A
obra “Hannah” nos conta a história da cientista Camila Cassini que após captar áudios
no espaço descobre a existência de Hannah, uma astrofísica de cinco séculos à
frente e cai como uma bomba nas mãos da cientista. Camila e Hannah tem o
destino cruzado e podemos acompanhar a história de ambas, separadas pelo tempo.
O teor das mensagens é altamente assustador. Seria o fim da raça humana? Hannah
teria meios de impedir a extinção da população? Leia!
Bruno
Godoi tem uma escrita ímpar, fluída e que prende o leitor até o desfecho da
obra. Foi o meu primeiro contato com a escrita de Godoi e simplesmente fiquei
encantada. “Hannah” foi uma das minhas melhores leituras em 2019 e acho mais do
que merecido encerrar minhas resenhas com ela.
Os
temas abordados na obra são amplos, como: projetos secretos, questões governamentais,
extinção da raça humana, sobrevivência, meio ambiente, tempo, assassinatos,
sabotagem e conspirações religiosas/políticas. A ganância humana aflora todos
os setores que receberam a transcrição dos áudios. Americanos, Vaticano e
cientistas buscam respostas para sair em evidência perante outros países.
"Sou
astrofísica, porém foi ao olhar para o céu sem pensar em ciência que senti o
contato e recebi a primeira mensagem da pessoa que chamei de "a mulher das
estrelas.”
Eu
não queria que o livro acabasse, pois queria saber mais. Bruno nos presenteia
com uma narrativa rica, os fatos científicos abordados são excelentes e de fato
me senti não nas estrelas e sim dentro de todo o Universo.
“Passei
a realizar minhas tarefas mecanicamente. Não mais subi à torre de vigília. E
passei a frequentar a plantação de milho uma vez por semana; em especial, o
espantalho. Aquele boneco de palha sintética e polímeros passou a ser meu único
amigo.”
A
obra nos faz refletir sobre várias coisas, exemplo: o caso de um simples
mosquito que poderia se tornar nosso fim. “Hannah” nos ensina sobre os
comportamentos humanos, amor e compaixão.
Por
fim, o livro possui uma capa maravilhosa, uma diagramação excelente, fonte de
bom tamanho e impresso em papel pólen soft. Super indico para quem gosta de uma
boa distopia e ficção científica. E deixo uma pergunta para vocês: Afinal, quem
somos nós?