O
livro “Alzheimer: A família, a doença” aborda uma reflexão sobre a vida, pois o
foco não é apenas a doença e sim as emoções, relações familiares, ações do
tempo, desejos e o amor. Ele nos convida a refletir sobre o caminho a seguir, a
busca pelo amor, perdão, compreensão e o principal que é a descoberta de si
mesmo.
O
escritor Érico informa com maestria sobre o Alzheimer e as transformações ocorridas
em uma família que possui um membro com a doença. Infelizmente, ninguém está
livre de tê-la ou de ter algum parente com Alzheimer, pois ela não escolhe
classe social, raça, gênero, religião, cidadania ou histórico de saúde. A doença
não tem cura, porém tem tratamentos paliativos que retardam as fases mais
críticas.
Ter
um parente com a doença de Alzheimer é devastador, pois acaba com o físico e o
emocional cai por Terra se a pessoa não tiver conhecimento, fé, coragem,
determinação, sabedoria, união e paixão pela vida.
“O
amor que recebemos todos os dias de quem nos protegeu de todo o mal, o amor
eterno, de brilho constante, torna-se uma estrela: está longe dos olhos, mas
sempre perto do coração”.
O
cuidado que temos que ter com uma pessoa com Alzheimer é constante, pois um
segundo de descuido pode ser fatal. Para a melhora do quadro é necessário fazer
o tratamento com afinco e ter os acompanhamentos dos profissionais
qualificados, como: cuidadores, geriatras, fisioterapeutas e psicólogos.
Enquanto
profissional da área sei o quanto é difícil aceitar o diagnóstico de ter um
familiar com a doença de Alzheimer. Primeiramente, vem à negação, a dor, a
revolta, conflitos familiares, gastos financeiros altíssimos, a falta de fé e
da esperança. Posteriormente, uma chuva de emoções toma conta do nosso ser e
aprendemos que o amor é o melhor remédio. Aprendemos a perdoar, a aceitar, e
dizer não para não estimularmos memórias antigas e agravar a doença.
O
livro é uma verdadeira lição de vida e de amor. Aprendemos ainda a conhecer
nosso corpo, ações dos nossos familiares e separarmos o que é apenas um
esquecimento momentâneo em relação a algo mais grave.
Érico
uma prova viva do que é cuidar de pessoa com a doença, pois na mesma casa ele
tem sua mãe, de 87 anos, sua sogra, de 85, e sua cunhada especial, de 55 anos,
todas com a doença de Alzheimer. Ele tem todo o meu respeito! Indico a obra
para todas as pessoas! Você conhece de fato seus familiares e a si próprio? Se
permita!