16 maio 2019

[Resenha] | Jogos Malignos | Angela Marsons | Editora Gutenberg


A obra “Jogos Malignos” nos convida a entrar na mente de um sociopata, desvendar segredos de uma rede de pedofilia, lidar com marcas profundas, superar os medos e jogar conforme as regras ou com a falta delas.

O livro começa acelerado com uma grande operação policial que ocorre em Black Country, no ano de 2015. A detetive Kim Stone e a sua equipe estão de prontidão para prender o pedófilo Leonard Dunn, por suspeita de manter relações sexuais, abuso sexual infantil e de compelir uma criança a envolver-se em atividade sexual. Detalhe as crianças são filhas de Dunn!

"A emoção agarrou a garganta de Kim. Queria arrancar os olhos daquilo, mas não podia. Fingiu para si mesma que era possível impedir o que estava prestes a acontecer - mas é claro que não podia, pois já havia acontecido."

Paralelo ao caso da rede de pedofilia, temos os jogos malignos de um sociopata, o corpo de um estuprador mutilado, pessoas emocionalmente abaladas e muitas dúvidas para Kim Stone montar as peças fundamentais dos casos.

“Estava na hora de começar a cutucar umas onças com vara curta. Alguém tinha mais informação do que deixava transparecer. Era hora de arrancá-las à força.”

Stone fica na mira do sociopata que se encanta com sua agilidade, destreza e firmeza perante os casos, porém nota também fragilidade na detetive e isso coloca a vida de Kim em perigo. Ela terá que superar todos os seus traumas, lutar contra a sua mente e encarar o jogo como a única chance de viver.

Angela Marsons vendeu mais de três milhões de livros no mundo e se tornou uma escritora destaque do gênero policial. E é impossível começar o livro e não finalizá-lo, pois a combinação dos jogos psicológicos com segredos e mistérios nos assassinatos torna a narrativa explosiva.

A mente humana é algo sublime e complexa e ninguém detém total poder sobre os atos das pessoas, pois você escolhe o game over que deseja, seja maligno ou libertador.