25 junho 2019

[Resenha] | Alzheimer: A família, a doença | Érico J. Santos | Talentos da Literatura Brasileira



O livro “Alzheimer: A família, a doença” aborda uma reflexão sobre a vida, pois o foco não é apenas a doença e sim as emoções, relações familiares, ações do tempo, desejos e o amor. Ele nos convida a refletir sobre o caminho a seguir, a busca pelo amor, perdão, compreensão e o principal que é a descoberta de si mesmo.

O escritor Érico informa com maestria sobre o Alzheimer e as transformações ocorridas em uma família que possui um membro com a doença. Infelizmente, ninguém está livre de tê-la ou de ter algum parente com Alzheimer, pois ela não escolhe classe social, raça, gênero, religião, cidadania ou histórico de saúde. A doença não tem cura, porém tem tratamentos paliativos que retardam as fases mais críticas.

Ter um parente com a doença de Alzheimer é devastador, pois acaba com o físico e o emocional cai por Terra se a pessoa não tiver conhecimento, fé, coragem, determinação, sabedoria, união e paixão pela vida.

“O amor que recebemos todos os dias de quem nos protegeu de todo o mal, o amor eterno, de brilho constante, torna-se uma estrela: está longe dos olhos, mas sempre perto do coração”.

O cuidado que temos que ter com uma pessoa com Alzheimer é constante, pois um segundo de descuido pode ser fatal. Para a melhora do quadro é necessário fazer o tratamento com afinco e ter os acompanhamentos dos profissionais qualificados, como: cuidadores, geriatras, fisioterapeutas e psicólogos.

Enquanto profissional da área sei o quanto é difícil aceitar o diagnóstico de ter um familiar com a doença de Alzheimer. Primeiramente, vem à negação, a dor, a revolta, conflitos familiares, gastos financeiros altíssimos, a falta de fé e da esperança. Posteriormente, uma chuva de emoções toma conta do nosso ser e aprendemos que o amor é o melhor remédio. Aprendemos a perdoar, a aceitar, e dizer não para não estimularmos memórias antigas e agravar a doença.

O livro é uma verdadeira lição de vida e de amor. Aprendemos ainda a conhecer nosso corpo, ações dos nossos familiares e separarmos o que é apenas um esquecimento momentâneo em relação a algo mais grave.

Érico uma prova viva do que é cuidar de pessoa com a doença, pois na mesma casa ele tem sua mãe, de 87 anos, sua sogra, de 85, e sua cunhada especial, de 55 anos, todas com a doença de Alzheimer. Ele tem todo o meu respeito! Indico a obra para todas as pessoas! Você conhece de fato seus familiares e a si próprio? Se permita!