12 maio 2021

[Resenha] Garotas em chamas | @cjtudorauthor | @intrinseca | Páginas: 352 | Ano: 2021 | Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

 

A obra “Garotas em chamas” nos conta a história sinistra que aconteceu na pequena Chapel Croft, cinco séculos atrás, por questões religiosas mártires protestantes foram traídos e queimados. Trinta anos atrás, duas adolescentes desapareceram sem deixar pistas e para completar o circo de horrores há algumas semanas o responsável pela paróquia local se enforcou na nave da igreja. A reverenda Jack Brooks, chega no vilarejo em busca de um recomeço, porém coisas assustadoras acontecem e ela é recebida com um estranho pacote de boas-vindas: um kit de exorcismo e um bilhete: Não há nada escondido que não venha a ser descoberto. O que será que irá acontecer com Jack e sua filha?

“Amigos de verdade são mais importantes do que seguidores virtuais”, ela sempre diz. “Um bom amigo vale por uma dezena de conhecidos.”

A escritora C.J. Tudor simplesmente lacrou neste livro. Que thriller intenso, marcante, envolvente, misterioso e que nos deixa angustiados por respostas. Eu já havia ficado envolvida com as obras anteriores de Tudor, porém, essa me conquistou por completo.

Os personagens são densos, misteriosos e mais uma narrativa que nos mostra que devemos tomar cuidado em quem confiar, pois nem tudo que parece de fato é. Um misto de terror, sobrenatural e policial que tem como pano de fundo intolerâncias religiosas.

“Ela pensa no homem na janela. Será que ainda estava por ali, em algum lugar? Não. Ele devia ser só uma pessoa passando, procurando casas vazias e portas destrancadas, de olho em algo para roubar. E a foto? Ela acabou a deixando no cemitério, dizendo para si mesma que era só uma coincidência bizarra.”

E o que falar do final? Simplesmente fenomenal!! Li algumas críticas negativas, mas amei a forma na qual a narrativa foi construída. Tudor tem uma mente brilhante!

“Se me sinto culpada pelas vidas que tirei, pelas mentiras que contei? Isso me tira o sono à noite? Às vezes. Mas nem sempre. Isso me torna uma psicopata? Ou uma sobrevivente?”

A edição em capa dura, com corte trilateral em laranja, diagramação perfeita com letras confortáveis para leitura e ilustrações na abertura dos capítulos formam uma obra completa.

Se você gosta de thriller, leia! Quem já leu vem bater papo comigo!