13 outubro 2022

[RESENHA] Achados & perdidos | @rafaelnolli | @cepeeditora | Ilustração: @deliriosgraficos | Páginas: 68 | Ano: 2022



Quem nunca perdeu ou achou algo? Eu diria que às vezes até parece mágica! O livro “Achados & perdidos” é narrado em prosa, de difícil qualificação, segundo o autor (flerta com o diário, com o conto, a crônica, o ensaio). Com linguagem poética, o texto especula as particularidades sobre as formas de perder e achar as coisas (desde os objetos mais simples até os mais complexos - perder/achar o amor da vida, perder a vida, etc).

O escritor Rafael Nolli é vencedor do 3° Prêmio Cepe Nacional de Literatura. Eu fiquei apaixonada pela construção da obra, pois as histórias são excelentes, instigantes e totalmente criativas. Nolli é um exímio contista e por inúmeras páginas me deixou reflexiva sobre situações que eu nunca havia parado para analisar. Show!

As ilustrações deram um show à parte, pois abrilhantaram a obra de uma forma única. Parabéns, Karina Freitas pela qualidade, traços e imagens perfeitas!

A obra é cheia de notas de rodapé. Elas são um complemento repletas de ensinamentos. Não posso deixar de citar também que algumas notas são hilárias (fiquei lendo e rindo.

“Quem estiver pulando as notas por preguiça, por pressa, ou por ter esquecido os óculos no carro, está perdendo — não neste momento — a melhor parte desta prosa.”

Será que achar algo é sempre bom? E perder? Vocês já pensaram sobre isso? Sabe aquela caneta que você emprestou e sabe que nunca mais a terá de volta? E quando você se olha no espelho e acha a primeira ruga? Raramente refletimos sobre situações cotidianas ou temporais!

“Que fique devidamente entendido que os clipes de papel, que estão espalhados em todas as gavetas do mundo, só são fáceis de serem encontrados quando não forem úteis.”

Por fim, eu super indico o livro para todos os tipos de leitores. Que você possa se divertir, aprender e ensinar ao lê-lo!

Me conta nos comentários se você já perdeu ou achou algo inusitado, pois quando era criança achei “um pacotinho recheado de dólares” e joguei novamente no chão. Meu pai sempre dizia: — Minha filha, não pegue nada que achar na rua ou que estranhos ofereçam!