Erik J. Brown escreveu um romance emocionante, reflexivo e apesar de ser uma história pós-apocalíptica, ele conseguiu introduzir humor nela, pois deu uma leveza para a densidade da temática abordada. Não deixem de ler a nota do autor, pois é extremamente interessante para compreender como foi o desenrolar da narrativa ficcional em 2015 e o surgimento da COVID posteriormente.
“Agora, estou apenas pulando pela floresta, com uma camiseta amarela amarrada na perna ferida. Pelo menos, ao assistir a isso na vida após a morte, vou estar comendo pipoca.”
Os capítulos são intercalados entre Andrew e Jamison. Eles buscam proteção, segurança e se encontram em meio ao caos do fim. Os jovens precisam confiar um no outro e juntos lutarem por dias melhores. Na jornada pela vida eles amadurecem, aprendem o significado da palavra coragem e o amor vai crescendo pouco a pouco. Um processo lento, mas bonito de acompanhar.
A praga que acabou com quase toda a população no livro, nos leva a pensarmos no auge da pandemia que enfrentamos. E não devemos esquecer que ainda não acabou. Empatia sempre!
“Por um lado, sim, o mundo mudou, e, claro, precisamos de armas.”
Por fim, essa obra é envolvente e nos lembra que somos sobreviventes! Sobrevivemos após uma pandemia, por lutamos por um mundo igualitário, clamarmos por justiça e ainda acreditarmos no amanhã. Agora esse é o nosso mundo e vamos torná-lo especial!