09 junho 2020

[Resenha] Anne de Avonlea | L. M. Montgomery | Autêntica Editora



A obra “Anne de Avonlea” nos apresenta a história de Anne Shirley agora com 16 anos, após concluir os estudos de nível médio, desistiu do curso superior para ficar com a mãe adotiva, Marilla, em Green Gables. Ela se torna a nova professora da escola da vila e tem conceitos idealistas e românticos sobre o ensinar, porém ela percebe que é mais difícil do que parece o ato de educar. A jovem passará por vários desafios para melhorar a vila, criar os parentes órfãos e outras responsabilidades. Anne continua nos mostrar a inocência de menina e o amadurecimento diante de todas as situações vividas.

Neste segundo volume podemos ver uma Anne madura para a sua idade e uma excelente profissional. Ela ensina com carinho e tenta mostrar para os seus colegas que a educação pelo amor é a ideal, pois ela é contra castigos físicos, conteúdos aliados aos valores é o ideal e valorizar a aprendizagem dos mesmos.



Anne continua firme nos seus pensamentos, quebra paradigmas, não concorda com os parâmetros impostos pela sociedade e tem prazer em exercer a docência. Ela acolhe os seus alunos, ensina respeitar e o que é ser respeitado, uma mulher bem a frente do seu tempo.

“- Porém, nunca passou pela minha cabeça que eu poderia conquistá-lo com um castigo físico – Anne respondeu, um pouco pesarosa, sentindo que seus ideais a haviam traído, de alguma maneira. – Isso não me parece certo. Tenho certeza de que minha teoria sobre paciência e afeto não pode estar errada.”

A jovem Anne enfrentará algumas mudanças expressivas e uma delas será a chegada dos gêmeos Davy e Dora, que Marilla adota por terem ficado órfãos e pelo vínculo parental. Dora é uma garotinha meiga e o irmão totalmente travesso, porém ela crê que com carinho e paciência poderá educá-lo.



“Nunca vou amar ninguém...nenhuma garota...nem a metade do tanto que amo você. E se, algum dia, eu me casar e tiver uma menininha, ela vai se chamar Anne.”

Lucy Maud Montgomery tem a escrita totalmente cativante, com um humor singular, personagens fortes e bem construídos, narrativa ímpar e valores essenciais para a convivência humana.

Finalizando, a capa possui pontos de verniz localizado, diagramação excelente e com imagens na abertura e fim dos capítulos. Já estou ansiosa para a leitura do terceiro volume da série “Anne da Ilha”, pois amo um bom clássico.