08 abril 2021

[Resenha] A Revolução dos Bichos | George Orwell | @faroeditorial | @avisraraeditorial | Páginas: 160 | Ano: 2021


Cansados da vida sofrida que levam, os animais da Fazenda Solar se rebelam contra os humanos e assumem o controle da propriedade. Sob a liderança dos Porcos, os animais criam uma sociedade socialista, que inicialmente se torna próspera, mas com o tempo ela se torna totalitarista. E o regime da ditadura é empregado, sem que nem mesmo a população perceba.

"Que prospere, assim, entre nós animais uma perfeita unidade, uma perfeita camaradagem na luta. Todos os homens são inimigos. Todos os animais são camaradas."

A Revolução dos Bichos é uma fábula adulta, que satiriza a União Soviética e o ditador Joseph Stalin, que nesta obra é representado pelo porco Napoleão.

Napoleão e seus aliados aproveitam da bondade e esperança dos animais, para impor os seus ideais. Todas as regras e ações são sempre baseadas em interesses pessoais. A população, que é representada pelos demais animais, não percebe que estão sendo oprimidos. Já que a lavagem cerebral que o governo faz é tão bem feita, que eles pensam que essa vida é melhor do que a anterior. Na obra, o autor deixa bem claro que aqueles com menos instruções são os mais suscetíveis a serem manipulados, pois não possuem o conhecimento de seus direitos. Ele também mostra como funciona a censura, quando aqueles que são contra o governo são acusados de traição. E ainda, quando a própria população se censura com medo da represália.

"Quatro pernas bom, duas pernas ruim!"

Fiquei fascinada com essa obra, e a mensagem dela. Me perguntei muito, como um livro de quase 100 anos pode ser tão atual, por representar tão bem o momento político que vivemos. Eu concluí essa leitura querendo ler novamente a obra, de tão poderosa que foi essa leitura. Eu acredito que todos deveriam ler, pois é uma leitura muito necessária.

"Todos os animais são iguais. Mas alguns animais são mais iguais do que outros."

George Orwell é o pseudônimo de Eric Arthur Blair. Ele nasceu em Motihari, na Índia Britânica, no dia 25 de junho de 1903. Era filho de um funcionário público a serviço da coroa e sua mãe era filha de um comerciante francês.