08 fevereiro 2023

[RESENHA] Quando Deus era mulher | Merlin Stone | @editoraaleph | Selo: @editoragoya | Tradução: Ângela Lobo de Andrade | Páginas: 304 | Ano: 2022



A obra “Quando Deus era mulher” nos conta a história do antigo culto à Grande Deusa e como o rito às deidades femininas foi suprimido ao longo dos séculos. A escritora Merlin Stone passou quase uma década pesquisando as deusas da Antiguidade, pois a sociedade girava em torno da mulher. Os homens da época as veneravam e as respeitavam, pois a cultura era matriarcal! Quanta mudança, né?

A exímia apresentação do livro foi escrita por Marcela Ceribelli. Eu gostei da forma na qual ela abordou a temática e pela quebra de paradigmas.

“Como os homens adquiriram o controle que hoje permite que eles ordenem o mundo de modos tão diversos, como decidir quais guerras serão travadas e em que momento, ou como e a que horas o jantar deve ser servido?”

As mulheres eram líderes, possuíam arquétipos únicos conforme a civilização vivida, eram benevolentes e dividiam as tarefas.

Para compreendermos o fim da cultura matriarcal é preciso voltar ao ponto de origem e entendermos as deusas, cultura, religião, deidade e todos os conceitos da antiguidade sobre o poder feminino. Com o ruir matriarcal criou-se a cultura do patriarcado.

“Um dos temas mais controversos parece ter sido o conceito de direito divino aos privilégios reais e a instituição da hereditariedade ao trono.”

A edição está simplesmente belíssima, em capa dura e com ilustrações que retratam a deidade feminina. Elas foram representadas por esculturas e pinturas.

Apesar dessa obra ter sido escrita em 1976, ela é extremamente atual, pois as mulheres lutam por uma sociedade igualitária, por respeito, pelo fim da sociedade patriarcal e pelo reconhecimento do poder feminino.

Stone convida mulheres e homens para fazer parte dessa jornada de aprendizagem e pelo não sufocamento da história.

Por fim, todas nós mulheres somos deusas e jamais devemos nos calar perante ao machismo. Somos resilientes, empoderadas e capazes.

Se por acaso você não se achar forte, eu sugiro que você encontre a “a sua deusa interior”, pois o autoconhecimento é a base para se libertar de amarras de uma sociedade homogenicamente machista.⁣

Você já conhecia o livro? O que achou da temática abordada?