14 agosto 2018

[Resenha] Joana D'arc | Helen Castor



Joana d´Arc é considerada uma das mulheres mais famosas da história e a escritora Helen Castor retrata com maestria toda a sua vida, as guerras, o comando do exército francês, a prisão, o julgamento, morte e outros fatores que complementam toda a narrativa.

A obra inicia mostrando as árvores genealógicas bem detalhadas, uma breve introdução sobre a jovem, o prólogo, parte um, dois, três, epílogo, notas, bibliografia e agradecimentos, ou seja, um relato histórico completo. 

Joana d´Arc quando chegou a corte, se referia a si mesma como “Jeanne, la Pucelle”, “Joana, a Donzela”, um título repleto de significado, sugerindo não só a pureza e juventude, mas sua condição como serva escolhida por Deus. 

Castor nos conta os relatos da Guerra Dos Cem Anos, que durou bem além do nome oriundo e envolveu dois países que são: Inglaterra e França. Após ouvir vozes divinas Joana d´Arc se tornou uma líder, vestida como menino e com os cabelos cortados bem curtos fez aliados e lutou contra os inimigos.

“Trago-vos a palavra do rei dos céus, meu legítimo e soberano senhor, para o vosso bem, para vossa honra e para vossa vida, que vós não ganhareis nenhuma batalha contra franceses leais, e que todos que fazem a guerra contra o reino sagrado da França travam guerra contra o Rei Jesus, o rei dos céus e de todo o mundo, meu legítimo e soberano senhor...”

Joana foi capturada pelo exército inglês, ficou doente na prisão, e ao ser interrogada dizia que ouvia vozes e não exitava, pois mantinha-se firme na fé, mesmo que custasse a sua vida e que fosse acusada por feitiçaria, como de fato foi. A jovem foi morta queimada viva, em praça pública no ano de 1431, julgada e culpada por ser heresia e bruxaria. No dia 16 de maio de 1920, Joana d´Arc foi reconhecida como uma santa da Igreja Católica Romana.

“Na verdade, se tiverem que me despedaçar membro a membro e minha alma for separada do meu corpo, eu ainda não vou dizer mais nada. E se eu dissesse a mais sobre isso, sempre diria que vocês me obrigaram a falar à força.”

Helen no seu relato histórico nos deixa claro que Joana jamais foi esquecida e é um ícone de fortaleza, fé, resiliência e com uma estrela brilhante, jamais será apagada. Indico a obra para todos aqueles que gostam de livros históricos, pois a escritora por ser uma historiadora consegue nos passar todos os relatos de forma magnânima, como notas explicativas e com todas as suas fontes de pesquisas bibliográficas.

add no SKOOB