos, eis que Agatha nos presenteia com um “mar vermelho”, porém ela com banho de sangue ou não, deixa a narrativa sempre intensa.
Christie não engana o leitor, pois tudo fica claro desde início. Somos nós que não enxergamos a obviedade expressa por toda a narrativa.
“É um crime de sangue…que está no sangue. É o próprio sangue de Simeon Lee que se volta contra ele…”
Por fim, eu super indico a leitura da Rainha do Crime e para os fãs do maestral detetive Poirot. É sensacional vê-lo descrevendo os motivos do assasinato, o confronto com os demais personagens e o fechamento do caso. Já leram?