09 maio 2017

[Resenha] Mulheres Fatais



Título: Mulheres Fatais
Autora: Org. Rô Mierling
Páginas: 64
Ano: 2017
Editora: Illuminare
Gênero: Contos Policiais



Tags: Policial; Suspense; Mistério; Assassinato; Investigação.



A introdução da obra foi realizada com maestria pelo autor e pesquisador literário Tito Prates que nos mostra que as Mulheres Fatais nos acompanham desde os primórdios da Criação. Elas estão presentes na Bíblia, na história da humanidade, teatro, música, cinema, desenhos animados, nos assassinatos e até pode estar ao seu lado, pois as mulheres fatais exercem o poder nato e cada uma ao seu modo.

 A obra é composta por 12 contos distintos e com histórias incríveis, sendo eles: Jeito Fatal, Busca pela Vingança, Rasga-Mortalha, E os Abutres Dizem Amém, Bela Como o Demônio, Roubos, Máscara, Calando a Sujeira, Blameless, Brinco de Pérolas, Anônimas e Reforço. A leitura flui de uma forma prazerosa e leva o leitor a imaginar cada cena como se estivesse vivendo cada uma.

Os contos que mais gostei foram Rasga-Mortalha do escritor Bruno Sérvulo, Blameless da escritora Regiane Silva e Brinco de Pérolas da escritora Rô Mierling. O conto Rasga-Mortalha nos faz lembrar histórias de lendas urbanas com um misto de crendice popular. Até que ponto uma pobre velhinha carpideira pode se tornar perigosa? Em Blameless a escritora mostra que não deve ser subestimado o poder de uma mulher fatal. Nunca mais olharei belas flores com os mesmos olhos! E em Brinco de Pérolas Rô Mierling nos brinda com um texto bem construído e faz cair por terra que apenas longos textos são bons. Em apenas 11 linhas a escritora conseguiu despertar no leitor sentimentos diversos e, fechar o conto com chave de diamante!

"Regava as flores do jardim como uma adolescente em dia de festa. Mudou o penteado e as roupas. Causava inveja nas mulheres mais belas do bairro". (p.54)
      
Por fim, Mulheres Fatais possui uma linda capa, bem diagramada e que remete o poder feminino. Indico para todas as pessoas que gostam de romance policial, aventura, mistério e suspense. E a frase de Sócrates que diz "Deve-se temer mais o amor de uma mulher do que o ódio de um homem" nunca fez tanto sentido como agora!