O escritor Bert Jr. conseguiu nos instigar com a narrativa dos contos, pois os personagens são bem construídos, as histórias bem ambientadas e a linguagem poética bem marcante.
Todos os contos são envolventes, porém gostei do Autoral e Parisiense. O Em “Autoral” Cibeibe é a esposa perfeita que todos gostariam de ter, porém seu marido de tanto ouvir dos amigos que ela não é humana, começa a surtar dizendo que ela é protagonista de uma história seguindo um verdadeiro script. O fim é inesperado, surprendente e os motivos do surto do marido é simplesmente surreal.
“— Seja normal, Cibeide! Diga alguma coisa que me irrite, faça algo que me tire do sério!”
Já em “Parisiense” a emoção e a reflexão são ativadas. Uma senhora com alzhaimer se perde do lar de idosos Renascer e passa a perambular pelas ruas de São Paulo. É muito tocante lê-lo e perceber a tamanha sensibilidade que precisamos ter diante de algumas situações. O verdadeiro olhar além do nosso “umbigo”!
“O motorista vem me apanhar, eu não ando de táxi. Escute, bem, se eu pagar a sua passagem de avião, você vem comigo para Paris?”
Judiceia, Absalim, Glicínia, Odorrirse e Justina são alguns nomes dos personagens dos contos. Quanta criatividade para criar esses nomes o autor teve. Não é mesmo?
Eu li a obra para a leitura coletiva organizada pela @lcagcomunicacao e foi uma experiência singular. O livro está disponível para compra na Amazon no link https://amzn.to/3EAtuiZ
Por fim, indico a leitura para todos os leitores que gostam de narrativas fluidas, rápidas, com situações inusitadas, cotidianas e repletas de reflexões, pois estamos lidando com a diversidade. Já conheciam?