14 julho 2020

[Bate-Papo] Não basta não ser racista: sejamos antirracistas | Robin Diangelo | Faro Editorial



Bom dia, leitores! O assunto hoje é sério, pois acabei de ler a obra “Não basta não ser racista: sejamos antirracistas” da escritora Robin Diangelo. E com louvou compreendi o motivo do livro estar mais de 75 semanas no Top 100 da Amazon.
Diangelo é professora universitária, autora e consultora em questões de justiça racial e social há mais de vinte anos. Ela possui propriedade para expor e debater o assunto.
A obra abriu meus olhos para várias questões e me deu um leve sacolejo! A abordagem da escritora te leva a refletir sobre as diferenças entre preconceito, racismo e discriminação; a fragilidade branca; supremacia branca; racismo daltônico; racismo aversivo; racismo cultural; o binário bom/mau; antinegritude e outros.
“Quando digo que só brancos podem ser racistas, estou afirmando: só os brancos têm poder institucional, social e privilégios sobre as pessoas de cor. Os negros não têm o mesmo poder e privilégio sobre os brancos.”
Quando alguém pergunta: - Você é racista? Existe a grande possibilidade de você ficar nervoso ou ir logo negando, porém será mesmo que você não é? O livro foi escrito para pessoas brancas que direta ou indiretamente são racistas. Precisamos deixar a cultura arraigada do racismo no passado e de fato evoluirmos como pessoas.
Uma parte me chamou atenção na leitura que foi sobre o racismo daltônico, ou seja, a capacidade do racismo de se adaptar às mudanças culturais e fingimos não perceber a raça, então não existe racismo.
É impressionante o peso que algumas frases têm, como por exemplo:
- Eu conheço pessoas de cor;
- Meus pais eram racistas e eu não sou;
- Na família do meu marido têm pessoas com traços afros;
- Tenho amigos de cor, como vou ser racista?
- Não sou racista, pois você pode ser rosa, verde ou pintado de bolinhas;
- Estou livre do racismo.
Por fim, o livro rende horas de debate e é importante ressaltar que é ilusão imaginar que o racismo foi abolido junto com a libertação dos escravos. Para conseguir ser antirracista é preciso ter coragem e intencionalidade e rogo para que um dia isso deixe de ser utopia e passe a ser realidade.
Robin não escreve floreando as palavras, pois ela nos mostra de uma forma impactante as raízes do racismo. Então, faço um convite para vocês: Sejamos antirracistas?