24 março 2021

[Resenha por @folhadepolen] (Des)humanos | @thylguerra_livrodeshumanos | @editoramadreperola | Páginas: 464 | Ano: 2019



Em (Des)humanos vamos acompanhar a história da guardiã Aniel, um ser sobrenatural da Entidade da Luz. Ela e os outros guardiões possuem a missão de proteger os humanos. Para a ordem da Entidade, precisam seguir diretrizes e regras.

"Em princípio, meu trabalho deveria ser simples. Bastava me manter invisível e seguir as diretrizes básicas: amparar, influenciar, nortear, e jamais interferir."

A protegida de Aniel mexeu com ela desde o início de sua missão, já que a pequena Íris era diferente das outras crianças, pois conseguia enxergar a guardiã, mesmo quando estava invisível. A partir daí o laço das duas só aumentava, até chegar a hora que Aniel salva sua protegida de um acidente e não imaginava que essa ação não apenas afetaria a vida da criança, mas de toda a humanidade.

Íris cresceu e quando mais velha teve uma filha na qual dera o nome de Aniel (mas preferindo ser chamada de Anie) e depois da morte da mãe, que deixara uma pesquisa inacabada, Anie decidiu, ainda jovem, que iria seguir adiante com o trabalho da mãe, só não esperava completar a pesquisa e tornar o ser humano uma ameaça.

"A vida humana parecia não valer mais nada; nem para o próprio humano."

Com uma escrita simples, a autora Thyl Guerra nos contempla com uma obra na qual o tema principal, na minha visão, é a importância dos Sentimentos e Emoções para os seres humanos, nos mostrando algo que eu nunca havia cogitado ou mesmo visto em outros livros. Será tão importante assim o lado sentimental para uma pessoa? Anie, filha de Íris, preferia focar em seu lado racional e tentar esquecer tudo que sofreu durante seu crescimento, desde a morte de sua mãe até outros acontecimentos que se desenvolvem na obra.

Um tema super interessante de se ler e, até mesmo, instigante. O leitor vai ao longo da história desvendando, junto com a narradora Aniel (guardiã), o que levou Anie a prosseguir com a pesquisa da mãe, essa atitude da autora ao meu ver foi bem pensada, já que o leitor fica curioso para descobrir o que irá acontecer.

"Você não conhece nem reconhece suas próprias emoções, Anie."

Agora falando dos personagens, confesso que personagens importantes tendo o mesmo nome me deixou, no mínimo confuso. Porém, no decorrer da narr

ativa me adaptei. Outra coisa que me deixou incomodado foram as atitudes de Anie, pois a achei grossa e chata, mesmo com sua melhor amiga Luiza. Foi difícil eu conseguir acompanhar a parte inicial da obra devido a essas atitudes da personagem, mas Thyl vai explicando e deixando claro o motivo de Anie ser tão fechada.


No começo demorei a pegar o ritmo da obra, mas (Des)humanos possui uma temática super interessante e que instiga o leitor a querer descobrir o que acontecerá com os personagens. Vocês já conheciam a obra? Leiam!