Em “A Filha de Auschwitz” acompanhamos Eva Adami que está separada do marido que foi enviado para Auschwitz faz seis meses. Sendo assim, ela precisa enfrentar o percurso em um trem lotado, não conseguindo respirar direito e ainda por cima em pé.
Chegando lá, precisou passar por momentos constrangedores e sofridos. Falar sobre esse tema, especialmente por ser inspirado em uma história real, fez com que a leitura se tornasse bem mais intensa.
"Uma semana em que tinham sido desprovidas de sua humanidade. Em que foram arrebanhadas feito um gado e enfiadas dentro de um trem sujo cheirando a morte e a degradação."
A história se passa em dois momentos. Em 1942 quando vamos acompanhar Eva em Auschwitz e alguns anos antes, 1938, quando Eva está dividindo sua vida com seu marido Michal. Eu gostei desse modo narrativo que a autora optou em desenvolver na obra “A Filha de Auschwitz”, pois faz com que o leitor se aproxime com mais afinco dos personagens.
Senti que o foco não foi a guerra em si, mas a força que as personagens precisam ter para sobreviver a tudo aquilo, além da esperança que as mantém lutando.
"Nasci em um mundo que proibiu minha existência."
Lily Graham cresceu na África do Sul e era jornalista. Quando criança, sonhava em ser escritora e tinha manuscritos inacabados que enchiam as gavetas de sua escrivaninha. Mas foi só aos 30 anos que finalmente terminou um deles.
Começou escrevendo livros infantis, mas quando sua mãe foi diagnosticada com câncer, ela escreveu uma história para lidar com o medo e a dor pela qual estava passando – esse se tornou seu primeiro romance de ficção para mulheres, publicado em 2016. Desde então, escreveu seis romances. Os quatro primeiros foram uma mistura de ficção e drama, mas nos últimos anos encontrou seu nicho na ficção histórica. Foi preciso passar dos 30 anos para perceber que essas eram as histórias que ela realmente queria contar. Além de A filha de Auschwitz, Lily é autora do best-seller O segredo da livraria de Paris, também publicado pela Guteberg no Brasil.
Vocês gostam de obras com a temática de guerras/holocausto? Eu amo essas narrativas!
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