O que você acha do ditado que diz “antes só do que mal acompanhado”? Algumas regrinhas não se encaixam nele e o improvável pode se tornar a coisa mais provável da vida. Confuso, né? Não na obra Sozinha ou acompanhada?!
Indira e Jude são inimigos desde a adolescência, porém devido a alguns acontecimentos sérios, eles resolveram fingir ser um casal, no casamento do irmão de Indira. O que é uma mentirinha inocente, não é mesmo? O fato é que muitas coisas mudam!
“Nem mesmo o pé no s4c0 que era Jude a fazia se sentir obrigada a apresentar a melhor versão de si mesma. Indira o conhecia fazia tempo demais — e os dois haviam presenciado o pior do outro no desconforto da adolescência.”
A narrativa é alternada entre Indira e Jude. Os capítulos são bem interessantes e os protagonistas estão quebrados por motivos diferentes, porém se complementam na dor. Foi ótimo acompanhar o amadurecimento, libertação e processo de cura interior deles.
O livro é uma comédia romântica e com várias passagens hilárias, porém aborda temas sérios, como: Transtorno do estresse pós-traumático, repercussões emocionais e reestruturação da vida após sofrer uma traição. Achei que Mazey teve uma grande sensibilidade e realizou muitos estudos para lidar com os assuntos pesados. Também não posso deixar de citar que ela teve que lidar com o 4bus0 na adolescência e escrever é algo libertador para a autora. Adorei a responsabilidade que ela teve em cada assunto destrinchado.
“Indira e Jude sabiam que a cura não era algo linear, e seguravam firme a mão um do outro onde quer que seus caminhos os levassem.”
Por fim, aprendemos com a Indira e com o Jude, a importância da terapia, do diálogo e de buscar ajuda com os profissionais adequados para as questões de transtornos mentais. A saúde mental é importantíssima e não podemos deixá-la de lado!
Super indico a obra e não posso deixar de colocar um apontamento: sozinha (o) ou acompanhada (o) o importante é estar feliz!
📸 Aline
