A obra “Linea nigra” relata de uma forma bem objetiva os sentimentos de uma mulher grávida, histórias diversas, o maternar, as memórias, a escolha do nome, fazer diários, os sonhos que perturbam, os desejos, comparação com às artes, o momento do parto até o nascimento. É uma Literatura mexicana e foi surpreendente conhecer o estilo.
“Durante o caminho de volta para casa, em meio à surpresa, à emoção e à perplexidade, pensei de súbito: nunca mais vou ficar sozinha. Não de verdade. Senti medo e alegria.”
Você sabe o que é linea nigra que dá nome ao título do livro? Ela é a linha de pigmentação escura que surge na barriga da mulher durante a gestação. Eu adorei saber disso!
“Às vezes, não acredito que ele estava dentro de mim. Onde? Como havia espaço suficiente para uma criança desse tamanho? Tento imaginá-lo no útero fazendo os gestos, os movimentos que ele faz agora. Acho quase impossível.”
Jazmina Barrera possui uma escrita poética, direta, fluida e com uma narrativa realista. Ser mãe é algo maravilhoso e ao mesmo tempo assustador. É estar no subsolo e em um segundo parar no trigésimo andar. Louco, né?
“Se eu m0rrer, está tudo em ordem. Não seria nada de mais. Não vou m0rrer só para não dar esse desgosto à minha filha.”
Em forma de relato eu posso dizer com letras garrafais que sou uma SOBREVIVENTE da gestação, pois tive toxemia gravídica (pré-eclâmpsia), Hiperêmese gravídica (enjoos durante os 9 meses da gestação), hipoglicemia (nível baixo de glicose no sangue) e na cesárea tive EQM (experiência de quase morte). Se me arrependo de ser mãe? Nunca! Passaria por tudo novamente para ter o meu médico particular: meu eterno bebê!
Me conta nos comentários se você têm filhos ou se pretende um dia tê-los!