“A Delegação não era boa para pessoas que trabalhavam pela destruição da ordem e da segurança, ou para pessoas que desrespeitavam as regras da sociedade sem nenhum motivo.”
Veronica Roth construiu um mundo distópico incrível e tão realista que chega a ser assombroso, pois pensamos no controle de muitos governos por aí, câmeras espalhadas por todos os lugares e o perigo do uso desenfreado da tecnologia por humanos inconsequentes.
“As brincadeiras que eles fazem, às vezes, são como cavar um buraco. Quem consegue ir mais longe, quem consegue ir para um lugar mais escuro. Se você for capaz de rir enquanto se afoga.”
Essa distopia está fluida, intensa, profunda, reflexiva e com personagens muito bem construídos. Sonya mesmo presa recebe uma missão especial. Ela precisa encontrar uma garota desaparecida e em troca terá a sua liberdade.
“Você não entende o quanto é possível descobrir sobre uma pessoa só com base nos lugares aonde ela vai e nos horários em que faz isso.”
Inicialmente, a narrativa é lenta, porém depois flui com muita adrenalina, com temáticas singulares, mostrando a destruição de um mundo pós-delegação. A nossa protagonista precisará lidar com questões familiares, pois nem sempre as coisas acontecem como pensávamos.
Segredos são revelados, investigações distintas, a busca pela reconstrução interior da personagem e de uma possível liberdade. Roth é autora da série Divergente e essa obra é infinitamente superior. Super indico!