A
obra “Até onde o amor alcança” com uma narrativa poética nos mostra de forma
clara e explicativa sobre o amor. Hermann conseguiu escrever os sentimentos de
uma pessoa apaixonada, suas dores, angústias, medos e desejos, mas quando temos
o coração dilacerado, foi abordado por ele com tal profundidade, que pude
sentir o grito preso na garganta.
Foi
a minha primeira experiência lendo o autor e fiquei simplesmente encantada,
pois não são muitos homens que conseguem falar sobre o amor de uma forma tão
pura e real.
“A minha cruz tem sido justamente brigar com
esse monte de pensamentos dentro da minha própria cabeça. O desafio é colocar
cada um dos meus eus para conversar de uma maneira amistosa, que não me
dilacere de vez. Como fazer para alcançar essa maturidade emocional?”
No
início de cada capítulo, o autor nos presenteia com músicas maravilhosas, e que
nos leva a viver cada emoção sentida. Quando temos a alma despedaçada o
primeiro desejo que temos é o de morrer. Sentimos o ar faltando, o coração
doendo, os pulmões sendo comprimidos e a tristeza lacerante nos invadindo, mas
é necessário se reinventar.
O
ato de redescobrir-se não é uma tarefa fácil e é preciso deixar muita coisa
para trás. A saudade vai bater em sua porta, as dúvidas, o medo, a culpa, a
raiva e aprendemos a colocar amor em tudo que formos fazer. Não devemos ter
medo de amar e sofrer, pois temos que ter medo de não ter amor dentro do peito.
Amar é algo sublime!
“O
ponto focal da minha bússola mudou de direção depois de você. Não existe mais
norte geográfico se ele não for o mesmo caminho que leva para a sua casa.”
Júlio
nos convida a seguir em frente, perdoar, assumir erros, sentir raiva, ficar vulnerável
e acima de tudo nos mostra que o tempo cura as feridas da alma. Com o tempo a bússola
da nossa vida consegue seguir a direção que queremos e aí seremos livres
novamente para amar e ser amado.
Creio
que já está se tornando clichê quando cito sobre a qualidade da diagramação da
Faro, porém é impossível não falar de algo tão extraordinário. O livro do Júlio
com suas ilustrações falam por si só.
Eu
não sei responder até onde o amor alcança, mas a obra alcançou meu coração e
minha fé. Não existe nada mais nobre do que rezar por alguém que te feriu e
Júlio resgata esse ato sublime. Leiam e se apaixonem!