03 janeiro 2019

[Resenha] | Henry, o Corgi da Rainha | Georgie Crawley | Editora Gutenberg




O livro aborda a história de Henry, a gata Sookie e a família Walker. Henry narra os acontecimentos na família perante a sua visão e temos também a visão de Amy Walker. O pai da família Jim abandona o lar perto do Natal e vai morar com sua secretária. Todos sofrem com a repentina partida de Jim e o cão se vê encarregado de cuidar de todos e tentar trazer alguma alegria para a família.

O corgi pensa que sair correndo pela rua diariamente e subir na mesa para comer as sobras iria tirar o foco de Amy em ficar pensando no seu marido, porém na visão dela as ações do cão era extremamente desnecessária e só a irritava ainda mais. Walker estava chateada com Jim, pois ele cancelou o passeio com as crianças para esquiar com a nova mulher. Ela precisa lidar com o excesso de trabalho, com a tristeza dos filhos e para piorar Henry estava atrapalhando muito.

“Amy não parecia ter mais tempo para passear. Mas eu sabia que ela sempre se sentia melhor depois que a gente saía um pouco, então comecei a pegar minha guia no gancho do corredor e sair correndo pela porta da frente sempre que estava aberta. Assim, ela teria que vir atrás de mim. Quando me alcançava, me prendia na guia e a gente voltava para casa, já tínhamos feito algum exercício e respirado ar fresco. Amy nunca me pareceu muito grata por isso, mas eu sabia que estava ajudando, de verdade.”

Para tentar amenizar o clima pesado em seu lar, Amy decide levar a família em uma excursão em Londres para que pudessem ver a rainha, o castelo e os seus corgis saírem do palácio. E para piorar ainda mais a situação da família, Henry, desaparece no passeio ao ir atrás de uma pomba gorducha. Ele é confundido com um corgi real pela Guarda da Rainha e passa a viver no Palácio de Buckingham, recebendo tratamento especial, dormindo em uma cesta aconchegante e tem até um chefe de cozinha preparando suas deliciosas refeições, mas mesmo diante de todas as regalias tudo que o cão deseja é voltar para o seu lar e o principal para o lado da família Walker.

A Editora está de parabéns pela diagramação e a capa maravilhosa que dá até vontade de ter um Henry como animal de estimação. As lições apresentadas na obra são ótimas, como: superação, perdão, amor, amizade, fidelidade e cumplicidade. O fechamento da obra com o discurso da rainha foi notório, pois as palavras se encaixavam perfeitamente nos dias atuais vividos pela nossa sociedade. Super recomendo!