04 janeiro 2023

[RESENHA] Além do véu |Editora Mais ou Menos | @giraoigor | Páginas: 388 | Ano: 2021



A obra “Além do véu” nos conta a história do guarda-florestal Samuel, que após um evento sobrenatural, ficou emaranhado no meio da Selva Amazônica e muitos acontecimentos impossíveis de imaginar se tornou real. Você é capaz de imaginar o que aconteceu por lá?

Vamos lá! Realizar a leitura dessa obra foi um baita desafio, pois ela me tirou do prumo. Como assim? Primeiramente, o texto é totalmente descritivo e torna os capítulos cansativos. Como ele é dividido em partes que se conectam em algum momento, pela primeira vez na vida senti uma imensa vontade de abandonar o livro. Ainda bem que não o fiz!

Outro ponto negativo e que me deixou bem desconfortável foi o tamanho da fonte, pois se para uma pessoa com a visão preservada já seria tarefa difícil…imagina o meu caso que tenho visão monocular. O que me salvou foi que ele estava no Spotify e conclui por lá!

O livro é ruim, Simone? Não! Bem longe disso! Igor tem uma escrita bem rica, mistura gêneros literários com maestria, personagens interessantes, ambientação no Brasil (fato que valorizo muito), fantasia bem construída e inserção do folclore.

“Isso você vai ter que arriscar. Você cortejou a morte, não precisa perder a chance de se manter vivo.”

A leitura foi organizada pela @lcagcomunicacao e a experiência bem diferente das demais, porém gosto sempre de aprender, descobrir novas formas de interagir e nesse caso foi em áudio.

Você encontra o livro na Amazon e no formato audiobook pelo Spotify.

Igor Girão é formado em Biblioteconomia e mestre em Ciência da Informação, primeira pessoa no Brasil com deficiência múltipla a receber o título na área. Aos 17 anos, ele foi acometido por uma doença neurológica que o tornou cadeirante e deficiente visual.

Por fim, se você gosta de anjos, seres fantásticos, onça falante, ambientação no nosso Brasil, narrativa entre mundos e crença dos povos indígenas, leia!

Deixo a pergunta reflexiva que Girão nos faz: Somos responsáveis pelo nosso próprio destino ou todas as histórias já foram escritas?