Com
a obra “A síndrome do imperador” Léo Fraiman tem o objetivo de orientar os pais
no que tange a educação dos filhos mostrando que a família é a base essencial
da formação humana. Pais e educadores devem se unir fortalecendo as alianças e
traçarem juntos os caminhos inspiradores para o futuro das nossas crianças e
jovens. O escritor nos apresenta ainda mais de cem dicas práticas para
contribuir com a educação dos filhos.
Na
nossa sociedade atual muitas famílias tem perdido o controle da educação dos
filhos, pois não há divisões de tarefas, atitudes colaborativas, diálogo,
respeito, hierarquia familiar e companheirismo. Temos que mudar esse cenário
antes que ele acabe de vez com o verdadeiro conceito de família.
“É
na hora do fogo que se revela o ouro. E você? É feito de plástico, que derrete,
ou de ouro, que pode ser lapidado infinitas vezes?”
O
aumento significativo da violência entre crianças e adolescentes, depressão e
suicídio tem assustado, pois grande parte dos pais entrega a “responsabilidade”
do educar para a escola e professores e se esquecem de que eles são a base da
pirâmide da formação do caráter dos jovens. Gritar com os filhos o dia todo ou
ter audição e visão seletivas para alguns atos não significa que sejam pais empoderados
e sim mostra um total descompromisso com o ato de educar.
“Pequenos
imperadores e imperatrizes não desenvolvem disciplina justamente porque foram
ensinados a acreditar que o mundo é que deve se ajustar a eles, e não o
contrário. Existe, então, uma grande chance de ocorrer o seguinte: filhinho
mimado, adolescente folgado, adulto desempregado, pai desesperado, avô
endividado. Pais que não ensinam aos filhos que no mundo há regras, limites,
parâmetros e hierarquias acabam os afastando da chance de formar um caráter
autônomo e empreendedor e por isso eles podem se tornar pessoas à deriva na
sociedade e no mundo do trabalho”.
Fraiman
nos apresenta após a conclusão da obra excelentes infográficos e um completo
caderno de atividades que ajudará os pais de forma prática desenvolver junto
aos filhos competências importantes e no resgate de valores perdidos nas
relações familiares. As ilustrações estão perfeitas e abrem cada capítulo com
maestria.
Por
fim, o futuro dos nossos jovens é extremamente preocupante, pois estamos
criando uma geração frouxa, ansiosa, insegura, sem limites, que querem tudo na
mão e que não sabem ouvir a palavra NÃO e para completar são inaptos para
enfrentar os problemas internos e muito menos os externos. É obrigação dos
pais/responsáveis impor respeito e não medo. Os pais precisam aprender que a
responsabilidade de educar os filhos pertence a eles e não ao mundo. Precisam
colocar regras, limites, obrigações diárias e atividades colaborativas. Afinal,
mar calmo nunca formou um bom marinheiro, não é mesmo?