A obra “Entre a luz e a escuridão” é o segundo
volume da trilogia. Após o final surpreendente do livro 1, a jovem Lollipop
assume a liderança da Área 4 e comanda tudo com mãos de ferro. Algo sai errado e
um grupo de guerrilheiros precisa partir em uma missão suicida que os levará ao
encontro do maior inimigo dos metacromos. Destemida, rebelde, divertida e
incansável... As palavras são repetidas por uma moça como um mantra que a
mantém forte e equilibrada para obedecer aos comandos recebidos. Para viver ela
é capaz de tudo, inclusive matar.
A
escritora Ana Beatriz Brandão escreve muitíssimo bem e leva o leitor ao ápice das
mais variadas emoções. A escrita é densa, impactante, dotada de inteligência emocional,
criatividade e surpresas reveladoras.
Eu
confesso que gostei mais do volume dois, pois apesar de ter menos cenas de
ações, as informações sobre o Instituto foram peças fundamentais para a
construção de toda a narrativa. Os novos personagens também deram uma perspectiva
diferente para a obra e podemos odiar ou nos encantar por eles.
“Eu
o queria tanto que chegava a doer. Não importava quão próximos estivéssemos, a
vontade incansável e insaciável só aumentava, impedindo que eu pensasse em
qualquer outra coisa que não fosse senti-lo dentro de mim. Pelo jeito como ele
correspondia a cada gesto meu, tive a certeza de que ele sentia o mesmo.”
Alguns
temas pesados foram inseridos na obra, porém Ana conseguiu aborda-los de uma
forma singular e não deixou a narrativa carregada. Os temas são: prostituição,
assassinatos, lavagem cerebral, traição, amizade, intolerância governamental, lealdade,
uso excessivo de tecnologias, corrupção, dinheiro e poder.
Por
fim, sugiro para você leitor ir ao cardiologista e verificar como está o eletrocardiograma,
pois o volume três será tiro, porrada e bomba! Eu já esperava o fim do livro 2,
mas não tirou a emoção e nem me livrou de falar: MERDA! Agora compreendo o
motivo da escritora ser chamada de sádica! Se vocês gostam de uma excelente distopia, com
reviravoltas espetaculares e surpresas de tirarem o fôlego, leiam!
