A
obra “Anne de Avonlea” nos apresenta a história de Anne Shirley agora com 16
anos, após concluir os estudos de nível médio, desistiu do curso superior para
ficar com a mãe adotiva, Marilla, em Green Gables. Ela se torna a nova
professora da escola da vila e tem conceitos idealistas e românticos sobre o
ensinar, porém ela percebe que é mais difícil do que parece o ato de educar. A
jovem passará por vários desafios para melhorar a vila, criar os parentes
órfãos e outras responsabilidades. Anne continua nos mostrar a inocência de
menina e o amadurecimento diante de todas as situações vividas.
Neste
segundo volume podemos ver uma Anne madura para a sua idade e uma excelente
profissional. Ela ensina com carinho e tenta mostrar para os seus colegas que a
educação pelo amor é a ideal, pois ela é contra castigos físicos, conteúdos aliados
aos valores é o ideal e valorizar a aprendizagem dos mesmos.
Anne
continua firme nos seus pensamentos, quebra paradigmas, não concorda com os parâmetros
impostos pela sociedade e tem prazer em exercer a docência. Ela acolhe os seus
alunos, ensina respeitar e o que é ser respeitado, uma mulher bem a frente do
seu tempo.
“-
Porém, nunca passou pela minha cabeça que eu poderia conquistá-lo com um
castigo físico – Anne respondeu, um pouco pesarosa, sentindo que seus ideais a
haviam traído, de alguma maneira. – Isso não me parece certo. Tenho certeza de
que minha teoria sobre paciência e afeto não pode estar errada.”
A
jovem Anne enfrentará algumas mudanças expressivas e uma delas será a chegada
dos gêmeos Davy e Dora, que Marilla adota por terem ficado órfãos e pelo
vínculo parental. Dora é uma garotinha meiga e o irmão totalmente travesso,
porém ela crê que com carinho e paciência poderá educá-lo.
“Nunca
vou amar ninguém...nenhuma garota...nem a metade do tanto que amo você. E se, algum
dia, eu me casar e tiver uma menininha, ela vai se chamar Anne.”
Lucy
Maud Montgomery tem a escrita totalmente cativante, com um humor singular,
personagens fortes e bem construídos, narrativa ímpar e valores essenciais para
a convivência humana.
Finalizando,
a capa possui pontos de verniz localizado, diagramação excelente e com imagens
na abertura e fim dos capítulos. Já estou ansiosa para a leitura do terceiro
volume da série “Anne da Ilha”, pois amo um bom clássico.