O fim é apenas o começo! Na obra “Desmortos” conhecemos Lorena. Ela acaba de despertar na gaveta de um necrotério e fica incrédula. Até que ponto isso seria presságio para algo bom? Melhor dizendo… estar m0rt4 não tem nada de agradável. Porém, no mundo sobrenatural podemos trilhar jornadas interessantes, conhecer personagens nada convencionais, como: fantasmas, zumbis, médiuns, vampiros e lobismina. Eu me amarrei nessa narrativa mórbida, porém divertida.
“— O que tá acontecendo? — A voz dela soou fraca. — Quem é você? Os lábios dele se comprimiram em uma linha. O que podia falar? O que se diz a uma pessoa recém-falecida?”
A escritora Mary C. Müller construiu uma narrativa ímpar e soube tratar os temas sensíveis com uma grande responsabilidade. Lorena tem TDAH e Lucas é autista. Müller soube acalentar quem tinha a sensação de não pertencer a nenhum grupo. Não posso deixar de citar, que Mary tem uma mente criativa brilhante. Me tornei da fã da banda emo dos anos 2000 (amei as referências). Sofri e me diverti na mesma proporção!
A nossa desmorta Lorena precisa aceitar sua nova vida de zumbi e para variar nem depois de m0rt4 temos paz no quesito coração, pois ela fica confusa diante do fantasma Lucas e o médium Felipe. Uma romantasia urbana com um trisal divertido. Uma escolha precisa ser feita? Será? Leia para descobrir!
“Havia algo do outro lado. Uma réstia de esperança. Um caminho diferente de tudo que imaginara. Um lugar que podia chamar de seu. Qual das estradas escolheria?”
O livro é sobre m0rt3, mas também sobre vida. Os temas abordados são densos: d3pr3ssã0, traumas, su1c1d10 e 4bus0 de substâncias. A carta aos leitores, no final da obra, é um abraço para quem precisa. Busque ajude caso necessite e se permita ter uma segunda chance! Seja feliz!
